DESAFIOS NA UTILIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA INTERATIVA POR PROFESSORES DE CIÊNCIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/riecim.v3i1.17972

Palavras-chave:

Formação continuada de professores de ciências, Desafios docentes, Sequência Didática Interativa Virtual

Resumo

A pandemia trouxe inúmeros desafios para os docentes, agravou desigualdades e expôs uma realidade social e formativa de que há muito se fala. Porém, mais do que nunca, tornaram-se evidentes as dificuldades em torno do uso de estratégias/ferramentas associadas ao uso de computadores/notebooks/smartphones, por parte de estudantes e professores. Em face desse contexto, o presente trabalho teve por objetivo analisar os principais desafios para utilização da Sequência Didática Interativa (SDI) e da SDI virtual no cerne de um processo formativo voltado para professores de ciências, o qual ocorreu de forma remota, durante o ano de 2020, em parceria com a Secretaria de Educação do município de São Lourenço da Mata, cidade da região metropolitana do Recife, capital do estado de Pernambuco. Desse modo, elencou-se como problema de pesquisa: Quais os principais desafios da utilização da SDI e da SDI virtual por professores de ciências? Este trabalho possui uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação, e foi desenvolvido com dezessete professores de ciências em processo formativo que teve oito encontros, com duração de uma hora cada. Os dados foram coletados através de questionário construído no Google Forms. Dentre os desafios identificados, destacam-se a falta de apoio pedagógico, a necessidade da realização do planejamento e o estímulo ao diálogo.

Biografia do Autor

João Justino Barbosa, da Secretaria de Educação e Cultura (SEDUC), João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Sou licenciado em Química pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Especialista em metodologia do Ensino de Química pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Extensão (IBPEX) e Mestre em Ensino das Ciências, título fornecido pelo Programa de Pós Graduação no Ensino das Ciências e da Matemática (PPGEC -UFRPE) e Doutorando pelo mesmo programa de pesquisa. Membro do grupo de pesquisa Formação de Professores (GHIFOP-UFRRPE). Desenvolvedor de pesquisas que estudam a relação entre Transdisciplinaridade, Complexidade e Dialogicidade na Formação Continuada de Professores das Ciências da Natureza e Matemática, atualmente Bolsista de Apoio Técnico em Extensão no País do CNPq - Nível A, corroborando com o projeto de extensão intitulado a Sequência Didática Interativa no ensino de Ciências, contribuindo com a formação continuada de professores de Ciências atuantes na educação básica. Um dos criadores da Sequência Didática Interativa Virtual (SDI Virtu@l). Atualmente professor efetivo da educação básica, lecionando a disciplina de Química no Instituto de Educação da Paraíba, instituição de ensino vinculada ao Governo do estado. Atuando também na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ministro José Américo de Almeida, na qual leciona Ciências para o ensino fundamental e a educação de Jovens e Adultos. Professor Colaborador do Programa Institucional de Bolsa e de Iniciação à Docência -PIBID/UFPB, durante o 1º semestre de 2014 até o 1º semestre de 2017.

Andressa Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brasil.

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural de Pernambuco; Mestra e doutoranda em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - PPGEC-UFRPE; Integrante do Grupo de Pesquisa em Formação e Prática Pedagógica de Professores de Ciências e Biologia - FORBIO-UFRPE, trabalhando principalmente nos seguintes temas: Formação de Professores - inicial e continuada, Educação Ambiental, Avaliação da Aprendizagem e Prática Pedagógica; Membro da Cátedra Paulo Freire Educação para a Sustentabilidade da UFRPE. Venho atuando na formação continuada de professores, trabalhando principalmente nos seguintes temas: educação ambiental, metodologias de ensino-aprendizagem e avaliação da aprendizagem.

Monica Lopes Folena Araújo, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, Pernambuco, Brasil.

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Ensino das Ciências pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2008), doutorado em Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco (2012) e pós-doutorado em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (2018). Professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco onde atua no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, no Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências (mestrado e doutorado) e no Doutorado em Ensino (Rede Nordeste de Ensino). Coordena o Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências, o Grupo de Pesquisa em Formação e Prática Pedagógica de Professores de Ciências e Biologia (FORBIO) e a Cátedra Paulo Freire - Educação para a Sustentabilidade da UFRPE. Editora gerente da Mandacaru: Revista de Ensino das Ciências e Matemática. Membro do Conselho Editorial da UFRPE. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação ambiental, meio ambiente, ensino de biologia, ensino de ciências e formação de professores.

Maria Marly de Oliveira, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, Pernambuco, Brasil.

Licenciatura em PEDAGOGIA pela Universidade Federal de Pernambuco Licenciatura em FILOSOFIA pela UFCE - Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela UNICAP- Mestrado em Educação pela UFPE PhD em Educação pela Université de Sherbrooke - Canadá. Ex-Diretora do Departamento de Educação da UFRPE ex-Coordenadora do Projeto bilateral Brasil-Canadá em Cooperativismo e Desenvolvimento Local. Ex-aluna de Paulo Freire e autora de vários livros e artigos científicos. É autora de duas metodologias ativas, a Metodologia Interativa e a Sequencia Didática Interativa (SDI), que têm como carro-chefe o Círculo Hermenêutico-Dialético (CHD). Trabalha a linha de pesquisa Formação de Professores, priorizando a Dialogicidade de Paulo Freire, a Hermenêutica Filosófica de Gadamer e o paradigma da complexidade de Edgar Morin. Entre suas obras publicadas, destacam-se: Como fazer pesquisa qualitativa e Sequencia Didática Interativa no Processo de Formação de professores; ambos publicados pela Editora Vozes. Professora Sênior da UFRPE e professora do quadro permanente do PPGEC e da RENOEN-Polo UFRPE. Líder do grupo de pesquisa Formação Continuada de Professores-UFRPE/CNPq e Coordenadora do seguimento pesquisa da Cátedra Paulo Freire da UFRPE.

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Publicado

2023-12-30

Como Citar

BARBOSA, João Justino; SANTOS, Andressa Rodrigues dos; ARAÚJO, Monica Lopes Folena; OLIVEIRA, Maria Marly de. DESAFIOS NA UTILIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA INTERATIVA POR PROFESSORES DE CIÊNCIAS. Revista Interdisciplinar em Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 3, n. 1, p. e23010, 2023. DOI: 10.20873/riecim.v3i1.17972. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/RIEcim/article/view/17972. Acesso em: 28 abr. 2024.