Percepção de QVT em agência reguladora de serviços

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/2526-1487V2N2P70

Resumo

Este estudo objetivou verificar a percepção de trabalhadores de uma agência reguladora de serviços no Brasil quanto à qualidade de vida no trabalho (QVT). A amostra foi de 1.062 participantes, que responderam ao Inventário de Avaliação de Qualidade de Vida no Trabalho (IA_QVT), aplicado no formato digital. Os resultados indicaram avaliação favorável dos fatores Condições de Trabalho; Relações Socioprofissionais de Trabalho; e Elo Trabalho-Vida Social e desfavorável nos fatores Organização do Trabalho e Reconhecimento e Crescimento Profissional, os quais se caracterizam por ações sob domínio do empregador. Conforme hipótese proposta, a avaliação de QVT se posicionou em zona de transição da cartografia do IA_QVT, indicando necessidade de atuação prioritária nos fatores mais críticos. Sugere-se a realização de novos estudos para ampliar as análises desse recém-surgido campo de trabalho.

Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho; ergonomia; gestão de pessoas.

Biografia do Autor

Romildo Garcia Brusiquese, Universidade de Brasília

Doutorado e Mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (Universidade de Brasília - UnB); MBA em Gestão Empresarial (FGV); Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (Universidade de Franca); Graduação em Engenharia Civil (Fesp/Uemg).

Mário César Ferreira, Universidade de Brasília

Doutorado em Ergonomia (Ecole Pratique des Hautes Etudes, EPHE, França); Mestrado em Psicologia (Universidade de Brasília – UnB); Especialização em Psicologia Social (FUCMT); Formação em Psicologia (FUCMT).

Veruska Albuquerque Pacheco, Universidade de Brasília

Doutorado e mestrado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações (Universidade de Brasília - UnB); Especialização em Gestão de Negócios em Turismo (Universidade de Brasília – UnB); Graduação em Administração (Centro Universitário de Brasília - UniCEUB).

Referências

Antunes, R. (2012). A nova morfologia do trabalho no Brasil: Reestruturação e precariedade. Nueva Sociedad, 232, 3-4.
Assunção, A. A. (2008). Saúde e mal-estar do(a) trabalhador(a) docente. Trabalho apresentado no VII Seminario de la Red de Estudios sobre Trabajo Docente - Nuevas regulaciones en América Latina, Buenos Aires.
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2002). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: Um manual prático (5ª ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.
Baumgarten, M. (2006). Reestruturação produtiva e industrial. In Dicionário de trabalho e tecnologia, 1, 237-239. Porto Alegre: UFRGS (Ed.).
Beauregard, T. A., Henry, L. C., (2009). Making the link between work-life balance practices and organizational performance. Human resource management review, 19, 9-22. doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.hrmr.2008.09.001.
Ferreira, M. C. (2009). Re: Inventário de avaliação de qualidade de vida no trabalho (Ia_qvt): Instrumento de diagnóstico e monitoramento de qvt nas organizações [Grupo de estudos online]. Extraído de http://www.ergopublic.com.br/?pg=descricao_conteudo& id=387&categoria=8&subcat=14.
Ferreira, M. C. (2012). Qualidade de vida no trabalho: Uma abordagem centrada no olhar dos trabalhadores. Brasília, DF: Paralelo 15.
Ferreira, M. C., Antloga, C., Paschoal, T., & Ferreira, R. R. (2013). “QVT é quando acordo... penso em vir trabalhar e o sorriso ainda continua no rosto!”. Sentidos da qualidade de vida no trabalho na ótica dos servidores públicos. In Paralelo 15 (Ed.), Qualidade de vida no trabalho. Questões fundamentais e perspectivas de análise e intervenção (pp. 19-38). Brasília, DF: Paralelo 15.
Ferreira, M. C., & Mendes, A. M. (2003). Trabalho e riscos de adoecimento: O caso dos auditores-fiscais da previdência social brasileira. Brasília, DF: Ler, Pensar, Agir.
Green, F. (2004). Work Intensification, Discretion, and the Decline in Well-Being at Work. Eastern Economic Journal, 30(4), 615-625.
Guérin, F., Laville, A., Daniellou, F., Duraffourg, J., & Kerguelen, A. (2001). Bases para uma prática. In Edgard Blücher (Ed.), Compreender o trabalho para transformá-lo: A prática da ergonomia (pp. 47-68). São Paulo, SP: Edgard Blücher Ltda.
Lei nº 10.233, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, (2001). Acesso em 25/09/2013 em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/ LEIS_2001/L10233.htm.
Orlikowski, W. J. (2000). Using technology and constituting structures: a practice lens for studying technology in organizations. Organization Science, 11(4), 404-428.
Ramstad, E. (2008). Promoting performance and the quality of working life simultaneously. International Journal of Productivity and Performance Management, 58(5), 423-436. doi: 10.1108/17410400910965706.
Rose, R. C., Beh, L., Uli, J., & Idris, K. (2006). An analysis of quality of work life (QWL) and career- related variables. American Journal of Applied Sciences, 3(12), 2151-2159.

Downloads

Publicado

2017-12-12

Como Citar

Brusiquese, R. G., Ferreira, M. C., & Pacheco, V. A. (2017). Percepção de QVT em agência reguladora de serviços. Trabalho (En)Cena, 2(2), 70–82. https://doi.org/10.20873/2526-1487V2N2P70

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa