Estudo da vegetação arbórea, em um segmento da BR-116, no Rio Grande do Sul

Autores

  • Nilton José Sousa Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3551-2527
  • Eduardo Ratton Universidade Federal do Paraná
  • Leonardo de Marino Treml Universidade Federal do Paraná
  • Dartagnan Baggio Emerenciano Universidade Federal do Paraná
  • Alexandre França Tetto Universidade Federal do Paraná
  • Nelson Carlos Rosot Universidade Federal do Paraná
  • Eduardo Henrique Rezende Universidade Federal do Paraná
  • Antonio Carlos Batista Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v7n3.sousa

Palavras-chave:

estrutura horizontal, estrutura vertical, inventário, fitofisionomia

Resumo

O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura e diversidade da vegetação arbórea, nos fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Montana (FOMM) na faixa de domínio de um segmento da BR-116, no Rio Grande do Sul. Foram instaladas, 19 parcelas na área total de 149,98 ha. As árvores com DAP ≥ 10 cm fizeram parte do levantamento, tendo sido identificadas e determinadas a altura comercial e DAP. Foram analisadas as estruturas horizontais e verticais da vegetação. Para a estrutura horizontal foi calculado: número total de indivíduos amostrados, densidade absoluta, densidade relativa da espécie, frequência absoluta, frequência relativa, dominância absoluta, dominância relativa, valor de importância e valor de cobertura. Para a estrutura vertical, foi definida a estratificação da floresta mediante a determinação da posição sociológica absoluta e da posição sociológica relativa. Foram calculados também alguns índices relacionados à diversidade do ambiente: Índice de Shannon-Weaver, Equabilidade de Pielou, Índice de Simpson e Coeficiente de Mistura de Jentsch. Na área avaliada foram encontrados 1042 indivíduos, pertencentes a 75 espécies e distribuídos em 33 famílias. As espécies com maior importância na estrutura horizontal da vegetação foram: Lithraea brasiliensis, Cinnamomum amoenum, Nectandra megapotamica, Styrax leprosus, Quillaja brasiliensis e Ocotea puberula. As espécies Lithraea brasiliensis, Styrax leprosus, Nectandra megapotamica, Cinnamomum amoenum, Cupania vernalis e Sebastiania commersoniana foram as principais em relação à estrutura horizontal da vegetação. Nas áreas avaliadas ocorreu predomínio de espécies da família Myrtaceae, sendo a espécie Lithraea brasiliensis a mais importante nas estruturas horizontal e vertical da floresta. Os valores dos índices ambientais calculados foram adequados para os padrões de vegetação característica de Floresta Ombrófila Mista Montana.

Referências

CALLEGARO, R.M.; ANDRZEJEWSKI, C.; LONGHI, S.J.; LONGUI, R.; BIALI, LJ. Composição das categorias sucessionais na estrutura horizontal, vertical e diamétrica de uma Floresta Ombrófila Mista Montana. Agrária, v.11, n.4, p.350-358, 2016.

http://dx.doi.org/10.5039/agraria.v11i4a5406

CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. v.1, 1039p.

CIENTEC CONSULTORIA E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS. Mata nativa 2: Manual do usuário: sistema pa-ra análise Ftossociológica e elaboração de inventários e pla-nos de manejo de florestas nativas. Viçosa, MG, 2006. 295 p.

CORDEIRO, J. Levantamento florístico e caracterização fitos-sociológica de um remanescente de Floresta Ombrófila Mis-ta em Guarapuava, PR. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da UFPR. Curitiba, 2005.

CORDEIRO, J.; RODRIGUES, W.A. Caracterização fitosso-ciológica de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista em Guarapuava, PR. Revista Árvore, v.31, n.3, p.545-554, 2007.

DURIGAN, G.; LEITÃO-FILHO, H.F. Florística e fitossoci-ologia de matas ciliares do oeste paulista. Revista Instituto Florestal, v.7, n.2, p.197-239, 1995.

ESPÍRITO-SANTO, F.; OLIVEIRA FILHO, A.T.; MA-CHADO, E.L.M.; SOUZA, J.S, FONTES, M.A.L, MAR-QUES, J.J.G.S. Variáveis ambientais e a distribuição de es-pécies arbóreas em um remanescente de floresta estacional semidecídua montana no campus da Universidade Federal de Lavras, MG. Acta Botanica Brasilica, v.16, n.3, p.331-356. 2002.

FORMENTO, S.; SCHORN, L.A.; ALAOR, B.R. Dinâmica estrutural arbórea de uma floresta ombrófila mista em Cam-po Belo do Sul, SC. CERNE, v.10, n.2, p. 196-212, 2004.

HIGUCHI, P.; OLIVEIRA FILHO, A.T.; BEBBER D.P.; BROWN N.D, SILVA, A.C.; MACHADO, E.L.M. Spa-tio-temporal patterns of treen community dynamics in a trop-ical forest fragmente in South-east Brazil. Plant Ecology, v.199, n.1, p.125-135. 2008.

HIGUCHI, P.; SILVA, A.C.; FERREIRA, T.S.; SOUZA, S.T.; GOMES, J.P.; SILVA, K.M.; SANTOS, K.F.; LIN-KE, C.; PAULINO, P.S. Influência de variáveis ambientais sobre o padrão estrutural e florístico do componente arbó-reo, em um fragmento de floresta ombrófila mista montana em Lages, SC. Ciência Florestal, Santa Maria, v.22, n.1, p.79-90, 2012.

http://dx.doi.org/10.5902/198050985081

HIGUCHI, P.; SILVA, A.C.; ALMEIDA, J.A.; BORTO-LUZZI, R.L.; MANTOVANI, A.; FERREIRA, T.S.; SOUZA, S.T.; GOMES, J.P.; SILVA, K.M. Florística e estrutura do componente arbóreo e análise ambiental de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana no município de Painel, SC. Ciência Florestal, v.23, n.1; p.153-164, 2013. DOI: 10.5902/198050988449.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTA-TÍSTICA (IBGE). Mapa de vegetação do Brasil. 3. ed. Bra-sília: IBGE – Diretoria de Geociências, 2004.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTA-TÍSTICA – IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro-RJ: IBGE, 2012. 274 p.

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE TRANSPORTES E INFRAESTRUTURA (ITTI). Órgão vinculado ao Depar-tamento de Transportes (DTT), da Universidade Federal do Paraná (UFPR),

KANIESKI, M.R.; ARAUJO, A.C.B.; LONGUI, S.J. Quan-tificação da diversidade em Floresta Ombrófila Mista por meio de diferentes Índices Alfa. Scientia Forestalis, v.38, n.88, p.567-577, 2010.

LONGHI, S.J. Estrutura, diversidade e distribuição espacial da vegetação arbórea na Floresta Ombrófila Mista em Sistema Faxinal, Rebouças (PR). Ambiência, v.7, n.3, p. 415-427, 2011. DOI: 10.5777/ambiencia.2011.03.01.

LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3. ed. Nova Odessa: Ins-tituto Plantarum, 2001. 1088 p.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002a. v. 1, 368p.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002b. v. 2, 368p.

LORENZI, H.; SOUZA, H.M.; TORRES, M.A.V.; BA-CHER, L.B. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, orna-mentais e aromáticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2003. 368p.

MAGURRAN, A.E. Ecological diversity and its measure-ment. New Jersey: Princeton University Press, 1988. 179p.

MARTINS, F.R. Estrutura de uma floresta mesófila. Campi-nas: UNICAMP, 1991. 246p.

MARTINS, P.K.; MAZON, J.A.; MARTINKOSKI, L.; BENIN, C.C.; WATZLAWICK, L.F. Dinâmica da Vegeta-ção Arbórea em Floresta Ombrófila Mista Montana Antro-pizada. Floresta e Ambiente, v.24, p.1-12, 2017. http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.097014

NASCIMENTO, A.R.T.; LONGHI, S.J.; BRENA, D.A. Estrutura e padrões de distribuição espacial de espécies ar-bóreas em uma amostra de Floresta Ombrófila Mista em Nova Prata, RS. Ciência Florestal v.11, n.1, p.105-119, 2001.

NEGRELLE, R.R.B.; LEUCHTENBERGER, R. Composição e estrutura do componente arbóreo de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista. Revista Floresta, v.31, n.1/2 2001.

http://dx.doi.org/10.5380/rf.v31i12.2343

OLIVEIRA FILHO, A.T. Classificação das fitofisionomias da América do Sul cisandina tropical e subtropical: proposta de um novo sistema prático e flexível-ou uma injeção a mais de caos. Rodriguésia, v.60, n.2, p.237-258. 2009.

http://dx.doi.org/10.1590/2175-7860200960201

REGINATO, M.; GOLDENBERG, R. Análise florística, estrutural e fitogeográfica da vegetação em região de transi-ção entre as Florestas Ombrófilas Mista e Densa Montana, Piraquara, Paraná, Brasil. Hoehnea, v.34, n.3, p.349-364, 2007.

http://dx.doi.org/10.1590/S2236-89062007000300006

RODERJAN, C.V.; GALVÃO, F.; KUNIYOSHI, Y.S.; HATSCHBACH, G.G. As regiões fitogeográficas do Esta-do do Paraná. Revista Ciência e Ambiente, v.24, p.75-92, 2002.

RONDON NETO, R.M.; WATZLAWICK, L.F.; CALDEI-RA, M.V.W.; SCHOENINGER, E.R. Análise florística e estrutural de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Montana, situado em Criúva, RS – Brasil. Ciência Florestal, v.12, n.1, p.29-37, 2002.

SAWCZUK, A.R.; FIGUEIREDO FILHO, A.; DIAS, N.A.; WATZLAWICK, L.F.; STEPKA, T.F. Alterações na estru-tura e na diversidade florística no período 2002-2008 de uma Floresta Ombrófila Mista Montana do Centro-sul do Paraná, Brasil. Floresta, v.42, n.1, p.1-10, 2012.

http://dx.doi.org/10.5380/rf.v42i1.26286

SILVA, A.C.; HIGUCHI, P.; VANDENBERG, E. Effects of soil water table regime on tree community species richness and structure of alluvial forest fragments in Southeast Brazil. Brazilian Journal of Biology, v.70, n.3, p.465-471, 2010.

http://dx.doi.org/10.1590/S1519-69842010000300002

VALÉRIO, A.F.; WATZLAWICK, L.F.; SAUERESSIG, D.; PUTON, V.; PIMENTEL, A. Análise da composição florís-tica e da estrutura horizontal de uma Floresta Ombrófila Mista Montana, Município de Irati- PR, Brasil. Revista Acadêmica: Ciências Agrárias e Ambientais, v.6, n.2, p.137-147, 2008.

VELAZCO, S.J.E.; GALVÃO, F.; KELLER, H.A.; BEDRIJ, N.A. Florística e fitossociologia de uma Floresta Estacional Semidecidual, Reserva Privada Osununú-Misiones, Argen-tina. Floresta e Ambiente, v.22, n.1, p.1-12, 2015.

http://dx.doi.org/10.1590/2179-8087.038513

WATZLAWICK, L.F.; ALBUQUERQUE, J.M.; REDIN, C.G.; LONGHI, R.V.; LONGHI, S.J. Estrutura, diversida-de e distribuição espacial da vegetação arbórea na Floresta Ombrófila Mista em Sistema Faxinal, Rebouças (PR). Am-biência, v.7, n.3, p. 415-427, 2011.

http://dx.doi.org/10.5777/ambiencia.2011.03.01

Downloads

Publicado

22-12-2019

Como Citar

Sousa, N. J., Ratton, E., Treml, L. de M., Emerenciano, D. B., Tetto, A. F., Rosot, N. C. ., … Batista, A. C. (2019). Estudo da vegetação arbórea, em um segmento da BR-116, no Rio Grande do Sul. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 7(3), 380–390. https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v7n3.sousa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)