Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.8 | n.2 | 2020


Journal of Biotechnology and Biodiversity

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Adequação de protocolo para cultivo in vitro de amoreira- preta (Rubus sp.) ‘Xingu’

Marino Schiehla , Tatiane Otto de Françaa , Luiz Antonio Biasi a*




a Universidade Federal do Paraná, Brasil

* Autor correspondente (biasi@ufpr.br )

I N F O A B S T R A C T

Keyworks

tissue culture

cytokinin auxin

Protocol suitability for in vitro culture of ‘Xingu’ blackberry (Rubus sp.)

In vitro production of blackberry seedlings makes it possible to obtain seedlings quickly and healthy. The objective of this research was to optimize a micropropagation protocol of the 'Xingu' blackberry, defining the most efficient BAP concentration for multiplication, the best gelling agent and to verify the need for IBA in ex vitro rooting and survival during acclimatization. BAP concentrations (0, 2.5, 5, 7.5 and 10 µM) were evaluated by 3 subcultures. The gelling agents evaluated were Gelrite® (2 g L-1), Vetec® brand agar (7 g L-1) and liquid medium. Rooting of shoots, treated with IBA concentrations (0; 2.5; 4.9 and 9.8mM), was performed ex vitro in mist chamber. There was an increase in the amount of shoots formed with increasing BAP concentration, up to 5.0 µM. Agar was the gelling agent that generated higher quality explants and less hyperhydricity. Rooting and survival rates of ex vitro explants were 100% in all evalu- ated treatments. The blackberry cv. Xingu can be micropropagated in MSculture medium plus 5 µM BAP

and solidified with agar (7 g L-1) and rooting can be performed ex vitro during acclimatization without the need for auxins.

R E S U M O

Palavras-chave s

cultura de tecidos citocinina

auxina

Aprodução de mudas in vitro de amoreira-preta possibilita a obtenção rápida e sadia de mudas. O objetivo dessa pesquisa foi otimizar um protocolo de micropropagação da amoreira-preta ‘Xingu’, definindo a concentração mais eficiente de BAP para multiplicação, o melhor agente gelificante, a necessidade de AIB no enraizamento ex vitro e a sobrevivência durante a aclimatização. As concentrações de BAP (0;

2,5; 5; 7,5 e 10 µM) foram avaliadas por 3 subcultivos. Os agentes gelificantes avaliados foram Gelrite ®

(2 g L-1), ágar da marca Vetec® (7 g L-1) e meio líquido. O enraizamento das brotações tratadas com concentrações de AIB (0; 2,5; 4,9 e 9,8 mM) foi realizado ex vitro em câmara de nebulização. Houve um aumento na quantidade de brotações formadas com o aumento das concentrações de BAP, até a concen- tração de 5,0 µM. O ágar foi o agente gelificante que gerou explantes com maior qualidade e menos hiperhidricidade. A taxa de enraizamento e sobrevivência dos explantes ex vitro foi de 100 % em todos os tratamentos avaliados. A amoreira-preta cv. Xingu pode ser micropropagada em meio de cultura MS acrescido de 5 µM de BAP e solidificado com ágar (7 g L-1) e o enraizamento pode ser realizado ex vitro durante a aclimatização, sem a necessidade de auxinas.

Received 14 October 2019; Received in revised from 23 May 2020; Accepted 18 June 2020

© 2020 Journal of Biotechnology and Biodiversity ISSN: 2179- 4804

DOI: https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v8n2.schiehl

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INTRODUÇÃO

O cultivo da amoreira-preta é uma ótima opção para a diversificação da fruticultura, sendo uma cul- tura que apresenta rápido retorno do investimento quando realizada a implantação, uma vez que sua produção já se inicia no segundo ano após o plantio e além do mais possui baixo custo de manutenção. A amora-preta pode ser destinada para o processa- mento de inúmeros produtos, na forma congelada ou de polpa e também comercializada in natura. A amoreira pode ser cultivada em locais com poten- cial para ecoturismo, aumentando a agregação de valor do produto (Antunes et al., 2014).

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o maior produ- tor, devido suas condições climáticas favoráveis para a cultura e também pelo incentivo realizado pela Embrapa Clima Temperado em Pelotas- RS. Além deste estado, a amoreira também é cultivada em São Paulo, Minas Gerais e Paraná (Villa et al., 2006; Antunes et al., 2014). Apesar de ser uma es- pécie de clima temperado, as cultivares lançadas pela Embrapa possuem adaptação a climas mais amenos e podem ser cultivadas em regiões subtro- picais (Croge et al., 2016), atingindo elevados ní- veis de produtividade, como a cultivar Tupy que

produziu mais de 20 t ha-1 na Lapa-PR (Croge et al., 2019a).

A amora-preta é um fruto nutritivo e possui pro- priedades nutracêuticas que auxiliam no combate aos radicais livres. Um importante composto quí- mico encontrado na amora-preta é o ácido elágico (C14H6O8), que possui função antioxidante, antimu- tagênica e anticancerígena (Wang et al., 1994; Viz- zotto et al., 2012). Outros compostos antioxidantes como substâncias fenólicas, flavonoides, aminoáci- dos e ácido ascórbico, também são encontrados (Croge et al., 2019b).

Apropagação da amoreira-preta é realizada prin- cipalmente pelo método da estaquia de caule e raí- zes. Entretanto, esse método não confere plantas li- vres de doenças herdadas da planta matriz e nem sempre as mudas são de qualidade (Dias et al., 2012). A propagação in vitro confere maior quali- dade, menor tempo de produção e mudas sadias li- vres de doenças, vírus e pragas de solo (Villa et al., 2008).

A amoreira preta é uma espécie que se adaptou bem ao cultivo in vitro, podendo ser trabalhada de diversas maneiras dentro da cultura de tecidos. Desse modo é possível encontrar na literatura di- versos protocolos do cultivo in vitro de certas cul- tivares de amoreira-preta, desde a etapa de introdu- ção in vitro das plantas até a etapa de enraizamento

e aclimatização das mudas propagadas in vitro, po- rém é possível observar que para cada cultivar e de acordo com cada etapa do cultivo in vitro este pro- tocolo pode ser alterado. Na etapa de introdução in vitro de amoreira-preta ‘Xavante’, a maior taxa de sobrevivência e o menor porcentual de explantes oxidados foram obtidos quando as plantas matrizes foram mantidas na ausência de luz e utilizando a concentração de 75% e 100% dos sais no meio MS (Pelizza et al., 2016). Já na etapa de multiplicação, um estudo com sete cultivares de amoreira-pre ta: Brazos, Cherokee, Comanche, Ébano, Guarani, Tupy e Xavante, revelou diferentes respostas de acordo com a cultivar, sendo o número estimados de plantas foi 16.335 para 'Brazos', 24.211 para 'Cherokee', 19.778 para 'Comanche', 106.550 para 'Ébano', 14.275 para 'Guarani', 34.022 para 'Tupy' e 24.651 para 'Xavante' (Oliveira et al., 2008). Na etapa de multiplicação, o uso de reguladores vege- tais é muito comum e as concentrações desses re- guladores são alteradas de acordo com a demanda de cada cultivar, como por exemplo para se obter maior número de brotações na cultivar Chester Thornless necessitou de 8,8 μM BAP (6- benzilami- nopurina) + 0,9 μM AIB (ácido indolbutírico) (Ke- fayeti et al., 2019), já para a cultivar Ébano neces- sitou de apenas 4,4 μM de BAP e meio MS 150%

(Villa et al., 2005), enquanto que para a ‘Xavante’ obteve-se maior taxa de brotação no meio MS su- plementado com 15 μM de BAP (Leitze et al., 2010). Na fase final do processo do cultivo in vitro pode se fazer o uso ou não de reguladores vegetais para potencializar o enraizamento, mas isto tam- bém vai depender da cultivar. Para as cultivares Ébano (Radmann et al., 2003; Villa et al., 2005), Brazos (Augusto et al., 2006) e Xavante (Pasa et al., 2012) não foi necessário o uso de reguladores vegetais para potencializar o enraizamento, pois es- tas cultivares já possuíam um bom enraizamento natural. Porém para a cultivar Chester Thornless o uso de 21,5 μM ANA (ácido naftalenoacético) po- tencializa o seu enraizamento in vitro (Kefayeti et al., 2019).

A recém lançada cultivar Xingu é uma das culti- vares de amoreira-preta mais produtivas encontrada no mercado, ela apresenta período de colheita mais longo e possui a mesma faixa de adaptação climá- tica do que a ‘Tupy’ (Raseira et al., 2018), podendo complementar os pomares já estabelecidos de ou- tras cultivares, prolongando o período de colheita, facilitando o manejo e uso de mão-de-obra, permi- tindo aumento de renda e diversificação nas propri- edades rurais.

Porém, como o lançamento da cultivar Xingu foi

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recente, não há trabalhos publicados sobre a sua mi- cropropagação e como sabemos que cada cultivar de amoreira-preta possuem necessidades diferentes e específicas no cultivo in vitro, os estudos com a propagação in vitro da cultivar Xingu são necessá- rios. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi otimizar um protocolo de propagação in vitro da amoreira - preta ‘Xingu’, definindo a concentração mais efici- ente de BAP para multiplicação, o melhor agente gelificante e se há necessidade de AIB no enraiza- mento ex vitro e a sobrevivência durante a aclima- tização.

MATERIAL E MÉTODOS

Os explantes da amoreira-preta ‘Xingu’ foram provenientes de plantas em fase de multiplicação in vitro cedidas pela Embrapa Clima Temperado. As plantas foram multiplicadas em meio MS (Muras- hige e Skoog, 1962) para obter os explantes neces- sários aos experimentos.

Omeio de cultura utilizado foi o MS (Murashige

e Skoog, 1962) com 30 g L-1 de sacarose, 7 g L-1 de Ágar e 100 mg L-1 de mio-inositol. As vitaminas

presentes no meio MS foram: ácido nicotínico (0,5 mg L-1), piridoxina-HCl (0,5 mg L-1), tiamina (0,1 mg L-1) e glicina (2 mg L-1). Foi utilizado água dei-

onizada no preparo do meio de cultura e pH foi ajustado para 5,8 antes da inclusão do ágar e da re- alização da autoclavagem.

Os explantes foram padronizados com tamanho médio entre 2 a 3 cm e duas folhas inteiras (Villa et al., 2006). Os explantes foram inoculados em fras- cos de vidro com 65 mm de diâmetro e 87 mm de altura, vedados com tampa plástica de polipropi- leno, contendo 30 mL de meio de cultura. A esteri- lização do meio de cultura foi realizada pela auto- clavagem a 1 atm com temperatura de 120 °C, por 20 minutos. Todo o processo de repicagem do ma- terial vegetal e inoculação foram realizados em câ- mara de fluxo laminar.

Os experimentos foram mantidos na sala clima- tizada com temperatura de 25°C ± 2°C e fotoperí- odo de 16 horas. A iluminação foi fornecida por lâmpadas fluorescentes, tipo luz do dia, com inten-

sidade luminosa de 40 μmol m-2 s-1 .

Para a aclimatização e enraizamento ex vitro, foi utilizada casa de vegetação com nebulização inter- mitente, com controle automático de rega de 15 se- gundos a cada 30 minutos.

Concentrações de BAP na multiplicação de brotações

O experimento foi instalado com delineamento

inteiramente ao acaso, com 5 tratamentos, 4 repeti- ções e dois frascos por parcela com 5 explantes cada, totalizando 200 explantes. Os tratamentos fo- ram diferentes concentrações de BAP (0; 2,5; 5; 7,5 e 10 µM).

O experimento foi repetido por três subcultivos sucessivos, a cada quatro semanas. Os explantes com maior tamanho e vigor foram utilizados nos novos subcultivos dos respectivos tratamentos. Se- melhante a metodologia utilizada por Erig et al. (2002) .

As avaliações foram feitas, a cada quatro sema- nas, pelas seguintes variáveis: número de brota- ções, número de folhas por brotação, comprimento das brotações (as três maiores), explantes com calo, explantes com raízes e hiperidricidade. O compri- mento das brotações foi calculado levando em con- sideração o comprimento da base do explante até o meristema apical. A formação de calo foi avaliada pela presença de massas celulares indiferenciadas na base da brotação.

Agente gelificante do meio de cultura na multiplicação das brot ações

Os tratamentos foram diferentes tipos de com- postos gelificantes, Gelrite®(2 g L-1) ágar da marca Vetec® (7 g L-1) e meio líquido estacionário.

O experimento foi instalado com delineamento inteiramente ao acaso, com 3 tratamentos, 7 repeti- ções, sendo dois frascos por parcela com 5 explan- tes por frasco, totalizando 210 explantes.

A avaliação foi realizada aos 30 dias das seguin- tes variáveis: número de brotações, número de fo- lhas por brotação, comprimento das brotações, nú- mero de explantes com raízes e hiperhidricidade.

O fenômeno de hiperhidricidade foi avaliado se- gundo uma escala visual de níveis de severidade do fenômeno: 1)ausência, 2)suave, 3) moderada, 4)forte e 5)severa (Figura 1). Essa escala foi elabo- rada através da observação dos sintomas típicos, como folhas de coloração verde clara, translúcidas com aparência de vidro, turgidas, pequenas e bor- dos curvados (Vasconcelos et al., 2012).

AIB no enraizamento ex vitro e aclimatização

Nesse experimento foram testadas diferentes concentrações de AIB, da marca Neon® na forma

líquida (0, 2,5, 4,9 e 9,8 mM). OAIB foi diluído em etanol 50%.

Os explantes utilizados tiveram origem de um subcultivo com meio MS + 5 μM de BAP, com ta- manho médio entre 2 a 3 cm com duas folhas intei- ras.A base de cada explante foi mergulhada na so-

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lução contendo AIB durante 10 segundos e os ex- plantes foram colocados em bandejas de isopor de 128 células contendo vermiculita de gra nulometria

fina. O experimento foi conduzido em câmara de nebulização intermitente, com controle automático de rega de 15 segundos a cada 30 minutos.

Figura 1 - Escala de severidade da hiperhidricidade em plantas de amoreira-preta cv. Xingu cultivadas in vitro. 1-Ausência, 2-Suave, 3-Moderada, 4-Forte, 5- Severa.


O experimento foi instalado com delineamento inteiramente ao acaso com 4 tratamentos, 6 repeti- ções com 5 explantes por parcela totalizando 120 explantes.

A avaliação ocorreu após 45 dias, pelos seguin- tes parâmetros analisados pelo sistema Whinrizo ®

(Figura 2): comprimento total das raízes por planta, área foliar por planta, volume de raízes, compri- mento das raízes com diâmetro entre 0,0 a 0,5; 0,5 a 1,0 mm; e > 1,0 mm e superfície de contato solo/raiz.

Figura 2 - Avaliação realizada pelo sistema Whinrizo®. A-aparelho Whinrizo®, B-leitura da área foliar, C - digitalização das raízes, D-digitalização das folhas.


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Após realizada a avaliação pelo sistema Whin- rizo®, as raízes, caules e folhas foram levadas a es- tufa por 24 horas a uma temperatura de 120 °C para secagem e posterior pesagem do material para de- terminar a massa seca.

A avaliação da aclimatização foi realizada pelos seguintes parâmetros: porcentagem de plantas que sobreviveram, altura das plantas e número de folhas por planta.

Os resultados de todos os experimentos foram submetidos a análise estatística utilizando o sof- tware ASSISTAT Versão 7.7 pt (2017), para os ex- perimentos in vitro e ex vitro foram realizados o teste de Bartlett para verificar se as variâncias dos tratamentos eram homogêneas, posteriormente a análise de variância e o teste de Tukey no nível de 5%. Para análise do efeito de concentrações de BAP efetuou-se análise de regressão polinomial.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Concentrações de BAP na multiplicação de brotações

A tendência nos três subcultivos foi de acrés- cimo no número de brotações com o aumento da concentração de BAP, até atingir o máximo esti- mado pelas equações quadráticas de regressão que foram de 5,3 e 6,1 µM, para o segundo e terceiro subcultivo, respectivamente, acima dessas concen- trações houve redução do número de brotos. Este comportamento pode ser ocasionado devido ao au- mento da atividade da citocinina oxidase que regula as taxas de citocininas em cada tecido vegetal e com o aumento da concentração de BAP causa uma resposta negativa no surgimento de novas brota- ções (Aremu et al., 2012). Corroborando com este resultado Villa et al. (2005), testando BAP na mi- cropropagação da amoreira-preta 'Ébano' verificou uma redução acentuada no número de brotos au- mentando muito a concentração de BAP. O au- mento na taxa de multiplicação, com a elevação da concentração de BAP até um ponto máximo foi ob- servado na amoreira- preta ‘Xavante’ (Leitzke et al., 2010) e também encontrado em outras espécies, como bananeira (Pereira et al., 2014), pequizeiro (Santos et al., 2006) e uvaieira (Nascimento et al., 2008).


No primeiro subcultivo a tendência foi linear (Fi- gura 3). Nas testemunhas sem adição de BAP, não houve multiplicação, sendo formada apenas uma brotação por explante, semelhante ao observado com o porta-enxerto de videira VR043-43 (Vitis vi- nifera x Vitis rotundifolia) com quatro subcultivos

(Machado et al., 2006).

Figura 3 - Número de brotações emitidas por ex- plante de amoreira-preta cv. Xingu em três subcul- tivos com diferentes concentrações de BAP. A) pri- meiro subcultivo, B) segundo subcultivo, C) ter- ceiro subcultivo.

Os valores máximos estimados para a amoreira - preta ‘Xingu’ neste trabalho, estão próximos da concentração de 5 µM, que foi a mais efetiva na multiplicação da amoreira-preta ‘Brazos’ (Schu- chovski e Biasi, 2018), ‘Xavante’ (Toledo e Biasi, 2018) e Rubus erythroclados (Bueno et al., 2018). Outra tendência que pode ser observada é o au- mento no número das brotações entre os sucessivos subcultivos, apontando um acréscimo de brotações a cada novo cultivo, isto pode ser decorrente ao res- gate da juvenilidade após os sucessivos cultivos (Campbell et al., 2003; Beck et al., 1998), e pelo efeito residual do BAP nos tecidos vegetais da planta, uma vez que a ação da citocinina não é res- trita a apenas umsubcultivo (Rescarolli et al., 2007)

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Nos três subcultivos foram encontradas regres- sões lineares significativas para o comprimento das brotações, com tendência decrescente com o au- mento da concentração de BAP (Figura 4). Nas tes- temunhas as brotações foram sempre as mais altas, também observado para amoreira-preta ‘Brazos’ (Schuchovski e Biasi, 2018), ‘Xavante’ e framboe- seiras ‘Batum’ e ‘Heritage’ (Leitzke et al., 2010). O incremento da concentração de BAP causando a re- dução do tamanho das brotações de Physalis peru- viana foi atribuído ao efeito do BAP em quebrar a dominância apical e estimular a emissão de novos brotos (Rodrigues et al., 2013).


Figura 4 - Comprimento das brotações emitidas por explante de amoreira-preta cv. Xingu em três sub- cultivos com diferentes concentrações de BAP. A) primeiro subcultivo, B) segundo subcultivo, C) ter-


ceiro subcultivo.

As concentrações de BAP não diferiram quanto ao número médio de folhas no primeiro subcultivo, mas no segundo subcultivo houve uma regressão li- near significativa e no terceiro subcultivo houve

uma regressão quadrática (Figura 5). A média do número de folhas por brotação foi de 3,2 no pri- meiro subcultivo e aumentou nos subcultivos pos- teriores, sendo acima de 5 folhas por brotação nas testemunhas. O número de folhas e altura das bro- tações foram maiores na testemunha devido ao me- nor número de brotos, pois nas demais concentra- ções o regulador estimulou a proliferação de brota- ções que apresentaram menor crescimento. Fato também observado para a amoreira-preta ‘Ébano’ (Villa et al., 2005).

Figura 5 – Número médio de folhas por brotação emitida por explante de amoreira-preta cv. Xingu em três subcultivos com diferentes concentrações de BAP. A) primeiro subcultivo, B) segundo sub- cultivo, C) terceiro subcultivo.

Agente gelificante do meio de cultura na multiplicação das brotações

Todas as variáveis analisadas apresentaram dife- renças significativas entre os tratamentos. O meio

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líquido foi superior aos tratamentos com agentes gelificantes para o número de brotações por ex- plante, comprimento das brotações, número de fo- lhas por brotação e formação de raízes. Entretanto, favoreceu a ocorrência de hiperhidricidade, que foi

muito mais severa, atingindo o índice mais elevado em quase todas as plantas. O meio com Gelrite ®

apresentou índice intermediário, entre moderado a forte (3,7), e o meio com ágar apresentou os meno- res índices, próximo de suave (2,2) (Tabela 1).

Tabela 1 - Efeito do agente gelificante do meio de cultura no número e comprimento de brotações, número de folhas por brotação, número de explantes com raízes e índice de hiperhidricidade de amoreira-preta ‘Xingu’.

Trata - mentos

Número de brotações

Comprimento das brotações (cm)

Número de fo- lhas/ brotação

Explantes com raízes (%)

Hiperhidricidade 2

Líquido 12,3 a1 12,6 a 6,2 a 3,0 a 4,9 a

Gelrite® 10,0 b 8,6 b 4,8 b 0,0 b 3,7 b

Ágar 6,4 c 5,5 c 4,1 c 0,0 b 2,2 c

1Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

2Índice de hiperhidricidade: 1-Ausência, 2-Suave, 3-Moderada, 4-Forte, 5- Severa.

A superioridade do meio líquido em relação aos meios semi-sólidos, provavelmente é resultado da maior eficiência de absorção dos nutrientes que compõem o meio de cultura. Esse c omportamento também foi observado na multiplicação de batata em meio de cultura líquido, onde houve um au- mento significativo na taxa de multiplicação, pela falta de resistência física a difusão dos nutrientes em comparação aos meios de cultura semi-sólidos , e pelo maior contato dos explantes com o meio, fa- vorecendo a taxa de assimilação de nutrientes em meio líquido (Pereira e Fortes, 2003). O meio lí- quido também foi superior ao meio de cultura com ágar na multiplicação de abacaxizeiro ornamental (Ananas lucidus) (Oliveira et al., 2007) e bromélias (Mengarda et al., 2009).

Apesar da superioridade do meio líquido no cres- cimento e multiplicação da amoreira-preta ‘Xingu’, a qualidade das brotações foi muito inferior devido a hiperhidricidade. Este fenômeno é favorecido pela elevada umidade relativa dentro dos frascos de cultivo, ocasionando uma reduzida taxa transpira- tória e absorção excessiva de água pelos tecidos ve- getais com a formação novas células, que logo se tornam túrgidas (Vasconcelos et al., 2012). As

plantas sob efeito da hiperhidricidade não tem con- dições de sobreviver as condições ex vitro, porque possuem menor teor de massa seca, menor capaci- dade fotossintética, baixa resistência da parede ce- lular, folhas entumecidas e quebradiças, alterações nos estômatos e menor lignificação, inviabilizando a produção de mudas comerciais (Radmann et al., 2009).

Para o uso de meio líquido é necessário que haja um sistema de aeração, que pode ser obtido em biorreatores, nos quais os explantes são imersos em intervalos pré-estabelecidos no meio de cultura lí- quido e as trocas gasosas são realizadas com fre- quência (Arencibia et al., 2013).

AIB no enraizamento ex vitro e aclimatização

Não houve diferença significativa entre os trata- mentos para quase todas as variáveis analisadas, ex- ceto para o comprimento das raízes com diâmetro maior que 1 mm, no qual o tratamento com 4,9mM foi superior a testemunha, mas não diferiu dos tra- tamentos 2,5mM e 9,8mM (Tabela 2) e para a altura

das plantas, no qual a testemunha foi superior a 4,9mM, mas não diferiu de 2,5mM e 9,8mM (Ta- bela 3).

Tabela 2 – Efeito de ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento ex vitro de amoreira-preta ‘Xingu’. CTR = Comprimento Total de Raízes por planta; CRD = Comprimento de Raízes com Diâmetro por planta; SCSR = Superfície de contato solo/raiz por planta; Volume de raízes por planta.

AIB

(mM)

CTR (cm)

CRD

0,0 a 0,5 mm (cm)

CRD

0,5 a 1,0 mm (cm)

CRD

> 1 mm (cm)

SCSR (cm2 )

Volume (cm3 )

0 246,7 a 200,4 a 38,1 a 7,0 b 34,5 a 0,38 a

2,5 233,4 a 191,2 a 30,3 a 9,8 ab 33,8 a 0,39 a

4,9 247,2 a 196,9 a 34,7 a 12,1 a 39,9 a 0,51 a

9,8 224,6 a 185,4 a 27,3 a 8,9 ab 35,1 a 0,44 a

Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

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Tabela 3 - Efeito de ácido indolbutírico (AIB) no crescimento das plantas de amoreira-preta ‘Xingu’ durante a aclimatização.

AIB

(mM)

Comprimento da planta (cm)

Área foliar

por planta (cm2 )

Número de fo- lhas por

planta

Massa seca (g) por planta

Raiz Caule Folhas

0 9,3 a 30,1 a 5,5 a 0,08 a 0,04 a 0,11 a

2,5 7,7 ab 26,7 a 5,7 a 0,07 a 0,03 a 0,10 a

4,9 7,1 b 28,1 a 5,8 a 0,09 a 0,03 a 0,09 a

9,8 8,0 ab 25,8 a 5,3 a 0,08 a 0,03 a 0,09 a

Médias seguidas pela mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Aporcentagem de enraizamento e sobrevivência das plantas de amoreira-preta ‘Xingu’ foi de 100 % em todos os tratamentos. Este resultado revela uma grande facilidade para a formação adventícia de ra- ízes desta cultivar, dispensando o enraizamento in vitro e o uso de auxinas para esta fase. Resultados semelhantes foram obtidos com a cultivar Brazos, que também dispensou o uso de AIB para o enrai- zamento in vitro e ex vitro, sendo obtidas taxas de enraizamento e sobrevivência de 100 % (Augusto et al., 2006). A cultivar Xavante também demons- trou grande facilidade de enraizamento in vitro em meio de cultura semi-sólido ou meio líquido com vermiculita e sobrevivência de todas as plantas acli- matizadas (Toledo e Biasi, 2018).

CONCLUS ÃO

A amoreira-preta cv. Xingu pode ser propagada

in vitro em meio de cultura MS acrescido de 5 µM de BAP e solidificado com ágar (7 g L-1) e o enrai-

zamento pode ser realizado ex vitro durante a acli- matização, sem a necessidade de auxinas.

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