“[...] SE EU TIVESSE MEDO, EU NÃO ME VESTIA E NÃO ENTRAVA EM UM CARRO-FORTE”
ENTRE O PRAZER E O SOFRIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE TRANSPORTE DE VALORES
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e021021Palavras-chave:
Psicodinâmica do Trabalho, Psicodinâmica do Trabalho, Psicodinâmica do Trabalho, Psicodinâmica do Trabalho, Saúde do Trabalhador, Saúde do Trabalhador, Saúde do Trabalhador, Saúde do Trabalhador, Prazer e Sofrimento no Trabalho, Prazer e Sofrimento no Trabalho, Prazer e Sofrimento no Trabalho, Prazer e Sofrimento no Trabalho, Estratégias Defensivas e de Resistência, Estratégias Defensivas e de Resistência, Estratégias Defensivas e de Resistência, Estratégias Defensivas e de Resistência, Profissionais de Transporte de Valores, Profissionais de Transporte de Valores, Profissionais de Transporte de Valores, Profissionais de Transporte de ValoresResumo
O presente artigo é o resultado de um estudo exploratório que investigou as vivências de prazer e sofrimento dos profissionais de transporte de valores que atuam no Rio Grande do Sul. A pesquisa teve como objetivo analisar a organização de trabalho deste segmento e seus impactos na saúde dos trabalhadores, considerando as estratégias defensivas e de resistência utilizadas para mediação do sofrimento. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico a Psicodinâmica do Trabalho stricto sensu a partir de uma adaptação, fundamentando também a interpretação e análise do material. A pesquisa contou com a participação de dezessete profissionais, adotando-se como instrumento entrevistas semi-estruturadas individuais e coletivas. Com base nos resultados apreendidos, destacou-se: diferenças discrepantes entre o trabalho prescrito e o trabalho real; condições de trabalho precárias; falta de reconhecimento; e o desemparo psicológico ao lidar com o risco no trabalho. A relevância deste artigo está em retratar a necessidade de intervenções que assistem os trabalhadores deste setor, trançando caminhos que atribuem visibilidade a categoria.
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