Serras da desordem, imagens de descrença
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpv10n1-29Palabras clave:
Imagem. Descrença. Serras da desordem.Resumen
Caminhando com Carapiru, sobrevivente errante do massacre de sua gente, passando por matas em chamas, álbuns de fotografia e programas de TV, perguntamos: o que pode a imagem diante de um mundo destruído? Descobrimos, com Serras da desordem (2006), de Andrea Tonacci, que a imagem pode muito: pode, sobretudo, libertar-se da pretensão de apreender “o real” para aprender mais sobre si e, assim, ser seu próprio mundo. Desconfiamos, por isso mesmo, que essas são imagens de descrença: elas nos põem em dúvida diante daquilo que assistimos para que melhor atentemos ao que está em seu íntimo: imaginação e narrativa, fabulação e deriva.
Citas
AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó: Argos, 2012.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987.
BERGSON, H. Matéria e memória. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
BORGES, J. L. Ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
DA-RIN, S. Espelho partido: tradição e transformação do documentário. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2006.
DELEUZE, G. A imagem-tempo. São Paulo: Brasiliense, 1990.
DIDI-HUBERMAN, G. Quando as imagens tocam o real. PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, Belo Horizonte, p. 206-219, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistapos/article/view/15454. Acesso em: 14 set. 2024.
FOUCAULT, M. A vida dos homens infames. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos: estratégia, poder-saber, vol. IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003, p. 203-222.
FRANÇA, A. O cinema entre a memória e o documental. Intexto, Porto Alegre, n.19, v.2, p. 1-14, 2008. Dis-ponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/7999. Acesso em: 14 set. 2024.
FRANÇA, A. Terras e fronteiras no cinema político contemporâneo. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2003.
GUEDES, H. S. Aboio: evocação ao sertão. Arteriais, Belém, 2024. v. 10, n. 16, p. 162-176, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/ppgartes/article/view/16881/11309. Acesso em: 14 set. 2024.
GUEDES, H. S. Sertânia: incertos sertões. Mosaico, Rio de Janeiro, v. 16, n. 25, p. 663-683, 2024. Disponível em:https://periodicos.fgv.br/mosaico/article/view/90092. Acesso em: 14 set. 2024.
HARTMAN, S. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pós, [S. l.], v. 23, n. 3, p. 12–33, 2020. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27640. Acesso em: 14 set. 2024.
HUYSSEN, A. Culturas do passado-presente: modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janei-ro: Contraponto, 2014.
HUYSSEN, A. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
KOPENAWA, D; ALBERT, B. A queda do céu. Palavras de um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LINS, C; MESQUITA, C. Filmar o real: sobre o documentário brasileiro contemporâneo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008.
MESQUITA, C. O presente como história: estéticas da elaboração no cinema brasileiro contemporâneo. E-Compós, [S. l.], v. 26, 2021. Disponível em: https://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/2463. Acesso em: 14 set. 2024.
PRYSTHON, A. Retratos das margens: do terceiro cinema ao cinema periférico. Campinas: Pontes Editores, 2022.
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.
XAVIER, I. As artimanhas do fogo, para além do encanto e do mistério. In: CAETANO, D. (org.). Serras da desordem. Rio de Janeiro, Azougue, 2008.
ZAN, Vitor. Espaço, lugar e território no cinema. Galáxia, v. 47, p. 1-22, 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/gal/a/hLj4WjhcqvDtMCgwnkPjndd/?lang=pt. Acesso em: 14 set. 2024.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Heverton da Silva Guedes

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
1. Los autores conservan los derechos concedidos a la revista o el derecho de primera publicación con la obra bajo la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International License (CC BY 4.0) que permite compartir las obras con reconocimiento de autoría y publicación inical en esta revista.
2. Los autores pueden aceptar contratos, la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como un capítulo de libro) con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
3. Se permite y se anima a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en un repositorio institucional o en su página web) con las referencias adecuadas a la revista.














