MULHERES LEITORAS E ESCRITORAS NO BRASIL DO OITOCENTOS
Resumen
A atuação das escritoras brasileiras durante o século XIX tem sido um tema caro aos pesquisadores nas últimas décadas, focando-se em questões como o (não)reconhecimento de sua produção por parte da crítica coetânea. Na presente comunicação, traremos algumas contribuições sobre o tema, iluminadas pelas reflexões que fez Júlia Lopes de Almeida no início do século XX. Em “A mulher e a arte”, manuscrito sem data, felizmente transcrito e publicado recentemente (RAGO & TREVISAN, 2019), Almeida tenta mudar o quadro do desconhecimento do público sobre a participação das mulheres nas artes, principalmente no que tange à literatura, alertando que, mesmo tolhidas das condições de que os homens dispunham (instrução, estímulo social, liberdade), elas conseguiram adentrar o mundo das artes. A escritora cita duas dezenas de nomes de mulheres atuantes nas artes e nas ciências, fortalecendo o argumento de que já não era possível impedir-lhes a atuação. Com o mesmo intuito, além de comentarmos sobre o acesso à leitura por parte das mulheres no século XIX, elencamos algumas brasileiras intelectuais oitocentistas e suas publicações. Além desse texto base, outras leituras, ficcionais e teóricas, nortearão as reflexões, como Chartier (2001), Duarte (2003), Zolin (2005), Louro (2008), Trevisan (2020), Almeida (2021) e Santana (2021).
Citas
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Fontes Primárias:
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