ESTRATÉGIAS DE LEITURA DO GÊNERO CHARGE

DIALOGICIDADE E MULTISSEMIOSE NA CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-hd

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo analisar o funcionamento social do gênero charge e seu uso enquanto estratégia de leitura no contexto da Educação Básica, no ensino fundamental. O texto é um recorte de trabalho monográfico realizado no Curso de Linguagens e Códigos Língua Portuguesa. Como desdobramentos do objetivo geral, temos os seguintes objetivos específicos: a) averiguar a importância da multissemiose enquanto estratégia de leitura do gênero charge; b) analisar relações dialógicas e ideológicas na construção de sentidos da charge; c) refletir sobre a importância do gênero charge enquanto objeto de ensino na educação básica. A questão problema é: quais aspectos do funcionamento social do gênero charge e como ele pode ser usado enquanto estratégia de ensino de leitura no contexto da Educação Básica. Para discussão teórica, temos Bakthin (2009;2011); Marcuschi (2002;2004); Rojo e Barbosa (2015); Miller (2009), dentre outros. A pesquisa é de cunho qualitativo, bibliográfico e documental.O corpus é constituído a partir de textos pertencentes às charges retiradas do Blog do Amarildo. Foram selecionadas quatro charges desse blog para realizarmos as análises desses textos com temáticas voltadas à pandemia. Como resultados destacamos a importância do gênero charge enquanto objeto de ensino para formação de um leitor crítico no que se refere aos acontecimentos político-jornalísticos. Ressaltamos ainda, a necessidade de uma leitura que contemple estratégias voltadas para os aspectos funcionais do gênero charge, tais como lugar de circulação, caráter multissemiótico, aspectos dialógicos e ideológicos. 

Biografia do Autor

Francisca das Chagas Pereira Felix, UFMA

Graduada em Linguagens e Códigos/ Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências de São Bernardo 

Eliane Santos, UFMA

Possui graduação em Letras/Português pela Universidade Estadual do Piauí (2005), mestrado em Letras/ Linguística pela Universidade Federal do Piauí (2013) e doutorado em Letras/ Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (2018). Atuou como professora na Educação Básica no período de 2001 a 2010. Exerceu o cargo de técnica de ensino na 1ª Regional de Educação do Piauí ( Educação Básica), no período de 2013 a 2015. Atualmente é Professora adjunta do Curso de Licenciatura em Linguagens e Códigos/ Língua Portuguesa, na Universidade Federal do Maranhão - UFMA/Campus São Bernardo. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Ensino; Gêneros discursivos; Análise do Discurso com foco na teoria dialógica. Líder do grupo de estudo e pesquisa sobre formação e prática docente de línguas, práticas de linguagens e memórias do ensino de espanhol no Maranhão ( GEPFMEM)

Maria Francisca da Silva, UFMA

Coordenadora e Professora Adjunta do Curso de Lincenciatura em Linguagens e Códigos LP, Doutora e Mestre em Língua Neolatina Espanhol- Estudos Linguísticos, Coordenadora de Grupo de Pesquisa GEPFMEM.

Referências

ALVES FILHO, Francisco; SANTOS, Eliane, Pereira. O tema da Enunciação e o tema do gênero no comentário online. Revista Fórum Linguístico, Florianópolis, v.10, n 2, p.78-90, abr./jun.2013.

ANGELO, Cristiane M. Pianaro; MENEGASSI, Renilson José. Manifestações de compreensão responsiva em avaliação de leitura. Revista Linguagem e Ensino. Pelotas, v. 14, nº1, p. 201-221. jan/jun, 2011.

BAKHTIN, M. M. (VOLOHINOV, V. N.). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. 13ª ed. São Paulo: Hucitec, 2009.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BAZERMAN, Charles. Atos de fala, gêneros textuais e sistema de atividades: como os textos organizam atividades e pessoas. In: Dionísio, Ângela Paiva; Hoffnagel, Judith Chambliss (org.). Gêneros textuais, tipificação e interação. São Paulo: Cortez, 2006. p. 19-36.

BAZERMAN, Charles. Gêneros textuais, tipificação e interação. Tradução Judith Hoffnagel. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017.

COSCARELLI, C. V., RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

COSCARELLI, C. Alfabetização e letramento digital. In: Letramento Digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. COSCARELLI, Carla Viana; RIBEIRO, Ana Elisa (Org). Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2011.

DIONISIO, Ângela Paiva. Gêneros multimodais e multiletramento. In: KARWOSKI, Acir. Mário et al (organizadores). Gêneros textuais: reflexão e ensino. 3.ed. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2008.

MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Ângela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. (Org.). Gêneros Textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

MARCUSCHI, L.A. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: MARCUSCHI, L.A.; XAVIER, A.C. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004. p.13-67.

MENEGASSI, Renilson José. Aspectos da responsividade na interação verbal. Revista Línguas e Letras, v. 10, nº 18. p. 147-170. 1º sem. 2009.

MILLER, Carolyn. Estudos sobre gênero, agência e tecnologia. Recife: UFPE, 2009.

OLIVEIRA, M.L.S. de. Charge: imagem e palavra numa leitura burlesca do mundo. In: AZEREDO, J.C. de. (Org.). Letras e comunicação: uma parceria no ensino de língua portuguesa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

ROJO, Roxane (Org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TICs. 1 ed. São Paulo: Parábola, 2013.

ROJO, Roxane; ALMEIDA, Eduardo de Moura (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012, 264 p. (Estratégias de ensino).

ROJO, Roxane; Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. 127p

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Letramentos, mídias, linguagens. São Paulo: Parábola Editorial, 2019.

ROMUALDO, E. C. Charge jornalística: intertextualidade e polifonia – um estudo de charges da Folha de S. Paulo. Maringá: Eduem, 2000.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

ZACHARIAS, Valéria Ribeiro de Castro. Letramento digital: desafios e possibilidades para o ensino. In: Tecnologias para aprender. COSCARELLI, Carla Viana (Org). São Paulo: Parábola editorial, p. 15-26, 2016.

Downloads

Publicado

2024-05-19 — Atualizado em 2024-05-19

Versões

Como Citar

Pereira Felix, F. das C., Santos, E., & da Silva, M. F. (2024). ESTRATÉGIAS DE LEITURA DO GÊNERO CHARGE: DIALOGICIDADE E MULTISSEMIOSE NA CONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS. Porto Das Letras, 10(1), 83–105. https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-hd