Quatro vezes Lindonéia

Da nova figuração e do tropicalismo nos anos 1960 à poesia dos anos 1970

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20873.24.4022

Palabras clave:

Lindonéia, Rubens Gerchman, Antonio Carlos da Fontoura, Tropicalismo, Armando Freitas Filho

Resumen

Este artigo acompanha a manifestação visual, audiovisual, cancional e poética da personagem Lindonéia em quatro momentos: sua concepção em Lindonéia, a Gioconda do subúrbio, obra de Rubens Gerchman (1966), sua presença em Ver ouvir, curta-metragem de Antonio Carlos da Fontoura (1966), sua reinvenção em “Lindonéia”, canção de Gilberto Gil e Caetano Veloso na voz de Nara Leão (1968), e sua menção em “Cidade maravilhosa”, poema de Armando Freitas Filho (1979). Apesar dessa intertextualidade frutífera entre a chamada nova figuração e o tropicalismo musical, a figura de Lindonéia foi pouco abordada pela crítica. Lançando mão de algumas sugestões das leituras de Celso Favaretto (2007) e de Marcos Napolitano (2018) sobre a canção tropicalista, a interpretação que aqui se desenvolve observa que Lindonéia se espraia nesses trabalhos como uma figura que concentra tanto as esperanças difusas de uma modernização econômica brasileira quanto a frustração dessas expectativas, transformadas em miragem para a personagem negra e suburbana que morre ainda jovem e bela, desprovida de futuro.

Biografía del autor/a

Patrícia Anette Schroeder Gonçalves, Universidade de São Paulo

Doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (USP), mestra em Culturas e Identidades Brasileiras pela USP, graduada em Letras pela USP.

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Publicado

2024-12-22

Cómo citar

Schroeder Gonçalves, P. A. (2024). Quatro vezes Lindonéia: Da nova figuração e do tropicalismo nos anos 1960 à poesia dos anos 1970. Porto Das Letras, 10(3), 412–435. https://doi.org/10.20873.24.4022