ENSAIANDO O CONCEITO DE RACIALIDADE A PARTIR DO PRISMA DISCURSIVO

Resumo

Assim como o capitalismo, o racismo tem se reinventado e readaptado aos diversos conceitos e ferramentas emergentes do século XX e do século XXI. A internet, os reality shows, a uberização do trabalho e toda sorte de recursos visuais escancaram as estruturas sociais que fomentam, fortalecem e sustentam a estrutura do racismo, da desigualdade racial e do genocídio do negro brasileiro. Refletiremos sobre o conceito de raça. Em uma pesquisa acadêmica há uma preocupação sobre quem fala, o que fala e para quem se fala, sendo assim, pensaremos sobre como esse conceito está chegando para a população e para quem se dirige. E, assim, conseguimos vislumbrar a seguinte questão: que tipo de dispositivo analítico discursivo eu preciso construir para pensar raça? Para isso, utilizamos Frantz Fanon (2008), Stuart Hall (2015a; 2003b), Kwame Appiah (1997), com temas concernentes a raça e racialidade; e Ferdinand Saussure (1975), Jaques Lacan (1979), Mariana Cestari (2017) e Rogério Modesto (2018), com temas concernentes a significado e significante, e discursos racializados, no intuito de refletir esses conceitos e pensá-los no âmago da sociedade.