“Senhores, vós não sabeis, quem sou”
O conflito identitário do indivíduo negro em dois poemas de Oswaldo de Camargo
DOI:
https://doi.org/10.20873.24e02Resumo
O presente artigo pretende abordar o racismo e as influências sobre o indivíduo negro e a sua subjetividade inserido na sociedade brasileira, tendo como objeto de análise dois poemas de Oswaldo de Camargo, “O Estranho” e “Presença”, relacionando-os com os dilemas das autorias negras brasileiras e a convivência tensa com o cânone da literatura brasileira. O suporte teórico terá bell hooks, Frantz Fanon, Neusa Santos Souza, Kabengele Munanga, Maria Aparecida Silva Bento, Carlos Moore e Stuart Hall para questões sobre racismo, branqueamento e branquitude; já para a noção de contemporâneo, o filósofo Giorgio Agamben. Espera-se, por fim, ao dialogar com teóricos da literatura focados na vertente literária negra brasileira, como Zilá Bernd, Moema Augel e David Brookshaw, apresentar outras especificidades para a poética de Oswaldo de Camargo no panorama das autorias negras brasileiras, valorizando as escolhas estético-formais de sua poesia que diferem da crítica literária a respeito de sua obra.
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