O plurilinguismo bakitiniano em Memórias Póstumas de Brás Cubas

Autores

  • Carlos Magno da Mata IFTO/UFT

Resumo

O plurilinguismo de Mikhail Bakhtin é importante para os estudos da linguagem romanesca, ou seja, a dos romances, cujas observações estão centralizadas nos recursos de construção da língua, empregados para conferir a densidade essencial de bivocalidade a esse gênero, sendo seu elemento distintivo principal por se tornar social. Estas características Baktinianas não passam despercebidas na obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, onde o autor faz uso desse atributo plurilinguístico para criticar a sociedade carioca por meio do pensamento e da vida de Brás Cubas. Assim este trabalho objetiva a discutir como Machado de Assis imprimia sua visão de mundo por meio da voz de Brás Cubas, personagem central do romance. O plurilinguismo será focalizado, em seus aspectos ideológico, simbólico e cultural no contexto carioca do século 19 e da obra Machadiana. Bakhtin destaca as particularidades do plurilinguismo no romance humorístico em romances como de Little Dorrit, de Charles Dickens. Bakhtin salienta que se pode introduzir “linguagens” ideológico-verbais multiformes, como a de gêneros, profissões, grupos sociais, orientadas e familiares (como mexericos, tagarelices mundanas, etc.) e a representativa do discurso direto do autor. Com o emprego delas também se constrói uma estilização paródica, que são sócio ideológico, que podem representar a falsidade, a hipocrisia, etc., por meio de uma fala autoritária, reacionária, condenada à morte ou à substituição, criando uma perspectiva ideológico-verbal particular.

Referências

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Publicado

2020-07-16

Como Citar

da Mata, C. M. (2020). O plurilinguismo bakitiniano em Memórias Póstumas de Brás Cubas. Porto Das Letras, 6(especial), 197–211. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9365

Edição

Seção

Metalinguagens: língua, ensino e sociedade