OBSERVAÇÕES SOBRE O CORPO EM ANTIGONA
ENTRE O TEXTO E AS ADAPTAÇÕES FÍLMICAS (1961 E 1992)
DOI :
https://doi.org/10.20873.24219Résumé
O presente trabalho propõe-se a observar como o corpo de Antígona, protagonista da peça sofocleana homônima, é utilizado como uma ferramenta de imposição de si, tanto no texto teatral, quanto nas duas adaptações fílmicas selecionadas para este diálogo: a adaptação de 1961, dirigida por Yorgos Javellas; e a adaptação de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub, produzida no ano de 1992. Sabendo-se que o contexto sócio-histórico e patriarcalista da Atenas do 4º século a.C. trazia uma série de restrições às mulheres, buscar-se-á perceber como a disposição do corpo da personagem feminina traz a autoridade da consciência e das ações sobre si mesma quando deveria estar sobre o jugo de Creonte, duplamente poderoso diante dela: além de ser o tirano de Tebas, é também seu pater-famílias. Para tanto, utilizar-se-á as ideias de Linda Hutcheon (2013), BORDWELL e THOMPSON (2013) sobre cinema e adaptação; os textos de Aristóteles (2017), CARMO (2006) e KITTO (1990) sobre tragédias e antiguidade, entre outros aportes teóricos que se mostraram relevantes para a discussão.
Références
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REFERÊNCIAS AUDIOVISUAIS
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DIE ANTIGONE DES SOPHOKLES NACH DER HÖLDERLINSCHEN ÜBERTRAGUNG FÜR DIE BÜHNE BEARBEITET VON BRECHT 1948 (SUHRKAMP VERLAG). Direção: Danièle Huillet e Jean-Marie Straub. Produção: Tolouse: Ombres/ Cinemathèque française, 1992.
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