Estudantes hispano falantes e seu aprendizado do português brasileiro
vicissitudes da linguagem formal e informal
Résumé
Resumo: As narrativas são um forte instrumento humano para compartilhar experiências e conhecimentos. Ao narrar suas experiências, os sujeitos revelam saberes, fragilidades, expectativas e aprendizagens. Partindo deste pressuposto, neste artigo, analisaremos o desenvolvimento da aprendizagem da língua portuguesa por estudantes hispano falantes, imersos no contexto brasileiro, situados entre dois tipos de linguagem: a linguagem formal ou acadêmica e a linguagem popular. Neste sentido, a análise estará baseada em um estudo de caso dentro do campo de estudos da Linguística Popular. Para conduzir esta pesquisa, uma questão foi estabelecida: Que narrativas surgem quando os estudantes falam de suas experiências praticando o português brasileiro? Além disso, foi estabelecido um objetivo: descrever as narrativas contadas pelos estudantes. A amostra é composta por dois participantes que vivem no Brasil e estão estudando seu mestrado. Foi selecionada a entrevista semiestruturada como o instrumento de coleta de dados, baseada em perguntas sobre as experiências dos estudantes no aprendizado e na prática do português brasileiro. Os resultados das análises revelaram que os participantes da amostra aprendem a escrever e falar corretamente para entrar em uma vida acadêmica, não tanto em uma vida social, e que quando estão tendo uma conversa informal, ao encontrar essa linguagem popular brasileira, leva um pouco mais de tempo para eles compreenderem sentenças e decifrar o significado de algumas palavras. Em síntese, o estudo revelou que quando eles têm uma imersão social, tudo muda, porque aprendem dois tipos de linguagem, o jargão coloquial e a linguagem acadêmica.
Palavras-chave: linguística popular; aprendizagem de línguas; estudantes hispano falantes.
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