REFLECTIONS ON DATA COLLECTION AND INTERACTION IN SOCIO-DIALECTAL RESEARCH

GUIDELINES FOR FIELD RESEARCHERS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/actasemiticaetlingvistica.v30i1.19039

Palavras-chave:

Pesquisa sociodialetal, relações de poder, paradoxo do observador

Resumo

Há muitas discussões em torno de questões relacionadas à etapa inicial do trabalho dos dialetólogos e sociolinguistas: a coleta de dados in loco e a interação presencial com o informante, bem como a espontaneidade da fala considerando a presença do entrevistador em uma situação de entrevista. Este estudo tem como objetivo fornecer uma breve contribuição teórica sobre o assunto, ilustrada com exemplos extraídos da coleta de dados para o Atlas Linguístico Topodinâmico e Topostático de Tocantins, a fim de propor algumas diretrizes para futuros pesquisadores de campo, com a perspectiva de minimizar o que é referido como o "paradoxo do observador" na pesquisa sociodialetal.

Biografia do Autor

Greize Alves da Silva, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Atua como pesquisadora do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB). Atualmente é professora adjunta I da Universidade Federal do Tocantins – UFT, campus de Porto Nacional.

Patrícia Andréa Borges, Universidade Estadual de Campinas

Doutoranda em Linguística no Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas (IEL-Unicamp). Mestrado em Linguística pela mesma instituição, com ênfase em Linguística Histórica. Bacharelado em Português e Grego Antigo pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP)

Referências

ALTHUSSER, L. Posições. 1 ed. Rio de Janeiro: Graal, 1978.

ALTHUSSER, L. Aparelhos Ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

BOTASSINI, J. O. M. Crenças e Atitudes Linguísticas: um Estudo dos Róticos em Coda Silábica no Norte do Paraná. 2013. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2013.

BRAIT, B. O processo interacional. In: PRETI, D. (Org.). Análise de textos orais. São Paulo: Humanitas, 1999, p. 189-214.

BRANDÃO, S. F. A Geografia Linguística no Brasil. Série Princípios. São Paulo: Ática, 1991.

BROWN, P.; LEVINSON, S. Universals in Language Usage: Politeness Phenomena. In: GOODY, E. (Ed.). Questions and Politeness: Strategies in Social Interaction. Cambridge: Cambridge University Press, 1978.

CÂMARA JR., J. M. História da Lingüística. 6 ed. Petrópolis: Vozes, 2006.

COMITÊ NACIONAL DO ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL. Ata da XVII Reunião do Comitê Nacional do Projeto ALiB. São Luiz (fotocopiada – circulação restrita), 2004.

FARACO, C. A. Linguística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: História da violência nas prisões. Tradução de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1994.

FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Organização de Roberto Machado. 13 ed., Rio de Janeiro: Graal, 1998.

FOUCAULT, M. Poder e saber. In: FOUCALT, M. Estratégia, poder-saber. 2 ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, p. 223-240.

JABERG, K.; JUD, J. Der Sprachatlas als Forschungsinstrument, kritische Grundlegung und Einführung in den sprach- und Sachatlas Italiens und der Südschweiz. Halle/Saale: Niemeyer, 1928.

LABOV, W. Padrões Sociolinguísticos. Tradução de Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre e Caroline Rodrigues Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial, 2008 [1972].

LAMBERT, W. W.; LAMBERT, W. E. Psicologia social. Tradução de Álvaro Cabral. 3 ed., Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

MORALES, H. L. Sociolingüística. 3 ed., Madrid: Gredos, 2004.

POP, S. La Dialectologie: Aperçu et Méthodes dEenquêtes Linguistiques. Louvain: Chez l'auteur, 1950.

SILVA, G. A. da; AGUILERA, V. de A. Os atlas Linguísticos Brasileiros e o Inquiridor: em Busca de uma Metodologia Adequada. SIGNUM: Estudos da Linguagem, n. 12, v. 1, p. 317-341, 2009. Disponível em: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/4247/4607. Acesso em: 17 jan. 2022.

SILVA, G. A. da; BORGES, P. A. Presença vs Ausência de Traços de Ruralidade no Léxico Tocantinense. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 72, p. 83-105, 2019. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/157030. Acesso em: 2 ago. 2022.

TARALLO, F. A pesquisa Sociolinguística. 5 ed., São Paulo: Ática, 1997.

THUN, H. Variação na Interação entre Informante e Entrevistador. Tradução de Cléo Vilson Altenhofen e Felipe Neckel. Cadernos de Tradução, n. 40, p. 82-107, 2017 [2005]. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/cadernosdetraducao/article/view/87180/50001. Acesso em: 3 fev. 2022.

VASCONCELOS, C. A.; YIDA, V.; GHOLMIE, M. R. S. Estratégias para a Obtenção de Respostas nos Inquéritos do ALiB: a questão 054 (aftosa) nas capitais do Centro-Oeste e Sudeste. SIGNUM: Estudos da Linguagem, n. 21, p. 32-54, 2018.

VENY, J. Introducción a la Dialectologia Catalana. Barcelona: Biblioteca Universitària, 1986.

WEINREICH, W.; LABOV, W.; HERZOG, M. Empirical Foundations for Theory of Language Change. In: LEHMANN, P; MALKIEL, Y. (Eds.). Directions for Historical Linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968, p. 95-188.

Downloads

Publicado

2024-05-17

Como Citar

SILVA, Greize Alves da; BORGES, Patrícia Andréa. REFLECTIONS ON DATA COLLECTION AND INTERACTION IN SOCIO-DIALECTAL RESEARCH: GUIDELINES FOR FIELD RESEARCHERS. ACTA SEMIÓTICA ET LINGVISTICA, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 8–26, 2024. DOI: 10.20873/actasemiticaetlingvistica.v30i1.19039. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/actas/article/view/19039. Acesso em: 3 jul. 2024.