Narrativas da Literatura Infantojuvenil que potencializam o imaginário e o espaço amazônicos por meio das linguagens verbal e visual

Résumé

A Literatura infantojuvenil contemporânea nos proporciona leituras em que somos provocados a nos colocarmos como coautores, produtores dos sentidos que o texto permite. As linguagens verbal e visual podem potencializar os sujeitos, os espaços, o imaginário, os saberes e os discursos produzidos. O objetivo desta comunicação é apresentar algumas obras literárias da Literatura infantojuvenil que tematizam a Amazônia e potencializam o imaginário e o espaço amazônico. Essa potencialização não se configura apenas pelo discurso verbal, mas outros elementos plásticos como a ilustração, as cores, a posição das personagens na folha, o tamanho da letra e das personagens, o projeto gráfico, a folha dupla e a tipografia, contribuem para que o imaginário e o espaço sejam visualizados e questionados em sua construção. As obras a serem discutidas são Sabedoria das águas, de Daniel Munduruku e ilustração de Fernando Vilela; Diário das águas, de Gabriela Romeu e ilustração de Kammal João; Ipaty, o curumim da selva, de Ely Macuxi e ilustração de Maurício Negro; e A história das crianças que plantaram um rio, de Daniel da Rocha Leite e ilustração de Maciste Costa. São narrativas que tematizam a Amazônia por diferentes vieses e potencializam o imaginário e o espaço amazônicos por meio das linguagens verbal e visual. O percurso analítico teórico é baseado nos estudos de Loureiro (2001, 2007, 2013, 2015), Munduruku (2009), Pádua (2022), Velthen (2019), Pizarro (2012), Candido (1972), Tocantins (2001) e Oliveira (2008). A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica analítica. Propomos aos leitores refletir e questionar as várias camadas de leituras e sentidos existentes nas narrativas sobre a Amazônia, numa perspectiva da literatura infantojuvenil contemporânea.