VIOLÊNCIA RITUALIZADA: o processo de descimento do povo nativo no contexto dos aldeamentos
DOI:
https://doi.org/10.20873/stmmta2017-4735Palavras-chave:
povos indígenas; violência; ritosResumo
Neste trabalho discutimos as condições de vida em que os povos autóctones ou nativos – chamados de índios – viviam antes das violações praticadas pelos colonizadores. Analisamos usos, costumes, tradições e as riquezas naturais dos povos que aqui haviam chegado há milênios. Temos o objetivo de relatar fatos históricos da origem dos povos indígenas e discutir a questão desses povos no Tocantins, a partir da ideia de aldeamento e a função dos descimentos e outras práticas hediondas contra o povo nativo. Para chegar aos resultados nos valemos de uma pesquisa bibliográfica e da interpretação de autores em livros, artigos de revistas, jornais, além da experiência in loco no convívio com os povos de algumas aldeias no Estado de Goiás e Tocantins. Finalmente constatamos que os povos autóctones passam por um processo desumano de convívio social e que despojados de suas próprias terras, perdem o senso de pertencimento, a possibilidade de resgate cultural e desamparados legalmente pelo Estado e pelas instituições se torna cada vez mais difícil a volta de uma atitude de regeneração ou resiliência territorial.
Neste trabalho discutimos as condições de vida em que os povos autóctones ou nativos – chamados de índios – viviam antes das violações praticadas pelos colonizadores. Analisamos usos, costumes, tradições e as riquezas naturais dos povos que aqui haviam chegado há milênios. Temos o objetivo de relatar fatos históricos da origem dos povos indígenas e discutir a questão desses povos no Tocantins, a partir da ideia de aldeamento e a função dos descimentos e outras práticas hediondas contra o povo nativo. Para chegar aos resultados nos valemos de uma pesquisa bibliográfica e da interpretação de autores em livros, artigos de revistas, jornais, além da experiência in loco no convívio com os povos de algumas aldeias no Estado de Goiás e Tocantins. Finalmente constatamos que os povos autóctones passam por um processo desumano de convívio social e que despojados de suas próprias terras, perdem o senso de pertencimento, a possibilidade de resgate cultural e desamparados legalmente pelo Estado e pelas instituições se torna cada vez mais difícil a volta de uma atitude de regeneração ou resiliência territorial.
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