“SÓ O PROFESSOR NÃO QUER TRABALHAR”

OS DIZERES ACERCA DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-hd1

Resumo

A proposta deste artigo é dar a conhecer o resultado final da dissertação de mestrado, intitulada “Efeitos de sentido e educação na pandemia: dizeres em circulação de um porta-voz do governo”, a qual analisou dizeres do então Ministro da Educação, Milton Ribeiro, que esteve à frente da pasta entre julho de 2020 e março de 2022, tendo como suporte metodológico a Análise de Discurso franco-brasileira. Desse modo, a questão de pesquisa que norteia o artigo é compreender o processo de constituição de sentidos acerca da educação pública, por meio do discurso em circulação no referido contexto. Dessa forma, o corpus de pesquisa foi composto por sequências discursivas extraídas de dizeres do ex-ministro que circularam na mídia. Diante disso, foi possível identificar alguns efeitos de atualização e naturalização de sentidos, que funcionam no fio do discurso de modo a vincular e relacionar as sequências entre si, sobretudo, o imaginário de que os professores não trabalharam durante a pandemia e atrapalharam o retorno às aulas presenciais. Buscou-se, portanto, compreender o efeito do ideológico e do político que determinam as práticas discursivas e que fazem com que sentidos e dizeres, a respeito da educação no Brasil, sejam naturalizados e reproduzidos pela sociedade.

Biografia do Autor

Ana Cristina Sander, Universidade Federal da Fronteira Sul

Mestra em Estudos Linguísticos, na Linha de Pesquisa Práticas Discursivas e Subjetividades, pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Possui especialização em Ensino de Língua Inglesa, pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), MBA em Geração e Operação de Negócios Internacionais, e graduação em Letras Português/Inglês e respectivas Literaturas, ambos pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). No exterior, cursou English Phonetics and Phonology, pela University of South Florida (USF); foi bolsista do Intercâmbio de Grupo de Estudos (IGE), pelo Rotary Internacional, na Indonésia; realizou período de imersão linguística e cultural na Florida (EUA). Possui experiência em docência nas disciplinas de Literatura Inglesa e Sociolinguística (no ensino superior), e Língua Inglesa (no ensino fundamental, médio, superior, escolas de idiomas, pré-vestibular, aulas particulares e cursos de extensão). Tem interesse em pesquisas nas áreas de Linguística, Letras, Educação e Cultura.

Caroline Schneiders, UFFS

Professora adjunta de Língua Portuguesa e Linguística junto ao curso de Letras Português e Espanhol da Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Cerro Largo/RS. Possui graduação em Letras/Português-Literaturas da Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado e doutorado em Letras - área de concentração: Estudos Linguísticos - pela mesma instituição. Realizou estágio de doutorado sanduíche (Bolsista Capes/PDSE) no Institut des Textes et Manuscrits Modernes (ITEM), pertencente à École Normale Supérieure (ENS/Paris, França). Possui Pós-doutorado (Bolsista DOCFIX-Fapergs) junto ao Laboratório Corpus/Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Maria. Tem experiência na área de Linguística, atuando principalmente em temas vinculados à História das Ideias Linguísticas e à Análise de Discurso, como: história do disciplinar e história da produção do conhecimento linguístico.

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Publicado

2024-05-19 — Atualizado em 2024-05-19

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Como Citar

Sander, A. C., & Schneiders, C. (2024). “SÓ O PROFESSOR NÃO QUER TRABALHAR”: OS DIZERES ACERCA DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19. Porto Das Letras, 10(1), 135–150. https://doi.org/10.20873/10.20873-2024-hd1

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