Ecos do Modernismo: o Clube da Madrugada e as artes visuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/am2017_2

Palavras-chave:

Manaus – artes visuais, Clube da Madrugada, Modernismo – Amazonas, Movimento artístico, Brasil – Arte – século XX

Resumo

Este artigo aborda o movimento artístico do Clube da Madrugada de Manaus em suas atividades vanguardistas, sua interlocução com o ensino das artes, assim como algumas obras representativas dos artistas integrantes. A intervenção na imprensa através de publicação em periódicos, a criação de uma revista literária, a amplitude e a diversidade de interesses culturais além do acentuado caráter libertário, são algumas características que fizeram do Clube da Madrugada um movimento artístico e literário típico do século XX. No cariz ideológico, o Clube da Madrugada aproximou-se do comunismo anarquista, também conhecido como comunismo libertário, buscando uma aproximação maior entre arte e público. Dentre as ações para as artes visuais, o Clube da Madrugada realizou diversas exposições, feiras de arte, festivais de cultura e festival de cinema. O Clube da Madrugada procurou estabelecer um diálogo com outras instituições, tais como a Pinacoteca do Estado do Amazonas. Percebe-se que uma concepção moderna de arte manifestou-se em Manaus após a criação do Clube da Madrugada e passou a ser difundida com a Pinacoteca do Estado do Amazonas. Foram selecionados os artistas que comprovadamente integraram o movimento no período de 1954 a 1972 e com poéticas particulares formaram um valoroso quadro das artes visuais no Amazonas.

Biografia do Autor

Luciane Páscoa, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Doutorado em História Cultural pela Universidade do Porto (2006), professora do Programa de Pós-graduação em Letras e Artes da Universidade do Estado do Amazonas, UEA.

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Publicado

2017-12-03

Como Citar

Páscoa, L. (2017). Ecos do Modernismo: o Clube da Madrugada e as artes visuais. Revista Amazônia Moderna, 1(1), p.44–67. https://doi.org/10.20873/am2017_2