O PARADIGMA DA MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA COMO PEDAGOGÍA DA DESIGUALDADE NAS ÁREAS RURAIS DA AMÉRICA LATINA

Autores

  • Silvia Lilian Ferro Universidad Federal para la Integración Latinoamericana (UNILA)

DOI:

https://doi.org/10.20873/stmmta2017-4042

Palavras-chave:

Modernización agraria, Extensionismo rural, , jerarquías étnicas, asimetrías de género, Economías agro-exportadoras sudamericanas

Resumo

Este ensaio pretende contribuir para a compreensão da natureza construída históricamente, das assimetrias hierárquicas nas quais se apoiam  as  estruturas sócio-agrárias que permitiram modelos exportadores agrícolas da América do Sul, considerados bem sucedidos pela alta participação de commodities agrícolas em suas balanças comerciais na atualidade. A análise dos processos históricos pode explicar o surgimento e a sobrevivência nas zonas rurais das hierarquias étnicas, de gênero e geracionais na América do Sul. Nesta linha de pensamento torna-se relevante o advento da Revolução Verde, a partir da segunda metade do século XX, promovido pelos ideários do Desenvolvimentismo que basearam as suas expectativas de conquista do progresso indefinido através da inovação tecnológica e modernização das estruturas políticas, econômicas e sociais. Nas áreas rurais, essa ideologia foi chamada de modernização agrária. A modernização agrícola, base epistemológica para a divulgação e adopção do pacote tecnológico, teve origem no Norte Global. Para aceitação pelas comunidades rurais em países em desenvolvimento se usou uma pedagogia específica: o Extensionismo Rural. Os  Estados Nacionais assumiram um papel de liderança através da criação de organismos estatais especializados deslocando o foco da tradicional e preexistente Assistência Técnica para a Extensão Rural. A modernização agrícola cumpriu a expectativa de aumentar expressivamente a produtividade agrícola, mas também aprofundou e recriou hierarquias étnicas, de gênero, geracionais e territoriais que frustraram as expectativas das pessoas no momento em que assumiram que o crescimento exponencial da riqueza e da produtividade, através da inovação tecnológica, juntamente com a gestão racional baseada em princípios de otimização e eficiência poderiam erradicar as desigualdades enraizadas nas estruturas sociais, especialmente rurais.  

Referências

Allegri, Mario coord. (2010) 20 anos INIA.Y hacia un siglo de vida. Montevideo: Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria.
Ansaldi, Waldo y Giordano, Verónica (2012) “Tomo 1 De la Colonia a la disolución oligárquica” América Latina la construcción de un orden. Buenos Aires: Editorial Ariel.
Archetti, Eduardo y Stølen Kristi Anne (1975) "El colono: ¿campesino o capitalista?" en Explotación familiar y acumulación de capital en el campo argentino. Buenos Aires: Siglo XXI.
Barsky, Osvaldo; Jorge Gelman. 2001. Historia del agro argentino. Desde la Conquista hasta fines del siglo XX. Buenos Aires: Grijalbo Mondadori.
De Hegedus Pedro y Vela, Hugo (2003) “El seguimiento y la evaluación en proyectos de desarrollo rural” en Thornton , Ricardo y Cimadevilla, Gustavo ed. (2003) La Extensión Rural en debate. A Extensão Rural em debate. Buenos Aires:INTA Ediciones.
Deere, Carmen Diana (2004) “Os direitos da mulher à terra e os movimentos sociais rurais na Reforma Agrária brasileira” em Revista Estudos Feministas, Florianópolis.
Deere, Carmen Diana y León, Magdalena (2000) Género, Propiedad y Empoderamiento: tierra, Estado y mercado en América Latina. Bogotá: Tercer Mundo Editores.
Chonchol, Jacques (1996) “Los sistemas agrarios después de la segunda guerra mundial y la modernización conservadora del los años 1970-1980” en Sistemas agrarios en América Latina. De la etapa prehispánica a la modernización conservadora. Santiago de Chile: Fondo de Cultura Económica.
Ferro, Silvia Lilian (2014) “Estudio comparativo regional de Asistencia Técnica y Extensión Rural con perspectiva de género” en Estudio comparativo regional de Asistencia Técnica y Extensión Rural con perspectiva de género. Brasilia: Programa regional de género de la Reunión Especializada en Agricultura Familiar del MERCOSUR.
Ferro, Silvia Lilian (2013) Género y Propiedad Rural. Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca de la Nación Argentina. Buenos Aires: UCAR.
Ferro, Silvia Lilian (2009) La agricultura familiar en la Argentina. Nuevos enfoques para problemas viejos. Resistencia: Instituto de Cultura de la Provincia del Chaco.
Florit, Paula; Piedracueva, Maximiliano; Gallo, Alejandra y Bassaiztegui, Juan (2013) Estudio de Asistencia Técnica y financiamiento rural desde una perspectiva de género. Programa Regional de Políticas de Igualdad de Género. Montevideo: MERCOSUR-AECID, REAF, DGDR-MGAP.
Food and Agricultural Organisation (2014) “Latin-America and the Caribbean Food and Agriculture” in Statistical Yearbook Santiago: FAO-UN.
Freire, Paulo (1973) Extensión o comunicación. La concientización en el medio rural. México: Siglo XXI Editores. Trad. Lilian Ronzoni.
Halperin Dongui, Tulio (2010) Historia Contemporánea de América Latina. Buenos Aires: Alianza Editorial.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010) Censo Demográfico 2010.Visto em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.shtm
Moreira, Roberto José (2003) “Cultura, Política y Extensão rural na Contemporaneidade”en Thornton, Ricardo y Cimadevilla, Gustavo ed. (2003) La Extensión Rural en debate. A Extensão Rural em debate. Buenos Aires: INTA Ediciones.
Nobre, Miriam (2012) ”Censo Agropecuário 2006: análise do conjunto dos estabelecimentos agropecuários” en Butto, Karla, Isolda y Hora, Karla org. (2012) As mulheres nas estatísticas agropecuárias Experiências em países do Sul. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário.
O´Rourke, Kevin and Williamson, Jeffrey (1999) Globalization and History. The Evolution of a Nineteenth-Century Atlantic Economy. Cambridge: The MIT Press.
Prado Junior, Caio (1979) A Questão Agráría. São Paulo: Brasiliense.
Puig-Calvó, Pere (2006) Tesis Doctoral Los centros de formación por alternancia;desarrollo de las personas y su medio. Universitat de Catalunya.
Rao, Aruna (2006) “El Esquema de la Igualdad de Género y la Reforma al sistema de las Naciones Unidas” Documento de trabajo para el Grupo de Alto Nivel sobre Coherencia del Sistema del Secretario General de las Naciones Unidas. New York: Center for Women’s Global Leadership (CWGL) y Women’s Environment and Development Organization (WEDO).
Scott, Joan (1990) “El Género una categoría útil para el análisis histórico” en Historia y género: Las mujeres en la Europa moderna y contemporánea. James S. Amelang y Mary Nash (eds). Ediciones Alfons el Magnanim. Institució Valenciana d'Estudis i Investigació. España.
Siegrist, Nora (2006) “La hidalguía en Buenos Aires en el Siglo XVIII. Conceptos sobre su alcance en los actos positivos” en Revista Semestral de Historia, Arte y Ciencias Sociales Número 9. Mérida: Universidad de los Andes.
Silvério, Valter Roberto (2013) Síntese da coleção História Geral da África : século XVI ao século XX / coordenação de Valter Roberto Silvério e autoria de Maria Corina Rocha e Muryatan Santana Barbosa. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar.
Stolen, Kristi Anne (2004) La decencia de la desigualdad. Género y poder en el campo argentino. Buenos Aires: Antropofagia.
Terra Viva (2008) “Relatório Técnico I” Projeto: Pesquisa sobre incorporação de conceitos, metodologias e ferramentas para trabalho com mulheres e relações sociais de gênero na política nacional de assistência técnica e extensão rural. Itamaraju, Brasil.
Tiscornia, Luis y Alonso, Graciela (2013) Estudio sobre género en instituciones nacionales de extensión rural. El INTA y la Subsecretaría de Agricultura Familiar. UCAR-Programa regional de fortalecimiento institucional de Políticas de Igualdad de Género REAF-MERCOSUR.
Weitzman, Rodica (2011) “Mulheres na Assistência Técnica e Extensão Rural” em Butto, Andrea e Dantas, Isolda (orgs.) Autonomia e cidadania: políticas de organização produtiva para as mulheres no meio rural. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário.
World Trade Organization (2016) “Chapter V Developing Economies” in Statistical Review. Géneve: World Trade Organization.

Downloads

Publicado

2017-08-24

Como Citar

Ferro, S. L. (2017). O PARADIGMA DA MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA COMO PEDAGOGÍA DA DESIGUALDADE NAS ÁREAS RURAIS DA AMÉRICA LATINA. Espaço E Tempo Midiáticos, 2(1), 44–61. https://doi.org/10.20873/stmmta2017-4042