A poética do Eros na palavra
uma leitura estilística da poesia epitalâmica de Max Martins
DOI:
https://doi.org/10.20873.24e16Abstract
O presente trabalho propõe-se a analisar os aspectos estilístico-lexicais presentes na estrutura composicional do poema “Breve epitalâmio”, pertencente ao livro intitulado Não para consolar (1992), coletânea de obras reunidas entre os anos de 1952 a 1992, do escritor Max Martins. Desse modo, caberá aqui aliar a uma sucinta interpretação dos elementos mórficos e lexicais empregados no poema do artista os alicerces fundantes do estilo próprio de sua criação ficcional, muito influenciada pela ruptura propagada na lírica moderna desde Baudelaire. Assim, como suporte teórico, serão de grande valia as contribuições legadas por Monteiro (2005), Lapa (1991), Martins (1989), Discini (2009) e Guiraud (1978), acerca dos conceitos e métodos de análise literária propiciada pelo viés da estilística, a ciência da expressividade; bem como dos estudos de Cardoso (2004, 2013) e Guilbert (1975), quanto aos procedimentos concernentes à análise estilística de vertente lexical, também chamada de estilística morfológica. Pressupõe-se que o fazer poético, em Max Martins, fundamenta-se de efeitos retóricos correspondentes a uma hábil relação do poeta com os recursos da língua em suas possibilidades, no intuito de fazer dialogar o plano da forma (plano expressivo) com o plano de conteúdo (plano temático), no que diz respeito a uma laboração da escritura enquanto potencialidade de uma relação permeada pelo Eros existente entre o artesão e a língua.
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