Avaliação da eficiência do índice de perigo de incêndios FMA na microrregião de Curitiba, Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v13n2.19044Palavras-chave:
incêndio florestal, índice de predição fogo , perigo de incêndio, estatística de incêndiosResumo
Os índices de perigo de incêndios desempenham um importante papel na identificação de situações de alerta de incêndios em vegetação, facilitando um planeamento mais eficiente e econômico dos esforços de prevenção e combate. Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade do índice de perigo de incêndio Fórmula de Monte Alegre (FMA) em 17 municípios da microrregião de Curitiba, localizada no Paraná, Brasil. Foram coletados dados sobre ocorrências de incêndios em vegetação do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná, bem como registros diários de umidade relativa e precipitação pluviométrica no período de 2011 a 2016. Foi realizada análise dos valores diários do grau de perigo de incêndio, do número de dias com incêndio e do número de ocorrências segundo a FMA no período analisado. Além disso, a eficiência foi avaliada por meio de uma tabela de contingência para cálculo da pontuação de Skill Score (SS) e Percentual de Sucesso (PS). Os resultados indicaram um índice de acerto de 65,8% para ocorrências de incêndio e 80,2% para não ocorrências. Os valores de SS (0,42) e PS (70,9) superaram os de outros dez estudos comparativos. Embora o FMA tenha apresentado desempenho satisfatório para a área de estudo, são necessários ajustes nos intervalos dos níveis de perigo para aumentar a sua eficácia.
Referências
Alvares CA, Stape JL, Sentelhas PC, Gonçalves JLM, Sparo-vek G. Köppen’s climate classification map for Brazil. Me-teorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013. https://doi:10.1127/0941-2948/2013/0507
Borges TS, Fiedler NC, Santos AR, Loureiro EB, Mafia RG. Desempenho de alguns índices de risco de incêndios em plantios de eucalipto no norte do Espírito Santo. Floresta e Ambiente, v. 18, n. 2, p. 153-159, 2011. https://doi/10.4322/floram.2011.033
Bowman DMJS, Balch J, Artaxo P, Bond WJ, Cochrane MA, D’antonio CM, Defries R, Johnston FH, Keeley JE, Kraw-chuk MA, Kull CA, Mack M, Moritz MA, Pyne S, Roos, CI, Scott AC, Sodhi NS, Swetnam TW. The human dimen-sion of fire regimes on Earth. Journal of Biogeography, v. 38, p. 2223-2236, 2011. https://doi:10.1111/j.1365-2699.2011.02595.x
Brown AA, Davis KP. Forest Fire: Control and Use. 2 ed. Estados Unidos da América: McGRAW-HILL, 686 p. 1959.
Ferreira HR. Análise das ocorrências de incêndios em vegeta-ção na região metropolitana de curitiba-pr, no período de 2011 a 2016. Ano de obtenção: 2021. 140 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Ferreira HR. Ocorrências de incêndio em vegetação, no perío-do de 2011 a 2015, no município de Curitiba-PR. Ano de obtenção: 2016. 63 p. Monografia (Graduação em Engenha-ria Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Fimia JCM. Factores ambientales: factores meteorológicos. In: VÉLEZ, R. M. (Coord.). La defensa contra incendios fores-tales: fundamentos y experiencias. 2 ed. Madrid: McGRAW-HILL, p. 145-149. 2009.
Goldammer J. Global fire issues. Wald-info 26 - Management and conservation of natural resources section, p. 5-10. 2000.
Hardesty J, Myers R, Fulks W. Fire, ecosystems and people: a preliminary assessment of fire as a global conservation is-sue. The George Wright Forum, v. 22, n. 5, p. 78-87, 2005.
Instituto Água e Terra (IAT). Relatório de cálculo de área dos municípios do estado do Paraná - ano 2019. 2019. Disponí-vel em: < https://www.iat.pr.gov.br/sites/agua-terra/arquivos_restritos/files/documento/2020-07/relatorio_de_calculo_de_area_dos_municipios_do_parana2019.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2024.
Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). Classificação climática. 2019. Disponível em: < https://www.idrparana.pr.gov.br/Pagina/Atlas-Climatico >. Acesso em: 30 mar. 2024.
Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Banco de dados meteorológicos para ensino e pesquisa. 2020. Disponível em: <https://bdmep.inmet.gov.br/>. Acesso em 10 out. 2020.
Kovalsyki B, Tetto AF, Batista AC, Sousa NJ, Takashina IK. Avaliação da eficiência da Fórmula de Monte Alegre para o município de Ponta Grossa-PR. Enciclopédia Biosfera, v. 10, n. 19, p. 208-218, 2014.
Kovalsyki B. Zoneamento de risco de incêndios florestais para o Parque Estadual de Vila Velha e seu entorno. Ano de ob-tenção: 2016. 157 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Lorenzetto D. Avaliação da eficiência do combate aos incên-dios florestais realizados pelo Corpo de Bombeiros do Para-ná. Ano de obtenção: 2012. 115 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Maack R. Geografia física do Estado do Paraná. Ponta Grossa: Editora UEPG, 4. ed., 526 p. 2012.
Macedo FW, Sardinha AM. Fogos florestais. Lisboa: Publica-ções Ciência e Vida, v. 2, 342 p. 1987.
Mbanze AA, Batista AC, Tetto AF, Romero AM, Mudekwe J. Desempenho dos índices de Nesterov e Fórmula de Mon-te Alegre no distrito de Lichinga, norte de Moçambique. Ci-ência Florestal, v. 27, n. 2, p. 338-344, 2017. https://doi.org/10.5902/1980509827753
Minuzzi RB, Sediyama GC, Barbosa EM, Melo Júnior JCF. Climatologia do comportamento do período chuvoso da re-gião Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 22, n. 3, p. 338-344, 2007. https://doi.org/10.1590/S0102-77862007000300007
Nunes JRS, Fier ISN, Soares RV, Batista AC. Desempenho da Fórmula de Monte Alegre (FMA) e da Fórmula de Mon-te Alegre alterada (FMA+) no distrito florestal de Monte Alegre. Floresta, v. 40, n. 2, p. 319-326, 2010. http://dx.doi.org/10.5380/rf.v40i2.17827
Nunes JRS. FMA+ - um novo índice de perigo de incêndios florestais para o estado do Paraná-Brasil. Ano de obtenção: 2005. 150 p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Pajewski FF. Ajuste do índice de perigo de incêndios FMA para o estado do Paraná. Ano de obtenção: 2016. 10 p. Mo-nografia (Graduação em Engenharia Florestal) – Universi-dade Federal do Paraná, Curitiba.
Paraná. Decreto 4.224 de 14 de abril de 1998. Considera incêndio florestal, todo fogo sem controle sobre qualquer forma de vegetação, provocado pelo homem intencionalmen-te ou por negligência, ou ainda por fonte natural. Diário ofi-cial, Curitiba, 1998. Disponível em: <https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=48580&indice=1&totalRegistros=1&dt=22.2.2020.18.49.2.922>. Acesso em: 20 mar. 2020.
Projeto de Mapeamento Anual de Cobertura e Uso de Solo do Brasil (MAPBIOMAS). Coleção 7.0 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil. 2024. Dispo-nível em: <https://mapbiomas.org/>. Acesso em: 10 jan. 2024.
Rodríguez MPR, Soares RV, Batista AC, Tetto AF, Sierra CAM

Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Heitor Renan Ferreira, Antonio Carlos Batista, Alexandre França Tetto, Daniela Biondi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 - Journal of Biotechnology and Biodiversity
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0 no link http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (disponibilizado em O Efeito do Acesso Livre no link http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).