O gênero charge no suporte de papel e sua implicação para a produção de inferência em aula de regência no ESC III
Palabras clave:
Leitura; Inferência; Charge; aula de Língua Portuguesa.Resumen
Neste artigo, voltamo-nos para uma aula que ministramos, em uma turma do 6º ano de uma escola pública de Araguaína/Tocantins, com o intuito de analisar e de problematizar o modo como os alunos leem o gênero textual charge no suporte de papel. Cabe destacar que essas aulas integram a etapa de observação e de regência do Estágio Supervisionado Curricular (ESC) obrigatório, do Curso de Letras/Português e suas respectivas literaturas, da Universidade Federal do Tocantins (UFT)/Câmpus Araguaína – Unidade Cimba. O método e a metodologia que sustentam este artigo assentam-se em uma base indutiva, pois partimos de uma experiência particular. Contudo, algumas questões são passíveis de ser universal. Os alunos, na condição de leitores, não empreendem a sua leitura do nada. Concebemos que eles leem ancorados em variáveis sociodemográficas e culturais, que podem determinar o tipo de leitura possível para eles. A escola em questão apresenta indicadores educacionais frágeis, do ponto de vista do discurso oficial sobre as práticas de leitura e de escrita. Produzimos a relação de que a vulnerabilidade social produz efeitos para a prática de sala de aula, marcando uma vulnerabilidade escolar. As análises mostram que, na aula analisada, o jogo de interlocução entre nós, a professora regente e os alunos, constituiu com algumas especificidades. Na aula em foco, os alunos se engajaram pouco, implicando poucos momentos de produção de inferência.
Citas
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