Análise fitoquímica de extratos de milho (Zea mays L.) cultivados com dife-rentes adubações
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v11n1.knaulPalavras-chave:
milho, adubação, fenóis, flavonoides, antioxidantesResumo
A produção de milho (Zea mays L.) tem crescido consideravelmente nos últimos anos, devido a sua ampla utilização para a alimentação humana e animal, como também no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Este fato motivou estudos que investiguem as práticas agrícolas e a respectiva produção de substâncias de interesse biológico, como os metabólitos secundários. No presente estudo, investigou-se a concentração destes compostos para a mesma variedade de milho cultivado com sete diferentes adubações. Desta forma, utilizaram-se os adubos: mineral, organomineral, esterco bovino, cama de frango, lodo de esgoto e compost barn, além de um cultivo sem adubação. Após as extrações realizaram-se as análises dos teores de fenóis totais, flavonoides e a atividade antioxidante por espectrofotometria UV/Vis. Os maiores teores de fenóis e flavonoides foram observados nos tratamentos, sem adubação, lodo de esgoto e compost barn. Frente a análise da atividade antioxidante, o tratamento sem adubação resultou com o maior percentual de inibição de radicais livres. Por fim, os adubos cama de frango, esterco de bovino e compost barn exibiram teores medianos frente à análise de fenóis e flavonoides, indicando um melhor desenvolvimento vegetativo da planta.
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