FOLHA DE S. PAULO E O CASO HERZOG RE(A)PRESENTADO: um estudo sobre memória, narrativa e “acontecência”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n5p452

Palavras-chave:

Herzog, memória, narrativa, Folha de S. Paulo

Resumo

Herzog e sua imagem tornaram-se marco da resistência política no país. Essa simbologia está envolta em uma teia narrativa imersa em conflitos, mas que também foi responsável pela ressignificação do acontecimento no tempo, cujo efeito foi amortecer a repressão ditatorial. Para repensar outras consequências da constante “dilatação” deste acontecimento no tempo tomamos como objeto a matéria publicada pela Folha de S. Paulo em 5 de fevereiro de 2012, quando, na ocasião, o jornal procurou revelar a seus leitores o “instante decisivo” e a identidade do fotógrafo Silvaldo Leung Vieira, autor desta imagem símbolo. Nossa intenção é discutir como o acontecimento foi re(a)presentado pelo jornal em um processo de constante “acontecência” em suas narrativas de lembrança e esquecimento. Narrativas muitas vezes condicionadas por objetivos particulares visando reconfigurar a memória e a autoridade do jornal em relação ao seu passado.

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Biografia do Autor

André Bonsanto Dias, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense - UFF. Bolsista Capes. É mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná – UFPR (2012) e graduado em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e História pela Unicentro-PR. Foi pesquisador da Comissão Nacional da Verdade (2014) e Professor Colaborador no Departamento de Comunicação da UFPR (2012-2013). É autor do livro “O presente da memória: usos do passado e as (re)construções de identidade da Folha de S. Paulo, entre o “golpe de 1964” e a “ditabranda”. E-mail: andrebonsanto@gmail.com

Marco Roxo, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutor, mestre e graduado em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense. Editor da revista Contracampo. Organizou as seguintes coletâneas: História da televisão no BrasilTelevisão, História e Gêneros (junto com Ana Paula Goulart Ribeiro e Igor Sacramento) e Intelectuais partidos: os comunistas e as mídias no Brasil. Seus temas de pesquisa envolvem estudos históricos sobre as relações entre televisão, esportes e nacionalidade além com temas que atravessam a formação da cultura profissional entre os jornalistas no Brasil com o foco na questão da identidade e da autoridade jornalística. Bolsista Produtividade do CNPQ. E-mail: marcos-roxo@uol.com.br.

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Publicado

2016-12-25

Como Citar

DIAS, André Bonsanto; ROXO, Marco. FOLHA DE S. PAULO E O CASO HERZOG RE(A)PRESENTADO: um estudo sobre memória, narrativa e “acontecência”. Revista Observatório , [S. l.], v. 2, n. 5, p. 452–484, 2016. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2016v2n5p452. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/2562. Acesso em: 22 dez. 2024.