Pensamento geográfico é geografia em pensamento

Autores

  • Uilmer Rodrigues Xavier da Cruz Univerdade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.20873/rtg.v8n15p126-127

Palavras-chave:

Geografia, Epistemologia

Resumo

O autor desenvolve o texto com diversas indagações sobre o que seria a natureza do debate teórico da ciência geográfica hoje no Brasil, buscando dar ênfase aos últimos trinta anos do que se considera p or debate geográfico, dentre outros elementos epistemológicos, em que salienta que existe algo ainda a ser compreendido quanto à constituição de uma epistemologia para a ciência geográfica e qual seria a relevância de uma epistemologia para a ciência geográfica.

Biografia do Autor

Uilmer Rodrigues Xavier da Cruz, Univerdade do Estado do Rio de Janeiro

Geógrafo, mestre pelo Programa de Mestrado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, com uma trajetória acadêmica e profissional marcada pela atuação em pesquisa e intervenção na área social.  Fui bolsista de iniciação científica na graduação em geografia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais  por 2 anos iniciais, trabalhando nas comunidades da periferia de Contagem, Minas Gerais, estudando o desenvolvimento em contexto cultural e apoiada em metodologias tecnológicas voltadas a educação inclusiva. Nos anos seguintes, fui convidado para estagiar na empresa dos Professores Dr. Pasteur Ottoni Miranda Junior e  Dr. João Francisco de Abreu. A referida empresa atuava no segmento da engenharia de software e tecnologia da localização, ou seja, sistemas embarcados  de tratamento da informação espacial.

            Ao me formar como geógrafo, atuei nas áreas de sistemas, geoprocessamento e social durante todo este período. Neste período pós formatura, fui selecionado para a pós graduação de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, onde pude conhecer de forma mais aprofundada disciplinas voltadas ao Cooperativismo, reciclagem, Gestão de Resíduos, ou seja, uma gama de disciplinas voltadas ao Meio Ambiente. Posteriormente, recebi uma proposta profissional para trabalhar no terceiro setor, na ONG PANGEA - Centro de Estudos socioambientais em Salvador, com projetos de inclusão social e econômica de catadores de materiais recicláveis,  oriundos de comunidades da região mais pobre de Salvador, o Subúrbio Ferroviário.

            Tive a oportunidade de trabalhar na formação da Rede CATABahia, tal projeto organizou cooperativas de catadores de materiais recicláveis em 10 (dez) municípios do Estado da Bahia, a saber, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Itapetinga, Entre Rios, Alagoinhas, Lauro de Freitas, Mata de São João e Itororó, dotando de completa infra estrutura ditas cooperativas. Essa infra estrutura se consubstancia em centrais de triagem com todos os equipamentos necessários para o processamento dos materiais recicláveis, à exemplo de esteiras, prensas, balanças, dentre outros, bem como caminhões e carrinhos para a coleta. Além disso disponibilizou uma equipe multidisciplinar em cada um dos seis municípios, com o objetivo de dar assistência técnica aos catadores das cooperativas nos aspectos de gestão, envolvendo as áreas comercial, de logística, mobilização e comunicação com a comunidade, bem como a presença de assistentes sociais ou psicólogos para acompanhamento da construção de identidade coletiva nesse trabalho em cooperativa. Construiu-se a Rede Comercialização, que possibilitou a venda em escala dos materiais recicláveis, o que possibilitou a venda por parte das cooperativas diretamente para a indústria recicladora, rompendo uma rede histórica de exploração dos catadores , por parte de um conjunto de atravessadores presentes nas cidades brasileiras. O projeto contou com o patrocínio da Petrobras e  atendeu cerca de 2000 famílias de catadores.

            Assim, engajando-me na luta por melhoria das condições de trabalho dos catadores, através do cooperativismo, trabalhei arduamente na coordenação da equipe, concomitantemente formulando mapas de localização espacial dos parceiros doadores das cooperativas, desenvolvendo tecnologias, ferramentas administrativas, onde concebi um sistema para catadores de materiais recicláveis para auxiliar as cooperativas a controlar seu fluxo de caixa, materiais, recursos humanos, contas a pagar e receber, vendas, software este integrado a um sistema de rastreamento veicular, que desenvolvi oriundo das experiências profissionais anteriores. Tal sistema foi divulgado em nível nacional, sendo que participei de várias palestras, mini cursos, rodas ambientais, expocatador, revistas de grande circulação do ramo, como: Abralatas, CEMPRE, MNCR e etc.

            Mudei-me para o Rio de Janeiro em fevereiro de 2013, trabalhando no Fechamento do Lixão de Jardim Gramacho, Construção do Pólo Reciclador em Jardim Gramacho,  Projeto Catadores em Redes Solidárias, voltado para a organização de redes de economia em seis regiões do Estado do Rio de Janeiro, envolvendo 41 municípios, em parceria com a Secretária Estadual do Ambiente, Ministério do Trabalho e Emprego, Fundação Banco do Brasil e Secretária  Geral da Presidência da República.

Referências

MARTINS, Élvio Rodrigues. Pensamento geográfico é geografia em pensamento In: KATUTA, Ângela Massumi (org.) Geografia e mídia impressa. Londrina, Moriá, 2009.

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Publicado

2019-11-02

Como Citar

XAVIER DA CRUZ, Uilmer Rodrigues. Pensamento geográfico é geografia em pensamento. Revista Tocantinense de Geografia, [S. l.], v. 8, n. 15, p. 126–127, 2019. DOI: 10.20873/rtg.v8n15p126-127. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/geografia/article/view/6643. Acesso em: 26 abr. 2024.

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