DO JOGO DE FORÇAS NOS ESPAÇOS PÚBLICOS DA UNIVERSIDADE A SEUS ATRAVESSAMENTOS DISCURSIVOS
DOI:
https://doi.org/10.20873/10.20873/2024-pm78Resumo
Neste artigo, vamos nos ocupar da tarefa de analisar algumas inscrições significantes produzidas por acadêmicos militantes nas paredes do espaço de convivência, da Universidade Federal do Tocantins (UFT)/Araguaína na unidade Cimba entre os anos de 2016 a 2018. Também compõe o foco de análise algumas inscrições significantes formuladas por aqueles não identificados ao movimento estudantil e/ou às suas pautas. Nesse enquadre institucional, partimos do princípio de que, ainda que haja uma tentativa de normalizar (efeito do “jurídico”) e de administrar (efeito do “administrativo”) os espaços públicos, o político (efeito da divisão desigual dos sentidos) intervém, podendo acentuar a luta pelos sentidos na vida pública universitária. À luz dos fundamentos da Análise de Discurso de base materialista, vamos enfocar as inscrições significantes, particularizando formulações que significam tomadas de posição, no jogo de força institucional. A partir dessas tomadas de posição, perseguimos os atravessamentos discursivos que se marcam pela tinta que pixa as inscrições e a tinta que as pinta, ou mesmo a tinta que pinta outras inscrições, buscando deslegitimar o movimento estudantil e suas pautas. Metodologicamente, mobilizamos registros fotográficos que foram sendo feitos ao longo desses anos, com base nos quais tematizamos o verbal e o imagético, significando a situação de conflito e a luta pelos sentidos na universidade. As análises evidenciam o atravessamento discursivo de pautas nacionais e locais, fazendo trabalhar outros tipos de formação social a que as inscrições significantes se filiam.
Referências
LAGAZZI, Suzy. Linha de Passe: a materialidade significante em análise. In: Revista Rua. N. 16. V. 12, Novembro de 2010.
ORLANDI, Eni. Formas de individuação do sujeito feminino e sociedade contemporânea: o caso da delinquência. In: ORLANDI, Eni. (Org). Discurso e políticas públicas urbanas – a fabricação do consenso. Campinas: Editora RG, 2010.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 2ª ed., Campinas: Editora da Unicamp, 1995.
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