Adequação de protocolo para cultivo in vitro de amoreira-preta (Rubus sp) ‘Xingu’
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n2.schiehlPalavras-chave:
cultura de tecidos, citocinina, auxinaResumo
A produção de mudas in vitro de amoreira-preta possibilita a obtenção rápida e sadia de mudas. O objetivo dessa pesquisa foi otimizar um protocolo de micropropagação da amoreira-preta ‘Xingu’, definindo a concentração mais eficiente de BAP para multiplicação, o melhor agente gelificante a necessidade de AIB no enraizamento ex vitro e a sobrevivência durante a aclimatização. As concentrações de BAP (0; 2,5; 5; 7,5 e 10 µM) foram avaliadas por 3 subcultivos. Os agentes gelificantes avaliados foram Gelrite® (2 g L-1), ágar da marca Vetec® (7 g L-1) e meio líquido. O enraizamento das brotações, tratadas com concentrações de AIB (0; 2,5; 4,9 e 9,8 mM), foi realizado ex vitro em câmara de nebulização. Houve um aumento na quantidade de brotações formadas com o aumento das concentrações de BAP, até a concentração de 5,0 µM. O ágar foi o agente gelificante que gerou explantes com maior qualidade e menos hiperhidricidade. A taxa de enraizamento e sobrevivência dos explantes ex vitro foi de 100 % em todos os tratamentos avaliados. A amoreira-preta cv. Xingu pode ser micropropagada em meio de cultura MS acrescido de 5 µM de BAP e solidificado com ágar (7 g L-1) e o enraizamento pode ser realizado ex vitro durante a aclimatização, sem a necessidade de auxinas.
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