Serras da desordem, imagens de descrença
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpv10n1-29Palavras-chave:
Imagem. Descrença. Serras da desordem.Resumo
Caminhando com Carapiru, sobrevivente errante do massacre de sua gente, passando por matas em chamas, álbuns de fotografia e programas de TV, perguntamos: o que pode a imagem diante de um mundo destruído? Descobrimos, com Serras da desordem (2006), de Andrea Tonacci, que a imagem pode muito: pode, sobretudo, libertar-se da pretensão de apreender “o real” para aprender mais sobre si e, assim, ser seu próprio mundo. Desconfiamos, por isso mesmo, que essas são imagens de descrença: elas nos põem em dúvida diante daquilo que assistimos para que melhor atentemos ao que está em seu íntimo: imaginação e narrativa, fabulação e deriva.
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