COLONIALIDADE, MULHERES INDÍGENAS E VIOLÊNCIAS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O PARAGUAI

DOI:

https://doi.org/10.20873/stmmta2022-5,2-8

Resumo

O estado de Mato Grosso do Sul apresenta a maior taxa, por 100 mil habitantes, de estupro e
violência contra a mulher do Brasil. Atualmente, áreas de fronteira na América Latina se tornaram
um laboratório das violências sofridas pelas mulheres, a exemplo dos crescentes casos de
feminicídio. O objetivo deste texto é analisar as violências sofridas pelas mulheres indígenas
Guarani e Kaiowá. Para isso foi realizado um levantamento de reportagens de jornais on-line de
municípios que se encontram em faixa de fronteira entre Brasil e Paraguai, com a utilização dos
descritores: violência, fronteira, mulher, indígena, gênero. Os resultados foram analisados a partir
da perspectiva decolonial, categorizados com o apoio da técnica de análise de conteúdo temática.
Constatou-se que as principais vítimas de violência são mulheres jovens com até 30 anos, que
foram mortas ou agredidas por seus companheiros, em sua maioria pelo uso da força e residentes
na Reserva Indígena de Dourados. Sugere-se a articulação de uma rede especializada de
atendimento e a implementação de políticas públicas, que considerem a insterseccionalidade de
marcadores sociais de gênero, etnia, idade e território, como fatores de proteção para à violência
contra as mulheres indígenas.

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Publicado

2022-08-26

Como Citar

COLONIALIDADE, MULHERES INDÍGENAS E VIOLÊNCIAS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM O PARAGUAI. (2022). Espaço E Tempo Midiáticos, 5(2). https://doi.org/10.20873/stmmta2022-5,2-8