Primeira revisão da Semiótica Arquetípica
aspectos teóricos e metodológicos
DOI:
https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v29i3.18033Palabras clave:
Semiótica, Arquétipo, Semiótica arquetípica, RevisãoResumen
Este artigo objetiva revisar os principais aspectos que compõem a semiótica arquetípica, para, se possível, melhor fundamentar sua prática analítica e, sobretudo, aparar eventuais arestas que existam em sua formulação inicial. Para cumprir tal intento, este texto revisionista abre duas seções para recensear de maneira crítica tanto os aspectos da semiótica que permitem o exame das semioses contidas em figuras arquetípicas quanto as características da psicologia analítica/psicologia arquetípica que estruturam ontologicamente os arquétipos como narrativas existentes na camada do inconsciente coletivo. Desse modo, tem-se, nomeadamente, as duas partes: Semiótica: base epistêmica; Arquétipo: configuração narrativa. Em ambas, apresentam-se os pressupostos investigativos que interessam à semiótica arquetípica e, posteriormente, faz-se um levantamento dos possíveis avanços. Como se verificou na arquitetura argumentativa desta revisão, a semiótica arquetípica foge ao tradicionalismo formalista para voltar-se ao funcionalismo dos contornos inferenciais, cuja permeabilidade reside nos objetos de depreensão de semioses, como personagens de destaque em obras relevantes para um dado momento. Portanto, em vista do cumprimento da propositura traçada para esta primeira revisão da semiótica arquetípica, compreendeu-se que o resultado de sua aplicação é, sobretudo, como as atualizações dos arquétipos funcionam em personagens inseridas em estórias circulantes nos mais diversos âmbitos sociais.
Citas
BENVENISTE, Emile. Últimas aulas no College de France (1968 e 1969). Trad. Daniel Costa da Silva et. al. São Paulo: Editora Unesp, 2014.
CAMPBELL, Joseph. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moises. São Paulo: Palas Athena, 1990.
CAMPBELL, Joseph. O herói de mil faces. 10 ed. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Cultrix/Pensamento, 2007.
CHOMSKY, Noam. Aspectos da Teoria da Sintaxe. Trad. José Antônio Meireles e Eduardo P. Raposo. 2 ed. Coimbra, Portugal: Armênio Amado Editor, 1965.
DRAGON BALL Z. Criação de Akira Toriyama. Japão: Fuji Network System, 1989-1996, son., color. Série animada exibida no Brasil pela rede Bandeirantes.
ECO, Umberto. Kant e o ornitorrinco: ensaios sobre linguagem e cognição. Trad. Ana Thereza B. Vieira e Marco Lucchesi. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2023.
ECO, Umberto. Interpretação e superinterpretação. Trad. Monica Stahel. 4 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2018.
HILLMAN, Jammes. Psicologia arquetípica: uma introdução concisa. Trad. Lúcia Rosemberg e Gustavo Barcellos. 2 ed. São Paulo: Cultrix, 2022.
HJELMSLEV, Louis. Prolégomènes à une théorie du langage. Paris: Minuit, 1971.
JUNG, Carl Gustav. A vida simbólica: escritos diversos (vol. I). Trad. Araceli Elman et. al. 7 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2018.
JUNG, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Trad. de Maria Luíza Appy, Dora Mariana R. Ferreira da Silva. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
LAPRADE, Joanna. Arquétipos da sombra. Trad. Hugo Moraes. São Paulo: Cultrix, 2023.
MARGOLIN, Victor. A idade da comunicação: um desafio para os designers. Estudos em Design, Rio de Janeiro, v.2, n.1, p. 9-14, 1994.
MARK, Margaret; PEARSON, Carol S. O Herói e o Fora-da-Lei: como construir marcas extraordinárias usando o poder dos arquétipos. São Paulo: Cultrix, 2003.
PLATÃO, Savioli, Francisco; FIORIN, José Luiz. Para entender o texto: leitura e produção. 7 ed. São Paulo: Editora Ática, 1993.
SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo: Editora brasiliense, 2006.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do herói: a conflagração do caminho ascendente de Son Goku. Porto das Letras, Vol. 06, Nº especial. 2020. p. 113-128. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9955. Acesso em: 18 set. 2023.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 4 ed. São Paulo: Cultrix, 1972.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do sábio: uma análise da constituição da jornada de Piccolo em Dragon Ball Z. Revista Multidisciplinar de Estudos Nerds/Geek, Rio Grande, v.3, n.5, p. 23-35, jan.jun. 2021a. Disponível em: https://revistaestudosnerd.wixsite.com/estudosnerd/v-3-n-5-2021. Acesso em: 18 set. 2023.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do amigo: uma análise da composição do companheirismo de Kuririn, em Dragon Ball Z. Tabuleiro de Letras, v. 15, n. 01, p. 29-43, jan./jun. 2021b. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/10657. Acesso em: 18 set. 2023.
SOARES. Thiago Barbosa. A semiótica do inocente: funcionamento do arquétipo de Son Gohan em Dragon Ball Z. Tabuleiro de Letras, v. 17, n. 1, p. 205–218, 2023. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/16562. Acesso em: 18 set. 2023.
STEIN, Murray. Jung: o mapa da alma: uma introdução. Trad. Álvaro Cabral. 5 ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
VOGLER, Christopher. A jornada do escritor: estruturas míticas para escritores. Trad. Ana Maria Machado. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
Descargas
Publicado
Versiones
- 2023-11-26 (3)
- 2023-11-26 (2)
- 2023-11-24 (1)