O Próspero e o Caliban:
a Reprodução do Modelo de Servidão Colonial na Relação Entre Patroa e Empregada no Filme Aquarius
Mots-clés :
Próspero, Caliban, Patroa, Empregada, AquariusRésumé
um processo de descolonização malconduzido de um país poderá perpetuar características negativas do período colonial, tal como a noção vertical de superioridade e inferioridade nas relações: termina-se com a colonização externa, mas segue-se com uma colonização interna. Sob as noções de Próspero e Caliban, de Boaventura de Souza Santos, as relações discursivas como procedimentos de (des)estruturação do poder, de Michel Foucault, e construção identitária, de Stuart Hall, o presente artigo visa a analisar, no filme Aquarius, o modo como essas noções de subalternidade do período colonial brasileiro ainda se fazem presentes nas relações atuais entre patroa e empregada. Busca-se, assim, compreender de que forma e em quais medidas as relações de subalternidade permanecem fixadas nas relações de poder, seja de forma explícita nos regimes trabalhistas ou de maneira simbólica com a violência psicológica provocada por quem possui o poder econômico. Desse modo, pode-se pensar a respeito das (re)configurações necessárias para uma sociedade mais igualitária e menos opressiva.
Références
BBC BRASIL. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/11/121026_corrupcao_
origens_mdb.shtml. Acessado em 06 de mai. 2019
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2006.
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