Corporeidade, Letramentos e Ensino de Língua Inglesa Antirracista: Problematizando Imagens e Construindo Novos Sentidos

Autores

Resumo

As discussões sobre identidades raciais perpassam a corporeidade e os processos de racialização nas sociedades. No caso do Brasil, a raça é compreendida como construto social, cultural e histórico (GOMES, 2005; GOMES, 2019), o qual atravessa as relações subjetivas e as interações sociais estabelecendo hierarquias (BONILLA-SILVA, 1997). Nesse sentido, as representações do outro, principalmente na mídia, configuram-se como ferramenta de perpetuação de estereótipos negativos e reprodução de discursos hegemônicos (BORGES, 2012; XAVIER, 2021). Tendo em mente as relações sociais entre corporeidade, imagens e questões raciais no contexto brasileiro, o objetivo deste artigo é problematizar como imagens reais podem ser utilizadas nas aulas de língua inglesa para discutir questões raciais, a partir de um trabalho embasado nos letramentos críticos (MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE MÓR, 2018) e no letramento visual (MIZAN; FERRAZ, 2021). A partir da análise de dois anúncios publicitários, argumentamos como a problematização das imagens, considerando seus elementos verbais e não-verbais, caracteriza uma microação antirracista dentro de uma perspectiva crítica e contextualizada. Destacamos a importância de mobilizar a corporeidade nos processos de construção de sentidos, tanto pela presença de imagens nos materiais didáticos, quanto pelo estímulo da agência dos alunos, a partir de práticas e problematizações situadas.

Palavras-chave: Corporeidade; letramentos; racialização; ensino de língua inglesa.

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Publicado

2022-07-21

Como Citar

Humberto de Oliveira, L. (2022). Corporeidade, Letramentos e Ensino de Língua Inglesa Antirracista: Problematizando Imagens e Construindo Novos Sentidos. Porto Das Letras, 8(3), 150–170. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/13311