O VIDEOGAME COMO MÍDIA DE REPRESENTAÇÃO HISTÓRICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n5p216

Palavras-chave:

Videogame, Indústria Cultural, História, Representação, Simulação

Resumo

Este artigo propõe apresentar, em um plano teórico, os Videogames como uma mídia de representação histórica que apresenta um discurso sobre o passado através de uma linguagem de conteúdo audiovisual composta por espaços virtuais estruturados em regras de jogo. Esse formato próprio deve ser entendido em seu caráter histórico, cuja representação estabelece um determinado olhar sobre o Outro, e em sua circulação pública de conteúdos históricos constituída dentro e a partir da Indústria Cultural.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Antonio Vasconcelos, Universidade de São Paulo

Doutor em História pela Universidade Estadual de Campinas (2001), mestrado em História pela Universidade Federal do Paraná (1996), pós-doutor na University of Virginia, nos Estados Unidos (2005-2006). É professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). E-mail: vasconcelos@usp.br

Referências

AARSETH, Espen. Cybertext: Perspectives on Ergodic Literature. Baltimore: John Hopkins University Press, 1997.

ADORNO, T..; HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. Trad. Guido Antonio de Almeida.

BULLINGER, J. M. e SALVATI, A. J. Selective Authenticity and the Playable Past. In: KAPPELL, Mathew Wilhelm, ELLIOT, Andrew B.R. (orgs). Playing with the Past. Digital Games and the Simulation of History. New York: Bloomsbury, 2013.

CAILLOIS, Roger. Man, Play and Games. University of Illinois Press, 2001.

CHARTIER, R. A História Cultural. Entre Práticas e Representações. Lisboa: DIFEL, 1990.

CHARTIER, R. O mundo como representação. Estudos Avançados, São Paulo, v. 5, n.11, jan.-abr.1991.

CRAWFORD, C. Chris Crawford on game design. New Riders Publishing, 2003.

FRASCA, Gonzalo. Play the Message: Play, Game and Videogame Rethoric. Tese (Doutorado em Filosofia) – IT University of Copenhagen, 2007.

GASI, F. Videogames e Mitologia. Nova Iguaçu: Marsupial, 2013.

GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1989.

GOSCIOLA, V. A Linguagem Audiovisual do Hipertexto. In: FERRARI, P. Hipertexto, hipermídia. São Paulo: Contexto, 2007.

GUIMARÃES, Daniel de Vasconcelos. O campo de referência dos videogames: Estudo Semiótico sobre o Objeto Dinâmico do Game. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica). PUC-SP. 2008.

HUIZINGA, J. Homos ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1980.

JENKINS, H. Game Design as Narrative Architecture. In: WARDRIP-FRUIN, N.; HARRINGAN, P. First Person. Cambridge: MIT Press, 2004.

___; SQUIRE, K. Art of contested spaces. In: King, L. (Org.). Game on: The history and culture of video games. New York: Universe Publishing, 2002.

KELLNER, D. A Cultura da Mídia. Bauru: Edusc, 2001.

LE GOFF, J. Memória-História, Campinas: Ed. UNICAMP, 1990

MENESES, U. Fontes Visuais, Cultura Visual, História Visual: balanço provisório, propostas cautelares. Rev. Br. de História, SP, v. 23, n. 45. 2003.

MURRAY, J. H. Hamlet no Holodeck: O futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: Unesp, 2003.

NAPOLITANO, M. A escrita fílmica da história e a monumentalização do passado: uma análise comparada de Amistad e Danton. In: CAPELATO, M.H.R. et al. (Orgs.) História e Cinema. São Paulo: Alameda, 2007. p. 66-68.

______. A História depois do Papel. In: Fontes Históricas. Carla Bassanezi Pinsky (org.) 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2008.

NEWMAN, J. The Myth of the Ergodic Videogame. Some thoughts on player-character relationships in videogames. Game Studies: the international journal of games, v. 2, n. 1, jul. 2002.

NITSCHE, M. Video Game Spaces. Image, Play, and Structure in 3D Worlds. Massachussets: MIT Press, 2008.

RYAN, M. From Narrative Games to Playable Stories: Toward a Poetics of Interactive Narrative. StoryWorlds: A Journal of Narrative Studies. v. 1, 2009.

ZIMMERMAN, E. Narrative, Interactivity, Play, and Games.In: WARDRIP-FRUIN, N.; HARRINGAN, P. First Person. Cambridge: MIT Press, 2004. pp. 154-163.

ROSENSTONE, Robert. A história nos filmes, os filmes na história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.

Publicado

2017-08-01

Como Citar

BELLO, Robson Scarassati; VASCONCELOS, José Antonio. O VIDEOGAME COMO MÍDIA DE REPRESENTAÇÃO HISTÓRICA. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 5, p. 216–250, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n5p216. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3950. Acesso em: 19 abr. 2024.