Emoldurando o Recife
Geografias Fílmicas no Cinema Pernambucano Contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpv10n1-30Palavras-chave:
Cinema. Lugar. Paisagem. Recife-PE.Resumo
Na contemporaneidade tornaram-se imprescindíveis investigações que priorizam as abordagens, como a fílmica e a cultural para (re)pensar o espaço sob a perspectiva do seu caráter subjetivo, considerando os “códigos simbólicos” envolvidos. Filme, nesse contexto, tanto se configura em um rico e válido objeto para a análise do discurso sobre o conceito de lugar, quanto possibilita o surgimento de novas tipologias espaciais considerando que o cinema, por exemplo, é um meio capaz de construir e produzir novos espaços/lugares através da produção de diversas visualidades destes. De modo geral, a cena urbana nos filmes dirigidos por cineastas pernambucanos tem um tema recorrente: a cidade do Recife-PE e o contraste entre seu passado histórico e colonial e o presente marcado pela expansão urbana e crescente da cidade; verticalização associada à especulação imobiliária – que acontece simultaneamente à mobilização e reivindicações de movimentos de grupos sociais e da sociedade civil, organizados em torno de discussões envolvendo a especulação no espaço urbano e o direito à cidade. Assim, o lugar (Recife) em filmes como Febre do Rato (Claudio Assis, 2012), O Som ao Redor (Kleber Mendonça Filho, 2012) e Aquárius (Kleber Mendonça Filho, 2016) é colocado no centro de suas narrativas.
Referências
AMIN, Ash; THRIFT, Nigel. Cities and Ethnicities. Ethnicities, vol. 2 (3), 2002, p. 291-300.
ASSIS, Claudio. Entrevista. Jornal do Comércio, 16 de abril, 2016.
COSTA, Maria Helena Braga e Vaz da. Filmes de Prédio: Espaço, Arquitetura e Heterotopia em Filmes. Significação, v. 48, n. 55, 2021, p. 74-95.
COSTA, Maria Helena Braga e Vaz da. A Loud Cinematic City: Recifes Motion Condition in Neighbouring Sounds. In: FREIRE-MEDEIROS, Bianca; O’DONNELL, Júlia (Orgs.). Urban Latin America: Images, Words, Flows and the Built Environment. New York: Routledge, 2018, p. 69-90.
CUNHA, Mariana; SILVA, Antônio Márcio. Reel Life: Brazilian realites reflected in cinema. The Architectural Review, 31/10/2019, p. 1-6.
DELEUZE, Gilles. Cinema 2: The Time-Image. São Paulo: The Athlone Press, 1985.
EDENSOR, Tim. Industrial Ruins: Space, Aesthetics and Materiality. Oxford: Berg, 2005.
ENTRIKIN, J. Nicholas. The Beteweenness of Place: Towards a Geography of Modernity. London: Macmillan, 1991.
FERREIRA, Alexandre Figueirôa. O manguebeat cinematográfico de Amarelo Manga: energia e lama nas telas. In: XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Rio de Janeiro. Anais do XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2005.
FERREIRA, Francisca. “Torres Gêmeas” de Recife foram alvos de protesto no filme Aquarius. Folha de São Paulo, Recife, 3 dezembro 2016. In: https://bit.ly/3fBOGq4. Acesso: 05 Jul. 2023.
INGOLD, Tim. Imagining for Real: Essays on Creation, Attention and Correspondence. New York: Routledge, 2022.
INGOLD, Tim. Being Alive: Essays on Movement, Knowledge and Description. London: Routledge, 2011.
MACIEL, Caio Augusto Amorim. Espaços públicos e geo-simbolismos na “cidade-estuário”: rios, pontes e paisagens do Recife. Revista de Geografia (Recife), v.22, 2005, p. 12-20.
RELPH, Edward. Place and Placelessness. London: Pion Limited, 1976.
TUAN, Yi-fu. Space and Place: the perspective of experience. London: Edward Arnold, 1977.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Maria Helena Braga e Vaz da Costa

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam com esta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantêm os direitos concedidos à revista ou o direito de primeira publicação com o trabalho licenciado à Atribuição de Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria e publicação inical nesta revista.
2. Autores têm permissão para aceitar contratos, distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo, publicarem em repositório institucional ou como capítulo de livro) com reconhecimento de autoria e de publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho on-line (por exemplo, em repositório institucional ou em sua página pessoal) com as devidas referências à revista.














