A EDUCAÇÃO INDÍGENA NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E NO DOCUMENTO CURRICULAR DE MATO GROSSO – ETAPA DO ENSINO MÉDIO
EFEITOS DE INCLUSÃO PELA INTERCULTURALIDADE LINGUÍSTICA, ÉTNICA E CULTURAL PARA SUJEITOS INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS
DOI:
https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v32iEspecial.21460Palabras clave:
Educação Indígena; Interculturalidade; BNCC; Documento Curricular de Mato Grosso.Resumen
Esse artigo objetiva descrever e analisar discursivamente a abordagem da Educação Indígena na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no Documento Curricular de Mato Grosso, especificamente na etapa do Ensino Médio. O estudo enfoca efeitos de inclusão e legitimação escolar da interculturalidade linguística, étnica e cultural tanto para sujeitos indígenas quanto não indígenas. Mobilizamos, como aporte teórico-metodológico, a Análise do Discurso de linha francesa e estudos sobre Educação Indígena e Interculturalidade. Percebemos, em ambos os documentos, vontades de verdade que fomentam, distribuem e incorporam os saberes, valores e perspectivas das comunidades indígenas no currículo educacional, visando à promoção de uma educação mais inclusiva e diversificada, em consonância ao poder da circulação do discurso de resistência dos sujeitos infames. Como resultados parciais, percebemos desafios relacionados à implementação efetiva da Educação Indígena, especialmente na formação continuada de professores e respeito às identidades culturais nas escolas urbanas de Barra do Garças – Mato Grosso. As descrições e as análises destacam a importância desses documentos como passos iniciais rumo a uma educação indígena mais abrangente e sensível ao respeito e às necessidades dos povos originários, contribuindo para a construção de um ambiente educacional mais equitativo e intercultural tanto para sujeitos indígenas quanto para sujeitos não indígenas.
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