ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA IMPLANTAÇÃO DE BACIAS DE DETENÇÃO NO SETOR HABITACIONAL SOL NASCENTE

O REFLEXO DA DESIGUALDADE NAS SOLUÇÕES DA PAISAGEM URBANA NO DISTRITO FEDERAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/2025_ENEPEA_v12n2.15

Palavras-chave:

técnicas compensatórias, bacias de detenção, Sol Nascente

Resumo

As bacias de detenção são estruturas de controle do escoamento superficial, que armazenam por um curto período de tempo a água pluvial após uma precipitação, regulando a saída e reduzindo a vazão de descarga para atenuar efeitos de inundações a jusante. Sendo uma das estruturas de macrodrenagem mais adotadas atualmente, as bacias de detenção vêm sendo implantadas em todo o Distrito Federal. No setor habitacional Sol Nascente, área de estudo deste trabalho, foram implantadas até então 12 unidades, que vêm causando uma série de problemas aos moradores em relação a aspectos ambientais, de segurança e sanitários. Dessa forma, esse artigo teve como objetivo apresentar uma análise e discussão a respeito das bacias implantadas no setor, do ponto de vista social, ambiental e de inserção urbana. Para isso, a metodologia adotada para a análise das bacias se estruturou em duas etapas: primeiramente com a definição de critérios de avaliação, baseados em estudos anteriores e, em seguida, com o levantamento da percepção da população. Como resultado observou-se que as bacias configuram-se em estruturas monofuncionais de baixíssima qualidade socioambiental, sem integração com o desenho urbano e a paisagem. Além disso, apresentam perigo à população pela falta de manutenção, limpeza e estruturas de segurança.

Biografia do Autor

Sofia Saraiva de Carvalho, UnB

Mestranda em arquitetura e urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (PPGFAU/UnB)

Liza Maria Souza de Andrade, Universidade de Brasília (UnB)

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG, mestre e doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília - UnB. É professora associada e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação da FAU/UnB (mestrado e doutorado) e coordenadora do Laboratório Periférico Assessoria Sociotécnica. É líder do Grupo de Pesquisa e Extensão "Periférico, trabalhos emergentes" nos trabalhos assessorias sociotécnicas nos territórios populares, na cidade e no campo e com as comunidades tradicionais. Pelo esforço em abrir novos caminhos através da assessoria sociotécnica, alguns dos resultados dos trabalhos são considerados inovação em Tecnologia Social acumulando mais de 50 premiações. É coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional CTS - Habitat, Agroecologia, Economia Solidária e Saúde Ecossistêmica da FAU/UnB, integrado ao Núcleo de Política de Ciência, Tecnologia e Sociedade - NPCTS/CEAM/UnB. É também membro do Grupo de Pesquisa "Água e Ambiente Construído" com o projeto "Brasília Sensível à Água". Atuou no CONSAB/DF no período da pandemia (2020/2022) representando o IAB/DF e ajudou a criar o GT Populações Vulneráveis. Atua no curso de especialização Reabilita desde 2008. Foi Coordenadora de Extensão (2018/2020), membro da Câmara de Extensão da UnB (2016/2020) e do EMAU/CASAS (2013/2020 Proext 2015 Ecoagrovila Renascer). Participa das Redes: BrCidades (Núcleo DF Metropolitano); Moradia-Assessoria no Brasil (USP); Convergência Socioecológica e Nucleação das Residência em Arquitetura e Urbanismo (LabHabitar/UFBA).Atualmente desenvolve a pesquisa (Edital FAP-DF 2021/2023; PPG-FAU 2020/2024) sobre A produção do habitat no território do DF e entorno, os ecossistemas urbanos e rurais e a assessoria sociotécnica: tipologias e padrões espaciais, informalidade, redes solidárias, tecnologia social, agroecologia e lugares saudáveis e sensíveis à água. Atualmente coordena dois projetos de pesquisa e extensão vinculados aos Programas Periferia Viva e Periferia Sem Risco da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades.

Maria Elisa Leite Costa, Universidade de Brasília (UnB)

Doutora e Mestra em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos na Universidade de Brasília-UnB. Engenheira Civil pela Universidade Federal de Alagoas, bolsista do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil com participação no programa TOP CHINA SANTANDER realizado na Universidade de Shanghai Jiao Tong e Graduação Sanduíche por seis meses na Universidade Politecnica de Valencia na Escuela de Caminos, Canales e Puertos durante primeiro semestre de 2010 através do Erasmus Mundus External Cooperation Window. Atualmente, Empregada Pública dos Correios da Diretoria Regional de Brasília-DF cedida a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico lotada na Coordenação de Regulação de Drenagem Urbana da Superitendência de Regulação de Saneamento Básico. Atua principalmente nos seguintes temas: drenagem urbana e recursos hídricos. 

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Publicado

2025-04-29

Como Citar

de Carvalho, S. S., Souza de Andrade, L. M., & Leite Costa, M. E. (2025). ANÁLISE DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DA IMPLANTAÇÃO DE BACIAS DE DETENÇÃO NO SETOR HABITACIONAL SOL NASCENTE: O REFLEXO DA DESIGUALDADE NAS SOLUÇÕES DA PAISAGEM URBANA NO DISTRITO FEDERAL. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar Da Universidade Federal Do Tocantins, 12(2). https://doi.org/10.20873/2025_ENEPEA_v12n2.15

Edição

Seção

ENEPEA 2024

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