FOLHA DE S. PAULO E O CASO HERZOG RE(A)PRESENTADO: um estudo sobre memória, narrativa e “acontecência”
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n5p452Palavras-chave:
Herzog, memória, narrativa, Folha de S. PauloResumo
Herzog e sua imagem tornaram-se marco da resistência política no país. Essa simbologia está envolta em uma teia narrativa imersa em conflitos, mas que também foi responsável pela ressignificação do acontecimento no tempo, cujo efeito foi amortecer a repressão ditatorial. Para repensar outras consequências da constante “dilatação” deste acontecimento no tempo tomamos como objeto a matéria publicada pela Folha de S. Paulo em 5 de fevereiro de 2012, quando, na ocasião, o jornal procurou revelar a seus leitores o “instante decisivo” e a identidade do fotógrafo Silvaldo Leung Vieira, autor desta imagem símbolo. Nossa intenção é discutir como o acontecimento foi re(a)presentado pelo jornal em um processo de constante “acontecência” em suas narrativas de lembrança e esquecimento. Narrativas muitas vezes condicionadas por objetivos particulares visando reconfigurar a memória e a autoridade do jornal em relação ao seu passado.
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