“Ebó imagético”
um experimento conceitual para a compreensão do Cinema Negro Brasileiro como ferramenta de expurgo da colonialidade
DOI:
https://doi.org/10.20873-rpv10n1-34Palabras clave:
Cinema Negro. Racismo. Afropessimsimo. Candomblé. Ebó. Cosmopercepção.Resumen
O artigo investiga como o cinema negro brasileiro retrata a violência e a morte de pessoas negras e o impacto dessas representações na construção de um imaginário social. A partir da análise de obras como “Rapsódia para um homem negro” (Gabriel Martins, 2015), “Rio das Almas e Negras Memórias” (Taize Inácia e Thaynara Rezende, 2019), “M8: quando a morte socorre a vida” (Jeferson De, 2020) e Egum (Yuri Costa, 2020), o autor propõe o conceito de “ebó imagético”. Esse conceito visa entender a narrativa visual como um ritual de cura, permitindo um expurgo simbólico das cristalizações racistas no cinema e um enfrentamento da necropolítica que marca as trajetórias negras. O estudo sugere que o Cinema Negro Brasileiro não apenas denuncia a violência, mas também atua como ferramenta de resistência e recriação de subjetividades, promovendo uma reflexão sobra morte social, escravidão continua e colonialidade.
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