OS OLHOS SÃO ESPELHOS DA ALMA - ESTUDO LÉXICO-SEMÂNTICO DAS DESIGNAÇÕES PARA PÁLPEBRA E ESTRABISMO NO TOCANTINS

RESULTADOS DO ALITTETO

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v30i1.19024

Mots-clés :

Campo Semântico do Corpo Humano, ALiTTETO, Polimorfismo lexical

Résumé

Os olhos, como parte integrante dos cinco sentidos humanos, desempenham um papel essencial na percepção visual do mundo ao nosso redor; eles representam tanto a capacidade visual como também podem abarcar percepções que transcendem os limites físicos. Diante dessa importância sociocultural, o presente estudo analisou as variantes lexicais coletadas pelo Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (ALITTETO) (SILVA, 2018), referentes a dois questionamentos que envolvem o campo 'olhos', coletadas junto a 96 informantes, estratificados por sexo, idade e tipo de mobilidade. Os questionamentos são: 069 – Como se chama esta parte que cobre o olho? e 071 – Como se chama a pessoa que tem os olhos voltados para direções diferentes? A partir deles, comparamos as variantes fornecidas como respostas pelos informantes pelos critérios diatópicos e sociais, e dispomos os resultados em cartas dialetais elaboradas pelos critérios da Geolinguística. Os resultados apontam para o polimorfismo lexical e neologismos semânticos, provenientes da combinação de elementos linguísticos e da atribuição de novos significados a palavras já existentes.

Bibliographies de l'auteur-e

Ana Laura de Miranda e Silva, Universidade Federal do Tocantins

Graduação em Letras - Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Atualmente, é professora do Ensino Fundamental anos iniciais na cidade de Porto Nacional, TO.

Greize Alves da Silva, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Atua como pesquisadora do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Atualmente é professora adjunta I da Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus de Porto Nacional.

Références

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Delta, 1986.

BIBLIA, Bíblia Sagrada. João Ferreira de Almeida. 6ª edição. Santo André – SP: Geográfica Editora, 2021.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. A Dialectologia no Brasil: perspectivas. D.E.L.T.A., v. 15, n. especial, p. 233-255, 1999. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/27601/17187. Acesso em: 13 nov. 2022.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola, 2010.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino; MOTA, Jacyra. Projeto Atlas Linguístico do Brasil: antecedentes e estágio atual. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 56, n. 3, 2012. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4924. Acesso em: 23 mar. 2024.

CHAMBERS, Jack. K.; TRUDGILL, Peter. La Dialetología. Madrid: Visor Libros SL, 1994.

CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da Língua Portuguesa. 4. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2010.

DE ALMEIDA, João José RL. A luz como metáfora na teologia e na filosofia. Ciência e Cultura, v. 67, n. 3, p. 43-47, 2015.

FERREIRA Carlota; CARDOSO, S. A dialetologia no Brasil. São Paulo: Contexto, 1984.

FIGUEIREDO, Cândido de. Novo Diccionário da Língua Portuguesa. E-book: [s.l], 1913. Disponível em: https://www.gutenberg.org/files/31552/31552-pdf.pdf. Acesso em: 22 nov. 2022.

GRIMAL, Pierre. Mitologia grega. L&PM Pocket, 2009.

MONTEIRO, José Lemos. Dialetologia e Diacronia. Rev. das Letras, Fortaleza, n. 14 (1/2), p. 183-209, jan/dez, 1989. Disponível em:

https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/9443/1/1989_Art_JLMonteiro.pdf. Acesso em: 20 out. 2022.

NASCENTES, Antenor. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1955.

NUNES, Juliany Fraide, ISQUERDO, Aparecida Negri. MARQUES, Elizabete Aparecida. Fraseologismos na área semântica do corpo humano a partir de dados geolinguísticos: o que revelam os dados do norte e do sul do brasil. Estudos linguísticos e literários, Salvador, n.60, p.51-70, 2018. Disponível em:

https://periodicos.ufba.br/index.php/estudos/article/view/27601/17187. Acesso em: 13 out. 2022.

ROMANO, Valter Pereira. Percurso historiográfico e metodológico da Geolinguística. Papeis, Campo Grande, v. 18, n. 35, p. 135-153, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/papeis/article/view/3017/2445. Acesso em: 12 set. 2022.

SILVA, Greize Alves da. Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (ALiTTETO). 2018. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem). Centro de Letras e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000218332. Acesso em: 12 set. 2022.

TOSSATO, Claudemir Roque. A função do olho humano na óptica do final do século XVI. Scientiæ Zudia, São Paulo, v. 3, n. 3, p. 415-41, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ss/a/S4sMvKCkNw3QrQJkzdRFdvk/. Acesso em: 23 mar. 2024.

Téléchargements

Publié-e

2024-05-17

Comment citer

SILVA, Ana Laura de Miranda e; SILVA, Greize Alves da. OS OLHOS SÃO ESPELHOS DA ALMA - ESTUDO LÉXICO-SEMÂNTICO DAS DESIGNAÇÕES PARA PÁLPEBRA E ESTRABISMO NO TOCANTINS: RESULTADOS DO ALITTETO. ACTA SEMIÓTICA ET LINGVISTICA, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 43–60, 2024. DOI: 10.20873/actasemiticaetlingvistica.v30i1.19024. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/actas/article/view/19024. Acesso em: 22 juill. 2024.