OS KAINGANG DA TERRA INDÍGENA MARRECAS: REFLEXÕES SOBRE TERRA E TERRITÓRIO
DOI:
https://doi.org/10.20873/stmmta2022-5,2-6Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre o significado de terra e território para o povo Kaingang da
Terra Indígena (TI) Marrecas, no município de Turvo, estado do Paraná, diante dos territórios formados
pelo Estado e agentes privados a partir do século XIX, nos campos de Guarapuava. O objetivo foi
compreender as relações políticas e de disputa por terras, entre os indígenas, Estado e outros agentes
privados no processo de transformação dessas terras em território indígena. Em termos metodológicos, o
trabalho foi realizado com base nas pesquisas bibliográficas e análise documental (Cartas Régias dos anos
de 1808 e 1809), além da construção do referencial teórico sobre terra e território, categorias escolhidas
para análise. O estudo permitiu compreender como essas políticas geraram territorialidades assimétricas
nas relações de poder, entre os agentes e sujeitos envolvidos, decisivas nas transformações dos modos de
apropriação dos espaços pelos indígenas e a sua reprodução, na medida em que provocaram alterações
materiais ao limitar os espaços deles com a imposição de áreas demarcadas e restritas para a reprodução de
suas vidas e atacaram suas crenças e tradições, elementos característicos do campo simbólico. Depreendese que esses indígenas foram pressionados a modificar a sua forma de se relacionar com a terra, lutando por
novos espaços de sobrevivência, criando rearranjos territoriais contemporâneos que precisam ser estudados,
adiante.
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