Journal of Biotechnology and Biodiversity | v.7 | n.3 | 2019

Journal of Biotechnology and Biodiversity
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Estudo da vegetação arbórea, em um segmento da BR-116, no Rio Grande do Sul
Nilton José Sousaa, Eduardo Rattona, Leonardo de Marino Tremla, Dartagnan Baggio Emerencianoa , Alexandre França Tettoa, Nelson Carlos Rosota, Eduardo Henrique Rezendea*, Antonio Carlos Batista a
a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Brasil
* Autor correspondente (eduardorezende114@gmail.com )
I N F O A B S T R A C T
Keyworks
horizontal structure vertical structure
inventory phytophysiognomy
Study of tree vegetation in a segment of BR-116, in Rio Grande do Sul .
The objective of this work was to analyze the structure and diversity of tree vegetation in the montane mixed ombrophilous forest fragments in the domain strip of a segment of BR-116, in Rio Grande do Sul. 19 plots were installed in the total area of 149, 98 ago. Trees with DBH ≥ 10 cm were part of the survey, and commercial height and DBH were identified and determined. The horizontal and vertical structures of the vegetation were analyzed. For the horizontal structure was calculated: total number of indiv iduals sampled, absolute density, relative density of the species, absolute frequency, relative frequency, absolute dominance, relative dominance, importance value and coverage value. For the vertical structure, the forest stratification was defined by determining the absolute sociological position and relative sociological position. Some indices related to environmental diversity were also calculated: Shannon-Weaver Index, Pielou Equability, Simpson Index and Jentsch Mixing Coefficient. In the evaluated area were found 1042 individuals, belonging to 75 species and distributed in 33 families. The most important species in the horizontal structure of the vegetation were: Lithraea brasiliensis, Cinnamomum amoenum, Nectandra megapotamica, Styrax leprosus, Quillaja brasiliensis and Ocotea puberula. The species Lithraea brasiliensis, Styrax leprosus, Nectandra megapotamica, Cinnamomum amoenum, Cupania vernalis and Sebastiania commersoniana were the main ones in relation to the horizontal structure of the vegetation. The values of the calculated environmental indices were adequate for the characteristic vegetation patterns of montane ombrophilous forest. In the evaluated areas there was a predominance of species of the Myrtaceae family, being the Lithraea brasiliensis species the most important in the horizontal and vertical forest structures. The values of the calculated environmental indices were adequate for the characteristic vegetation patterns of montane ombrophilous forest.
R E S U M O
Palavras- chaves
estrutura horizontal estrutura vertical
inventário fitofisionomia
O objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura e diversidade da vegetação arbórea, nos fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Montana (FOMM) na faixa de domínio de um segmento da BR-116, no Rio Grande do Sul. Foram instaladas, 19 parcelas na área total de 149,98 ha. As árvores com DAP ≥ 10 cm fizeram parte do levantamento, tendo sido identificadas e determinadas a altura comercial e DAP. Foram analisadas as estruturas horizontais e verticais da vegetação. Para a estrutura horizontal foi calculado: número total de indivíduos amostrados, densidade absoluta, densidade relativa da espécie, frequência absoluta, frequência relativa, dominância absoluta, dominância relativa, valor de importância e valor de cobertura. Para a estrutura vertical, foi definida a estratificação da floresta mediante a determinação da posição sociológica absoluta e da posição sociológica relativa. Foram calculados também alguns índices relacionados à diversidade do ambiente: Índice de Shannon-Weaver, Equabilidade de Pielou, Índice de Simpson e Coeficiente de Mistura de Jentsch. Na área avaliada foram encontrados 1042 indivíduos, pertencentes a 75 espécies e distribuídos em 33 famílias. As espécies com maior importância na estrutura horizontal da vegetação foram: Lithraea brasiliensis, Cinnamomum amoenum, Nectandra megapotamica , Styrax leprosus, Quillaja brasiliensis e Ocotea puberula. As espécies Lithraea brasiliensis, Styrax leprosus, Nectandra megapotamica, Cinnamomum amoenum, Cupania vernalis e Sebastiania commersoniana foram as principais em relação à estrutura horizontal da vegetação. Nas áreas avaliadas ocorreu predomínio de espécies da família Myrtaceae, sendo a espécie Lithraea brasiliensis a mais importante nas estruturas horizontal e vertical da floresta. Os valores dos índices ambientais calculados foram adequados para os padrões de vegetação característica de Floresta Ombrófila Mista Montana .
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INTRODUÇÃO
AFloresta Ombrófila Mista (FOM), é uma vege- tação que recebe essa classificação por estar pre-
sente em regiões com chuva durante o ano todo, e apresentar vegetação mista entre angiospermas e coníferas presentes no mesmo ecossistema, e a co- existência de vegetação de origens subtropical e tropical (IBGE, 2012; Roderjan et al., 2002).
A vegetação típica de Floresta Ombrófila M ista
Montana (FOMM) é um tipo de FOM caracterizada por estar presente no do Planalto Meridional, em
regiões com altitude entre 400 e 1000 mde altitude, presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paraná (IBGE, 2012). Assim como qual- quer outra formação florestal do Rio Grande do Sul, a FOMMpassou por alterações antrópicas causadas pela expansão urbana e pela agricultura, afetando assim a sua estrutura natural (Callegaro et al., 2016).
O conhecimento da composição e estrutura de uma vegetação é de grande importância em qual- quer atividade onde seja necessária sua supressão, seja para diversos fins como: uso no manejo, con- servação ou recuperação florestal (Callegaro et al., 2016). Por meio de estudos das estruturas horizon- tal e vertical de uma vegetação pode se conhecer a sua composição florística, além das relações quan-
titativas e qualitativas entre as espécies e a estrutura da comunidade (Velazco et al., 2015).
O estudo da estrutura horizontal abrange diver- sos parâmetros, dentre eles a densidade, represen- tada pelo número de indivíduos de cada espécie em uma unidade de área (ha), a dominância, definida como a medida da projeção do corpo da planta no solo, ou área basal por hectare, e a frequência que é a distribuição de cada espécie, em termos percentu- ais sobre a área. Utilizando esses parâmetros bási- cos diversos outros parâmetros podem ser calcula- dos em relação a estrutura horizontal, tais como: valor de importância (VI) e valor de cobertura.
Os parâmetros da estrutura vertical abrangem a posição sociológica, que fornece a composição flo- rística dos diferentes estratos verticais do povoa- mento
Alguns trabalhos têm sido realizados em frag- mentos de Floresta Ombrófila Mista Montana , abordando como tema principal a diversidade e es- trutura da vegetação (Sawczuk et al., 2012; Higuchi et al., 2013; Callegaro et al., 2016).
As florestas de uma mesma fitofisionomia loca- lizadas em regiões diferentes podem apresentar di- ferenças nas estruturas das comunidades e alguns estudos têm relatado que essas diferenças podem ser causadas por uma série de fatores como: dife-

rentes condições edáficas (Silva et al., 2010), por diferenças no relevo (Espírito-Santo et al., 2002),
diferentes níveis de luminosidade gerada por bor- das e clareiras (Oliveira Filho et al., 2009) e pela
perturbação antrópica da vegetação (Higuchi et al., 2008).
Diante disto, este trabalho teve como objetivo, analisar a estrutura horizontal e vertical e a div ersi- dade da vegetação arbórea nos fragmentos de Flo- resta Ombrófila Mista Montana presentes na faixa de domínio de um segmento da BR-116, no estado do Rio Grande do Sul.
MATERIAL E MÉTODOS
Este trabalho foi realizado na faixa de domínio de um segmento da BR-116 no estado de Rio Grande do Sul, com área total de 149,98 ha com presença de Floresta Ombrófila Mista Montana (FOMM). Este segmento percorre os municípios de Vacaria, Campestre da Serra, São Marcos, Flores da Cunha, Campestre da Serra, São Marcos, Caxi as do Sul e Morro Reuter. As parcelas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 13, 15, 16 e 42 foram alocadas nos municípios de Vacaria, Campestre da Serra, São Marcos e Flo- res da Cunha, enquanto que as parcelas 9, 10, 11, 12, 14, 17 e 25 foram alocadas nos municípios de Campestre da Serra, São Marcos, Caxias do Sul e Morro Reuter (Coordenadas em UTM, Fuso 22 S, Sistema SIRGAS 2000) (Figura 1).
Figura 1 - Localização das parcelas instaladas na faixa de domínio da BR-116, no estado do Rio Grande do Sul, com a presença de Floresta Ombró- fila Mista Montana. Fonte: UFPR/ITTI (2016) .
Foi considerada como faixa de domínio a área de 40 metros simétricos de cada lado do eixo central
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da rodovia. A determinação da tipologia da vegeta- ção presente na faixa de domínio como típica de FOMM foi realizada com base no Mapa de Vege- tação do Brasil (IBGE, 2004).
Para realizar a análise da vegetação, foi feito um inventário florestal nos fragmentos que estavam presente nas duas margens laterais de domínio da BR-116. O processo de amostragem e distribuição das parcelas utilizado foi a amostragem aleatór ia simples.
Foi realizado um mapeamento das áreas com fra- gmentos florestais com auxílio de drones, material cartográfico de imagens de satélite do software Di- gital Globe (Plug in Open Layers) e imagens atuais do Google Earth, em ambiente SIG. Mapeada a área, com total de 149,98 ha, foram instaladas 19 parcelas de 1.000 m² (20 x 50 m) na faixa de domí- nio, subdivididas em cinco sub-amostras de 200 m ² cada (20 x 10 m).Para avaliar a suficiência amostral foi elaborada a curva de acumulação de espécies (Magurran, 2004), para verificar o incremento da riqueza de espécies de acordo com o aumento do número de amostras.
Emcada parcela, foram identificadas todas as ár- vores com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 10 cm e a altura, determinada pela distância da base da árvore até o topo. Foram coletadas amostras de par-

tes das plantas, para identificação. A identificação foi realizada com base em pesquisas biblio gráficas em acervos digitais e consulta a herbários. As refe- rências utilizadas para identificação foram: Lorenzi (2002a; 2002b), Lorenzi e Souza (2001) e Lorenzi
et al. (2003); o sistema de classificação botânica utilizado foi o de "Angiosperm Phylogeny Gr oup" (Kanieski et al., 2003). Os nomes botânicos das es- pécies foram conferidos com o banco de dados ele-
trônico Lista da Flora Brasil.
Em relação à estrutura horizontal da vegetação foram calculados os seguintes parâmetros: número total de indivíduos amostrados (N), densidade ab- soluta (DA), densidade relativa da espécie (DR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR),
dominância absoluta (DoA), dominância relativa (DoR), valor de importância (VI) e valor de cober- tura (VC).
Para a estrutura vertical, foram calculadas a po- sição sociológica absoluta (PSA) e relativa (PSR), estratificando-se a vegetação em três estratos de al- tura. Alguns índices de qualidade do ambiente fo- ram estimados: Índice de Shannon-Weaver (H’), Equabilidade de Pielou (J’), Índice de Simpson (C) e Coeficiente de Mistura de Jentsch (QM). Para o cálculo dos parâmetros e índices foi utilizado o sof- tware Mata Nativa versão 4.02 (Cientec, 2006).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em relação a suficiência amostral, foram insta- ladas 19 parcelas instaladas, podendo ser observado que entre a décima segunda e a décima terceira par- cela, ocorreu a estabilização da curva de acumula- ção de espécies, ou seja, com 13.000 m², demons- trando que as parcelas instaladas foram suficientes para representar a vegetação estudada, como pode ser observado na figura 2. Uma área amostral me- nor foi necessária para a estabilização da curva em um trabalho realizado por Rondon Neto et al. (2002), em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Montana, localizado no município de Criúva - RS, os autores verificaram que com 6.000 m² de área amostral ocorreu a estabilização.
Figura 2 - Curva de acumulação de espécies nas parcelas instaladas na vegetação arbórea de Flo- resta Ombrófila Mista, presente na faixa de domí- nio de um segmento da BR-116, no estado do Rio Grande do Sul. Fonte: UFPR/ITTI (2016) .
Foram identificadas 75 espécies, distribuídas em 33 famílias, totalizando 1.042 indivíduos amostra- dos, incluindo 39 indivíduos mortos nesta soma, que receberam a denominação de “Árvores Mortas” (Tabela 1). Higuchi et al. (2012), em um estudo re- alizado em Floresta Ombrófila Mista Montana no município de Lages-SC, amostraram 1.843 indiví- duos arbóreos, distribuídos em 37 famílias, e 92 es- pécies, para uma área avaliada de 103,06 ha.
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Tabela 1 - Espécies arbóreas amostradas nas parcelas instaladas na faixa de domínio da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul, com presença de vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana .
Familia Espécie Nome popular
Anacardiaceae
Lithraea brasiliensis Marchand Schinus lentiscifolia Marchand
bugreiro aroeira- pelada
Schinus terebinthifolia a Raddi aroeira
Annonaceae Annona rugulosa (Schltdl.) H.Rainer ariticum
Aquifoliaceae
Ilex brevicuspis Reissek Ilex taubertiana Loes
voadeira congonha
Ilex paraguariensis A. St. -Hil erva- mate
Araliaceae Oreopanax fulvum Marchal tamanqueira
Araucariaceae Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze pinheiro
Asteraceae
Dasyphyllum spinescens Less Vernonanthura puberula Less.
não-me- toque vassourão-do- brejo
Vernonanthura discolor (Spreng.) H. Rob vassourão- preto
Celastraceae Maytenus aquifolia Mart espinheira- santa
Clethraceae Clethra scabra Pers cajuja
Cunoniaceae Lamanonia ternata Vell guaperê
Erythroxylaceae Erythroxylum deciduum A.St.-Hi cocão
Escalloniaceae Escallonia bifida Link & Otto canudo-de- pito
Euphorbiaceae
Sapium glandulosum (L.) Morong Sebastiania brasiliensis Spreng
leiteiro leiteirinho
Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Sm.& Downs branquilho
Bauhinia forficata Link pata-de- vaca
Erythrina falcata Benth corticeira-da- serra
Fabaceae
Inga virescens Benth
Lonchocarpus nitidus (Vogel) Benth Lonchocarpus muehlbergianus Hassl
ingá- verde
rabo-de-bugio- fedido rabo-de- bugio
Machaerium paraguariense Hassl farinha- seca
Mimosa scabrella Benth bracatinga
Parapiptadenia rigida Benth gurucaia
Lamiaceae Vitex megapotamica tarumã
Cinnamomum amoenum (Nees) Kosterm canela- alho
Lauraceae
Nectandra lanceolata Nees
Nectandra megapotamica Spreng.) Mez Ocotea puberula (Rich.) Nees
canela- amarela canela- imbuia canela- guaicá
Ocotea pulchella (Nees) Mez canela- lageana
Persea willdenovii Kosterm pau-de- andrade
Malvaceae Luehea divaricata Mart. & Zucc açoita- cavalo
Meliaceae Cedrela fissilis Vell cedro- rosa
Acca sellowiana (O.Berg) Burret goiaba-da- serra
Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg murta
Campomanesia xanthocarpa Berg guabiroba
Eugenia pyriformis Cambess uvaia
Myrtaceae
Eugenia uniflora L. Myrcia florida Lem
Myrcia guianensis (Aubl.) DC
pitanga guamirim- branco guamirim- vermelho
Myrcia oblongata DC guamirim
Myrcianthes gigantea D. Legrand guamirim- gigante
Myrcianthes pungens (O.Berg) D. Legrand guabiju
Myrciaria floribunda H.West ex Willd cambuí
Myrrhinium atropurpureum Schott murtilho
Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz maria- mole
Oleaceae Ligustrum lucidum W.T.Aiton alfeneiro
Phytolaccaceae Phytolacca dioica L. ceboleiro
Primulaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br Myrsine umbellata Mart.
capororoquinha capororocão
Quillajaceae Quillaja brasiliensis A.St.-Hil. & Tul saboneteira
Rhamnaceae
Hovenia dulcis Thunb Scutia buxifolia Reissek
uva-do- japão coronilha
Rosaceae Prunus myrtifolia L. pessegueiro- brabo
Rutaceae
Helietta apiculata Benth
Zanthoxylum fagara L.
Zanthoxylum kleinii (R.S.Cowan) P.G.Waterman
canela-de- veado mamica- fedida
juvevê
Zanthoxylum rhoifolium Lam mamica-de- cadela
Salicaceae
Casearia decandra Jacq Casearia sylvestris Sw
guaçatunga cafezeiro- brabo
(continua...)
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Tabela 1 - Espécies arbóreas amostradas nas parcelas instaladas na faixa de domínio da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul, com presença de vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana (continuação).
Familia Espécie Nome popular
Allophylus edulis (A. St- Hil., Cambess e A. Juss.) Radlk vacum
Sapindaceae
Allophylus guaraniticus (A. St.-Hil.) Radlk Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk
vacunzinho vacum-folha- larga
Cupania vernalis Cambess cuvatã
Matayba elaeagnoides Radlk miguel- pintado
Elaeocarpaceae Sloanea lasiocoma K.Schum sapopema
Solanaceae
Solanum pseudoquina A. St.- Hill Solanum sanctae-catharinae Dunal
quina canema
Styracaceae Styrax leprosus Hook. & Arn caujuja
Symplocaceae Symplocos uniflora (Pohl) Benth pau-de- canga
Verbenaceae Citharexylum myrianthum Cham tucaneira
A maior quantidade de espécies foi verificada nas famílias Myrtaceae (16,00%) e Fabaceae (10,67%), seguidas das famílias Lauraceae (8,00%), Sapindaceae (6,67%) Rutaceae (5,33%), e Anacardiaceae (4,00%). O predomínio de espécies da família Myrtaceae em Floresta Ombrófila Mista, também foi verificada, no estado do Paraná por Watzlawick et al. (2011). Esses autores também destacam outras famílias que ocorreram neste tra- balho como Fabaceae, Lauraceae e Sapindaceae. Higuchi et al. (2012) obteve a família Myrtace ae
também como predominante em Floresta Ombró- fila Mista Montana, esses autores também verifica- ram como importantes em seu levantamento as fa- mílias, Lauraceae e Fabaceae. De acordo com Nas- cimento et al. (2001) a Floresta Ombrófila Mista é um importante centro de dispersão da família Myr- taceae. Na tabela 2 é possível observar que o maior número de indivíduos foi verificado para as espé- cies: Lithraea brasiliensis (167), Styrax leprosus (70), Nectandra megapotamica (62), Cinnamomum amoenum (55), Cupania vernalis (54), S ebastiania commersoniana (51) e árvores mortas (39).
Tabela 2 - Estrutura horizontal da vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, presente na faixa de domí- nio de um segmento da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul.
Nome científico N DA DR FA FR DoA DoR VC (%) VI (%)
Lithraea brasiliensis 167 128,4 16,03 84,62 4,78 5,56 16,33 16,18 12,38
Styrax leprosus 70 53,85 6,72 53,85 3,04 1,51 4,42 5,57 4,73
Nectandra megapotamica 62 47,69 5,95 53,85 3,04 2,02 5,92 5,94 4,97
Cinnamomum amoenum 55 42,31 5,28 53,85 3,04 2,33 6,83 6,06 5,05
Cupania vernalis 54 41,54 5,18 30,77 1,74 0,80 2,35 3,77 3,09
Sebastiania commersoniana 51 39,23 4,89 76,92 4,35 0,72 2,10 3,50 3,78
Árvores Mortas 39 30,00 3,74 84,62 4,78 1,11 3,27 3,51 3,93
Quillaja brasiliensis 38 29,23 3,65 46,15 2,61 2,65 7,78 5,71 4,68
Matayba elaeagnoides 36 27,69 3,45 61,54 3,48 0,58 1,72 2,59 2,88
Myrsine coriacea 36 27,69 3,45 53,85 3,04 1,07 3,16 3,31 3,22
Ocotea puberula 33 25,39 3,17 69,23 3,91 2,19 6,43 4,80 4,50
Sapium glandulosum 30 23,08 2,88 15,38 0,87 0,59 1,72 2,30 1,82
Luehea divaricata 29 22,31 2,78 38,46 2,17 1,27 3,73 3,26 2,90
Prunus myrtifolia 24 18,46 2,30 53,85 3,04 0,62 1,82 2,06 2,39
Vernonanthura discolor 24 18,46 2,30 23,08 1,30 1,19 3,50 2,90 2,37
Allophylus edulis 23 17,69 2,21 53,85 3,04 0,30 0,86 1,54 2,04
Ocotea pulchella 18 13,85 1,73 53,85 3,04 0,50 1,46 1,59 2,08
Zanthoxylum rhoifolium 18 13,85 1,73 46,15 2,61 0,25 0,74 1,23 1,69
Zanthoxylum fagara 14 10,77 1,34 46,15 2,61 0,35 1,03 1,19 1,66
Vernonanthura puberula 13 10,00 1,25 23,08 1,30 0,29 0,84 1,05 1,13
Zanthoxylum kleinii 13 10,00 1,25 46,15 2,61 0,39 1,16 1,20 1,67
Lamanonia ternata 12 9,23 1,15 15,38 0,87 0,42 1,23 1,19 1,08
Annona rugulosa 11 8,46 1,06 15,38 0,87 0,11 0,31 0,68 0,75
Parapiptadenia rígida 11 8,46 1,06 7,69 0,43 0,52 1,53 1,30 1,01
Schinus lentiscifolia 11 8,46 1,06 15,38 0,87 0,22 0,65 0,85 0,86
Myrcia guianensis 10 7,69 0,96 23,08 1,30 0,12 0,36 0,66 0,88
Araucaria angustifolia 8 6,15 0,77 23,08 1,30 1,56 4,59 2,68 2,22
Erythroxylum deciduum 8 6,15 0,77 30,77 1,74 0,20 0,58 0,68 1,03
Nectandra lanceolata 8 6,15 0,77 23,08 1,30 0,26 0,76 0,76 0,94
Scutia buxifolia
8
6,15
0,77
23,08
1,30
0,22
0,63
0,70
0,90
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Tabela 2 - Estrutura horizontal da vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, presente na faixa de domí- nio de um segmento da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul (continuação).
Nome científico N DA DR FA FR DoA DoR VC (%) VI (%)
Campomanesia xanthocarpa 7 5,39 0,67 23,08 1,30 0,13 0,38 0,53 0,78
Allophylus puberulus 6 4,62 0,58 7,69 0,43 0,06 0,18 0,38 0,40
Blepharocalyx salicifolius 6 4,62 0,58 23,08 1,30 0,16 0,46 0,52 0,78
Dasyphyllum spinescens 6 4,62 0,58 30,77 1,74 0,12 0,34 0,46 0,89
Myrcia oblongata 6 4,62 0,58 23,08 1,30 0,08 0,23 0,40 0,70
Solanum pseudoquina 6 4,62 0,58 15,38 0,87 0,12 0,35 0,46 0,60
Citharexylum myrianthum 4 3,08 0,38 15,38 0,87 0,05 0,15 0,27 0,47
Hovenia dulcis 4 3,08 0,38 7,69 0,43 0,27 0,78 0,58 0,53
Ilex paraguariensis 4 3,08 0,38 15,38 0,87 0,04 0,11 0,25 0,45
Mimosa scabrella 4 3,08 0,38 23,08 1,30 0,16 0,46 0,42 0,72
Myrcia florida 4 3,08 0,38 15,38 0,87 0,05 0,15 0,27 0,47
Schinus terebinthifolia 4 3,08 0,38 15,38 0,87 0,05 0,15 0,27 0,47
Solanum sanctae-catharinae 4 3,08 0,38 15,38 0,87 0,04 0,13 0,26 0,46
Symplocos uniflora 4 3,08 0,38 30,77 1,74 0,06 0,16 0,27 0,76
Erythrina falcata 3 2,31 0,29 7,69 0,43 0,84 2,46 1,37 1,06
Casearia decandra 2 1,54 0,19 15,38 0,87 0,03 0,08 0,14 0,38
Eugenia uniflora 2 1,54 0,19 7,69 0,43 0,05 0,14 0,17 0,26
Ligustrum lucidum 2 1,54 0,19 7,69 0,43 0,13 0,39 0,29 0,34
Myrcianthes gigantea 2 1,54 0,19 15,38 0,87 0,02 0,04 0,12 0,37
Persea willdenovii 2 1,54 0,19 7,69 0,43 0,07 0,21 0,20 0,28
Acca sellowiana 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Allophylus guaraniticus 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,02 0,05 0,07 0,19
Bauhinia forficata 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Casearia sylvestris 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,05 0,16 0,13 0,23
Cedrela fissilis 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,19 0,55 0,32 0,36
Clethra scabra 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,03 0,08 0,09 0,20
Escallonia bifida 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,02 0,07 0,08 0,20
Eugenia pyriformis 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Guapira opposita 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Helietta apiculata 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Ilex brevicuspis 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,03 0,09 0,09 0,21
Ilex taubertiana 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,03 0,10 0,10 0,21
Inga virescens 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,02 0,06 0,08 0,20
Lonchocarpus muehlbergianus 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,18
Lonchocarpus nitidus 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,02 0,06 0,08 0,20
Machaerium paraguariense 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,18
Maytenus aquifolia 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,18
Myrcianthes pungens 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,04 0,10 0,10 0,21
Myrciaria floribunda 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,03 0,09 0,09 0,21
Myrrhinium atropurpureum 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,19
Myrsine umbellata 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,18
Oreopanax fulvum 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,03 0,06 0,19
Phytolacca dioica 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,95 2,78 1,44 1,10
Sebastiania brasiliensis 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,01 0,02 0,06 0,18
Sloanea lasiocoma 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,09 0,27 0,18 0,27
Vitex megapotamica 1 0,77 0,10 7,69 0,43 0,03 0,07 0,09 0,20
Total Geral 1042 801,54 100,00 1769,23 100,00 34,05 100,00 100,00 100,00
N= número de indivíduos; DA: densidade absoluta (ind.ha-1 ); DR: densidade relativa; FA: frequência absoluta; FR: frequência relativa; DoA: dominância absoluta (m².ha-1); DoR: dominância relativa; VC: valor de cobertura; VI: valor de importância.
Os valores de densidade absoluta de monstram que ocorreu a presença de 801,54 ind.ha-1, com des- taque para a espécie Lithraea brasiliensis, com 128,46 indivíduos/ha, representando 16,03% do to- tal de indivíduos/ha, mais que o dobro de indiví- duos por unidade de área em relação à segunda es- pécie com maior quantidade, que foi Styrax lepro- sus, com 53,85 ind.ha-1, representando 6,72% do to- tal. Em seguida, as maiores densidades foram apre- sentadas por Nectandra megapotamica, com 47,69 ind.ha-1, Cinnamomum amoenum, com 42,31 ind.ha-1 , Cupania vernalis, com 41,54 ind.ha-1 e Se- bastiania commersoniana, com 39,23 ind.ha-1 . Em um estudo realizado por Rondon Neto et al.
(2012) também em fragmentos de FOMM, foi ve- rificado como as espécies com maiores densidades as espécies Araucaria angustifolia (271,30), Sebas- tiana commersoniana (53,80), Lithraea brasilien- sis (51,30). Callegaro et al. (2016) encontraram maiores valores de densidades para as espécies Ma- tayba elaeagnoides (55,5 ind.ha-1), Campomanesia xanthocarpa (31,1), Cupania vernalis (30,5), em um estudo realizado em Nova Prata- RS.
Aespécie Lithraea brasiliensis também foi a que apareceu com maior frequência nas 13 parcelas, com FA = 84,62 e FR = 4,78%. Outra espécie com ocorrência ampla pela área estudada foi Sebastiania commersoniana com FA = 76,92 e FR = 4,35%, se- guida pelas espécies Ocotea puberula com FA =
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69,23 e FR 3,91% e Matayba elaeagnoides com FA = 61,54 e FR 3,48%.
Lithraea brasiliensis, com 5,56 m².ha-1 ou 16,33% da área basal total por hectare, foi a espécie mais dominante na área estudada, com sua bio- massa ocupando a maior área dentre as espécies presente na vegetação. Em seguida, os maiores va- lores foram verificados para as espécies Quillaja brasiliensis, com 2,65 m².ha-1 ou 7,78% da área ba- sal total por hectare; Cinnamomum amoenum, com 2,33 m².ha-1 ou 6,83% da área basal total por hec- tare; Ocotea puberula, com 2,19 m².ha-1 ou 6,43% da área basal total por hectare e Nectandra mega- potamica, com 2,02 m².ha-1 ou 5,92% da área basal total por hectare. As Árvores Mortas representaram 1,11 m².ha-1 e 3,27% da área basal total por hectare. Nos estudos de Callegaro et al. (2016) os m aio- res valores de dominância foram verificados para as espécies Matayba elaeagnoides (3,43 m² ha-1) e Nectandra megapotamica (2,05 m².ha-1 ).
Em relação ao índice de valor de cobertura, que avalia a importância da espécie em relação a ocu- pação da área estudada, a espécie Lithraea brasili- ensis, com VC% de 16,18% foi a que apresentou o maior valor, sendo a espécie mais representativa na ocupação do solo nestas áreas. O valor obtido por esta espécie foi bem superior ao demais: Cinnamo- mum amoenum, com VC% de 6,06%, Nectandra megapotamica, com VC% de 5,94%, Quillaja bra- siliensis, com VC% de 5,71%, Styrax leprosus , com VC%de 5,57% e Ocotea puberula, com VC% de 4,80%.
Esta mesma sequência foi verificada para o ín- dice de Valor de Importância (VI), sendo que Li-
thraea brasiliensis também foi a espécie que apre- sentou os valores mais elevados, com 12,38%, de- monstrando ser a espécie mais representativa nas áreas estudadas. Emseguida, os maiores valores fo- ram obtidos pelas espécies: Cinnamomum amoe- num, com VI% de 5,05%, Nectandra megapota- mica, com VI% de 4,97%, Styrax leprosus, com VI% de 4,73%, Quillaja brasiliensis, com VI% de 4,68% e Ocotea puberula, com VI% de 4,50%. Rondon Neto et al. (2012) observaram os maio- res valores de importância para as espécies Arauca- ria angustifolia, Lithraea brasiliensis, Sebastiana commersoniana, em fragmentos de FOMM. Mar- tins et al. (2017) encontraram com os maiores VI em seu estudo em FOMM realizado em Boa Ven- tura de São Roque (PR) a espécie Matayba elaeag- noides. Valério et al. (2008) encontraram Ocotea puberula como a de maior valor de VI, em um es- tudo em Irati no Paraná.
Em relação à estrutura vertical, foi realizado a estratificação dos dados de altura das espécies amostradas de acordo com os critérios adotados pelo programa Mata Nativa. Desde modo, foram obtidos três estratos de acordo com a altura de ár- vore, sendo o estrato inferior formado por indiví- duos com altura até 10 m; estrato médio com indi- víduos que apresentaram altura entre 10 e 20 m e estrado superior composto por indivíduos com al- tura superior a 20 m, sendo que do total de 1042 indivíduos amostrados, o maior número foi obser- vado no estrato médio, com 65,54%, seguido do es- trato inferior com 30,04% e estrato superior com 4,42% (Tabela 3).
Tabela 3 - Estratificação da vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, presente na faixa de domínio de um segmento da BR-116 no estado do Rio Grande do S ul.
Estrato Critério Altura do estrato Porcentagem de indivíduos
Inferior H < (Hm – 1 σ) H < 10 m 30,04
Médio (Hm – 1 σ) ≤ H < (Hm + 1 σ) 10 m ≤ H < 20 m 65,54
Superior H ≥ (Hm + 1 σ) H ≥ (20 m) 4,42
Nota: (H) = altura total; (Hm) = altura média; (σ) = desvio padrão.
O estrato inferior apresentou 55 de um total de 76 espécies amostradas. As espécies com maior número de indivíduos neste estrato foram: Lithraea brasiliensis (32), Sebastiania commersoniana (23), Cupania vernalis (18), Luehea divaricata e Nectandra megapotamica (13) (Tabela 4).
Tabela 4 - Estrutura vertical da vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, presente na faixa de domínio de um segmento da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul.
Nome científico Estrato inferior Estrato médio Estrato superior N PSA PSR
Acca sellowiana 1 0 0 1 0,23 0,06
Allophylus edulis 12 11 0 23 8,32 1,99
Allophylus guaraniticus 1 0 0 1 0,23 0,06
Allophylus puberulus 5 1 0 6 1,66 0,40
Annona rugulosa 6 5 0 11 3,91 0,93
Araucaria angustifolia 0 7 1 8 3,56 0,85
Árvores Mortas
35
4
0
39
10,10
2,42
(continua...)
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Tabela 4 - Estrutura vertical da vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, presente na faixa de domínio de um segmento da BR-116 no estado do Rio Grande do Sul (continuação).
Nome científico Estrato inferior Estrato médio Estrato superior N PSA PSR
Bauhinia forficata 1 0 0 1 0,23 0,06
Blepharocalyx salicifolius 0 6 0 6 3,03 0,72
Campomanesia xanthocarpa 5 2 0 7 2,16 0,52
Casearia decandra 1 1 0 2 0,74 0,18
Casearia sylvestris 0 1 0 1 0,50 0,12
Cedrela fissilis 0 1 0 1 0,50 0,12
Cinnamomum amoenum 7 43 5 55 23,47 5,61
Citharexylum myrianthum 3 1 0 4 1,20 0,29
Clethra scabra 0 1 0 1 0,50 0,12
Cupania vernalis 18 36 0 54 22,31 5,33
Dasyphyllum spinescens 3 3 0 6 2,21 0,53
Erythrina falcata 0 2 1 3 1,04 0,25
Erythroxylum deciduum 5 3 0 8 2,67 0,64
Escallonia bífida 1 0 0 1 0,23 0,06
Eugenia pyriformis 1 0 0 1 0,23 0,06
Eugenia uniflora 1 1 0 2 0,74 0,18
Guapira opposita 1 0 0 1 0,23 0,06
Helietta apiculata 1 0 0 1 0,23 0,06
Hovenia dulcis 0 3 1 4 1,55 0,37
Ilex brevicuspis 0 1 0 1 0,50 0,12
Ilex paraguariensis 1 0 0 1 0,23 0,06
Ilex taubertiana 1 3 0 4 1,74 0,42
Inga virescens 0 1 0 1 0,50 0,12
Lamanonia ternata 4 7 1 12 4,49 1,07
Ligustrum lucidum 0 2 0 2 1,01 0,24
Lithraea brasiliensis 32 132 3 167 74,05 17,70
Lonchocarpus muehlbergianus 0 1 0 1 0,50 0,12
Lonchocarpus nitidus 0 1 0 1 0,50 0,12
Luehea divaricata 13 15 1 29 10,60 2,53
Machaerium paraguariense 1 0 0 1 0,23 0,06
Matayba elaeagnoides 10 26 0 36 15,42 3,69
Maytenus aquifolia 1 0 0 1 0,23 0,06
Mimosa scabrella 0 3 1 4 1,55 0,37
Myrcia florida 1 3 0 4 1,74 0,42
Myrcia guianensis 7 3 0 10 3,13 0,75
Myrcia oblongata 3 3 0 6 2,21 0,53
Myrcianthes gigantea 1 1 0 2 0,74 0,18
Myrcianthes pungens 0 1 0 1 0,50 0,12
Myrciaria floribunda 0 1 0 1 0,50 0,12
Myrrhinium atropurpureum 1 0 0 1 0,23 0,06
Myrsine coriacea 10 25 1 36 14,95 3,57
Myrsine umbellata 1 0 0 1 0,23 0,06
Nectandra lanceolata 1 7 0 8 3,76 0,90
Nectandra megapotamica 13 43 6 62 24,89 5,95
Ocotea puberula 3 24 6 33 13,00 3,11
Ocotea pulchella 3 12 3 18 6,85 1,64
Oreopanax fulvum 1 0 0 1 0,23 0,06
Parapiptadenia rigida 2 8 1 11 4,53 1,08
Persea willdenovii 0 1 1 2 0,54 0,13
Phytolacca dioica 0 1 0 1 0,50 0,12
Prunus myrtifolia 6 17 1 24 9,99 2,39
Quillaja brasiliensis 2 30 6 38 15,79 3,78
Sapium glandulosum 9 21 0 30 12,67 3,03
Schinus lentiscifolia 6 5 0 11 3,91 0,93
Schinus terebinthifolia 3 1 0 4 1,20 0,29
Scutia buxifolia 4 4 0 8 2,94 0,70
Sebastiania brasiliensis 0 1 0 1 0,50 0,12
Sebastiania commersoniana 23 28 0 51 19,43 4,65
Sloanea lasiocoma 0 0 1 1 0,03 0,01
Solanum pseudoquina 2 4 0 6 2,48 0,59
Solanum sanctae-catharinae 4 0 0 4 0,92 0,22
Styrax leprosus 12 53 5 70 29,67 7,09
Symplocos uniflora 3 1 0 4 1,20 0,29
Vernonanthura puberula 9 4 0 13 4,10 0,98
Vernonanthura discolor 5 18 1 24 10,27 2,45
Vitex megapotamica 1 0 0 1 0,23 0,06
Zanthoxylum fagara 4 10 0 14 5,97 1,43
Zanthoxylum kleinii 0 13 0 13 6,55 1,57
Zanthoxylum rhoifolium 2 16 0 18 8,53 2,04
Total Geral 313 683 46 1.042 418,26 100 ,00
Nota: Estrato inferior - indivíduos com altura até 10 m; estrato médio - indivíduos com altura entre 10 e 20 m; estrato superior - indivíduos com altura maior que 20 m. N = número de indivíduos; PSA = posição sociológica absoluta; PSR = posição sociológica relativa.
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Oestrato médio foi o que apresentou o maior nú- mero de espécies (59 espécies), sendo que as espé- cies com maior número de indivíduos foram: Li- thraea brasiliensis (132), Styrax leprosus (53), Nectandra megapotamica e Cinnamomum amoe- num (ambas com 43) e Cupania vernalis (36).
O estrato superior apresentou o menor número de espécies (18). As espécies mais predominantes foram: Nectandra megapotamica, Quillaja brasili- ensis e Ocotea puberula com 6 indivíduos, Styrax leprosus e Cinnamomum amoenum com 5 indiví- duos, Lithraea brasiliensis e Ocotea pulchella com 3 indivíduos.
O maior número de espécies no estrato médio pode estar relacionado ao estágio de sucessão da floresta, as perturbações antrópicas alteraram as ca- racterísticas naturais da floresta, no momento da r e- alização do levantamento a sucessão estava em es- tágio intermediário de sucessão ecológica.
A espécie Lithraea brasiliensis apresentou os
maiores valores de PSA e PSR de 74,05 e 17,70% respectivamente, seguida das espécies Styrax le- prosus com PSA de 29,67 e PSR de 7,09%, Nec- tandra megapotamica com PSA e PSR de 24,89 e 5,95% respectivamente, Cinnamomum amoenum com PSA e PSR de 23,47 e 5,61% respectivamente, Cupania vernalis com PSA de 22,31 e PSR de e 5,33% e Sebastiania commersoniana com PSA e PSR de 19,43 e 4,65% respectivamente.
Em relação aos índices de diversidade, o Índice de Shannon-Weaver (H´) encontrado para as 75 es- pécies, mais as Árvores Mortas, de 3,44. Martins (1991), em seu estudo concluiu que para a maioria das vegetações brasileiras os valores do índice de Shannon-Weaver variam entre 3 e 4. Este valor de 3,44 também é próximo dos valores encontrados por Negrelle e Leuchtenberger (2001), Rondon Neto et al. (2002). Higuchi et al., (2012), obtiveram valor de 3,74 para o índice de Shannon (H´).
Tabela 5 - Índices de diversidade para a vegetação de Floresta Ombrófila Mista Montana, nas áreas de domínio da BR-116, no estado do Rio Grande do Sul.
Parcela N S Ln (S) H' C J QM
1 62 10 2,303 1,90 0,83 0,83 1:6,20
2 92 21 3,045 2,71 0,93 0,89 1:4,38
3 80 20 2,996 2,60 0,92 0,87 1:4,00
4 91 24 3,178 2,56 0,87 0,81 1:3,79
5 82 19 2,944 2,44 0,88 0,83 1:4,32
6 74 15 2,708 1,85 0,75 0,68 1:4,93
7 81 18 2,890 2,38 0,87 0,82 1:4,50
8 76 22 3,091 2,71 0,93 0,88 1:3,45
13 59 16 2,773 2,40 0,90 0,87 1:3,69
15 91 22 3,091 2,38 0,85 0,77 1:4,14
16 99 13 2,565 1,77 0,71 0,69 1:7,62
42 80 10 2,303 1,29 0,56 0,56 1:8,00
43 75 20 2,996 2,45 0,86 0,82 1:3,75
1042 76 4,331 3,44 0,85 0,79 1:13,71
Nota: N = número total de indivíduos amostrados; S = número total de espécies amostradas; lnS = logaritmo neperiano de S (diversidade máxima); H’ = Índice de Shannon-Weaver; C = Índice de Simpson; J = Índice Equabilidade de Pielou; QM = Coeficiente de Mistura de Jentsch .
A espécie Lithraea brasiliensis foi a de maior importância na estrutura horizontal e vertical da ve- getação estudada, corroborando com o resultado obtido por Formento et al. (2004) que verificou que essa espécie foi a mais importante nas estruturas da floresta em duas avaliações realizadas em períodos distintos em Campo Belo do Sul, SC. Resultado se- melhante ao encontrado por Higuchi et al. (2012) que verificaram que está espécie se destacou em vá- rios parâmetros relacionados a estrutura horizontal de uma Floresta Ombrófila Mista Montana no mu- nicípio de Lages-SC, sendo a espécie de maior fre- quência.
A dominância do ambiente obtida por a espécie
Lithraea brasiliensis pode ter ocorrido devido ao fato desta espécie exigir luz direta para se desen- volver, deste modo as intervenções antrópicas rea- lizadas nos fragmentos podem ter sido fundamen- tais favorecendo a entrada de luz na floresta e o grande desenvolvimento espacial dessa espécie pe- las áreas (Durigan; Leitão-Filho, 1995: Carvalho, 2003).
Ovalor do índice de dominância de Simpson (C) de 0,85 encontrado demonstra alta dominância de algumas espécies sobre as demais nas amostras avaliadas. Este índice varia de 0 a 1 e quanto mais alto for seu valor, maior a probabilidade de os indi- víduos serem da mesma espécie, ou seja, maior é a
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dominância. Kanieski et al. (2010), em área de flo- resta ombrófila mista, encontraram valores de 0,83 a 0,90, ou seja, próximos aos valores encontrados
neste trabalho.
Na tabela 5 é possível observar que o valor da equabilidade de Pielou (J) foi de 0,79, indicando que 79% da diversidade máxima teórica foi obtida por meio da amostragem realizada nesta fitofisio- nomia. Os valores nesse índice podem ser de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior a uni- formidade do local. Valores próximos a esse foram encontrados em outras áreas de Floresta Ombrófila Mista, por autores como Cordeiro e Rodrigues (2007) e Reginato e Goldenberg (2007). Higuchi et
al. (2012), obtiveram valor de 0,83.
Para o coeficiente de mistura de Jentsch (QM), foi encontrada a relação geral para todas as 13 par- celas amostradas de 1:13,71, indicando uma média de 14 indivíduos para cada espécie amostrada. En- tre as parcelas o QM variou de 1:3,45 (parcela 8) a 1:8,00 (parcela 42), sendo assim a parcela que apre- sentou a maior mistura (QM), ou seja, menor deno- minador foi a parcela 8, portanto esta área é a que apresenta a maior diversidade florística. Relacio- nando o intervalo citado para as parcelas deste tra-
balho com o trabalho de Finol citado em Cordeiro
(2005), os valores encontrados estão coerentes pois, de acordo com esse autor, para florestas tropi-
cais o coeficiente de mistura de Jentsch deve ficar em torno de 1:9.
CONCLUSÕES
Nas áreas avaliadas ocorreu predomínio de espé- cies da família Myrtaceae, sendo que as condições
ambientais e de sucessão favoreceram o predomí-
nio espécie Lithraea brasiliensis nas estruturas ho- rizontal e vertical da floresta. Outras espécies tam- bém se destacaram na estrutura horizontal da vege- tação: Cinnamomum amoenum, Nectandra mega- potamica, Styrax leprosus, Quillaja brasiliensis e Ocotea puberula, e as espécies Styrax leprosus ,
Nectandra megapotamica, Cinnamomum amoe- num, Cupania vernalis e Sebastiania commersoni- ana em relação a estrutura vertical da vegetação. Os
valores dos índices ambientais calculados foram adequados para os padrões de vegetação caracterís- tica de Floresta Ombrófila Mista Montana .
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