O DISCURSO DO ‘FALANTE NATIVO’ ENTRE PROFESSORES DA LÍNGUA INGLESA NO BRASIL
Resumo
O aumento da globalização trouxe diversas formas de entendimento do ensino da língua inglesa como, por exemplo: Inglês como Língua Internacional (MCKAY, 2002), Inglês como Língua Franca (SEIDLHOFER, 2011), Inglês como Língua Global (CRYSTAL, 2003) World English (RAJAGOPALAN, 2004) e Inglês Internacional (MCCRUM, 2010). O artigo teve como objetivo geral a reflexão do termo ‘falante nativo’ juntamente com os principais autores de Linguística Aplicada, em uma metodologia documental e de natureza básica a pesquisa trouxe conceitos para responder os seguintes questionamentos: qual o entendimento que professores que ensinam Língua Inglesa a brasileiros, com pouco conhecimento no idioma citado, possuem quando abordam o discurso da “fala nativa” em sua metodologia de ensino? Contudo, ao ouvir a expressão ‘falante nativo’, é possível definir o quê e quem seria essa pessoa? O mito do ‘falante nativo’ para o ensino do inglês está presente em muitos contextos, tornando de suma importância o entendimento dos professores que o ensino da língua inglesa nos mostra que há diversas opções a este ‘único’ e ‘irreal’ inglês que vêm sendo ensinado ao longo de décadas nas salas de aulas, tendo como elemento idealizado o falante nativo muito distante da realidade encontrada nas interações globais.
Referências
AMARAL, L. Métodos de ensino de inglês: teorias, práticas, ideologias. 1, ed. –São Paulo: Parábola, 2020.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 5692/71, 11/08/1971. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília: Congresso Nacional, 1971.
BRASIL. Presidência da República. Lei 9394/96, de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, ano134, n. 248, p. 27833-41, dez. 1996.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3° e 4° ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRITO, G.; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um repensar. Curitiba: IBPEX, 2011.
BRITISH, Council. Observatório lança plataforma interativa inédita com dados sobre o ensino de inglês no Brasil. 2021. Disponível em < https://www.inglesnasescolas.org/headline/observatorio-lanca-plataforma-interativa-inedita-com-dados-sobre-o-ensino-de-ingles-no-brasil/> Acesso em 04 de março de 2023.
BRUNER, J. Actos de Significado. Portugal. Edições 70, 2008.
CÂMARA JUNIOR, Matoso. Dicionário de linguística e gramática. 19 ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
DAVIES. A. 2003. The native speaker: myth and reality. Clevedon: Multilingual Matters,
____________, 2004. The Native Speaker in Applied Lingustics. In DAVIES, A; ELDER, C (eds) The Handbook of Applied Linguistics. Blackwell, 2004.
DOS ANJOS, F. A. Ensinar e aprender inglês e a descentralização do falante nativo. Revista Entre Línguas, 2019, v.5.
EL KADRI, M. O estatuto do inglês como língua franca em um curso de formação inicial de professores. Dissertação (Mestrado). UEL, Londrina, 2010.
FLORES, R. Shadowing: aplique essa técnica para ser fluente em inglês. Disponível em <https://www.nacaofluente.com/blog/shadowing-aplique-essa-tecnica-para-ser-fluente-em-ingles/>.
GIBK, C.K.S. O Papel da negociação de significado na aquisição de Língua Estrangeira. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2002.
HAUS, C. Inglês como língua franca: objetivos e crenças de aprendizes brasileiros do Celin. Cadernos do IL, Porto Alegre, n.º 52, mês de dezembro, 2016, p. 231- 251.
JORDÃO, C. M. A língua inglesa como ‘commodity’: direito ou dever de todos? In: ROMANOWSKY, J. P.; MARTINS, P. L. O.; JUNQUEIRA, S. R. A. (Org.). Conhecimento Local e Conhecimento Universal, 1. ed., Curitiba: Champagnat, 2004, v. 3, p. 287-296.
JORDÃO, C. M. ILA – ILF – ILE – ILG: Quem dá conta? RBLA, Belo Horizonte, v. 14, n. 1, 2014, p. 13-40.
LEITE, P; OLIVEIRA, A; COURA, Felipe. Inglês Como Língua Franca, o mito da natividade e as implicações pedagógicas para o ensino/aprendizagem da Língua Inglesa. Revista Trem de Letras, 2020, v.6.
MARTINET, André. A linguística sincrônica. Rio de janeiro: Edições Tempo Brasileiro, 1974.
MARTINS, E.; SOUSA, C.H.A; OLIVEIRA, F.T.C. Ensino de língua inglesa e cultura digital em tempos de pandemia: o desafio de superar o curto espaço de tempo entre o dito e o vivido. Disponível em <https://doi.org/10.12957/redoc.2020. 53901>. Acesso em 18 de outubro de 2021.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da. Oficina de lingüística aplicada: a natureza social e educacional dos processos de ensino/aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 1996.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do presente. In: Os Sete saberes necessários à Educação do Presente: por uma educação transformadora. Orgs.: Maria Cândida de Morais e Maria da Conceição de Almeida-Rio de Janeiro: Wak Editora, 2012.
PAIVA, V.L.M.O. O papel da educação a distância na política de ensino de línguas. In: MENDES et ali (Org.) Revisitações: edição comemorativa: 30 anos da Faculdade de Letras/UFMG. Belo Horizonte: UFMG/FALE, 1999.
PAIVA, V.L.M. A LDB e a legislação vigente sobre o ensino e a formação de professor de língua inglesa. In: STEVENS, C. M. T; CUNHA, M. J. Caminhos e colheitas: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: UnB, 2003. p. 53-84.
PETER, Margarida. Linguagem, língua, linguística. IN: FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à linguística: objetos teóricos. v. 1. São Paulo: Contexto, 2004.
RAIMUNDO, C; SILVEIRA, K. Ensino de Língua estrangeira, mídias digitais e o pensamento complexo. Disponível em: < https://url.gratis/UvQwl8 >. Acesso em 18 de outubro de 2021.
RAJAGOPALAN, K. The concept of ‘World English’ and its implication for ELT. ELT Journal, v. 58/2, April, 2004, Oxford University Press.
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica. Linguagem, identidade e a questão ética. Parábola Editorial, São Paulo, 2003.
ROSSI, W. Como falar inglês igual um nativo, 29 de outubro de 20199. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=LYS0RiPerf4&list=WL&index=1&t=17s>
SEIDLHOFER, B. Closing a conceptual gap: the case for a description of english as a lingua franca. International Journal of Applied Linguistics, Oslo, v.11, n. 2, p. 133- 158, 2001.
SILVEIRA, D. O ensino de língua inglesa à distância: Caminhos e possibilidades. Revista Multitexto, 2015, v. 3, n. 02. Disponível em: <https://url.gratis/8EC6KZ>. Acesso em 18 de outubro de 2021.
SIQUEIRA, S; SOUZA, J. Inglês como Língua Franca e a Esquizofrenia do Professor. Revista Estudos Linguísticos e literários, 2014, nº 50, jul – dez, Salvador: p. 31-64.
SOUZA, C. F. Da correspondência à internet: O ensino de inglês a distância no Brasil. Revista Entremeios, vol. 15. Disponível em: <https://url.gratis/l9tIof>. Acesso em 18 de outubro de 2021.
WALESKO, A.M.H. Formação Inicial e o Mito do “Falante Nativo”: Construções identitárias de professores de inglês em uma comunidade de prática. Dissertação de Mestrado da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, 2019.
WISSMANN, Liane Dal Molin. Propósitos Educacionais no meio On-line: do caso dos cursos de inglês gratuito. Dissertação de Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brasil, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).