A ESTÉTICA MEMORIALÍSTICA ENQUANTO FONTE NA OBRA A COR DA TERNURA (2018), DE GENI GUIMARÃES

A LITERATURA COMO INSTRUMENTO DE RESSIGNIFICAÇÃO HISTÓRICA DAS PERSONAGENS NEGRAS

Autores

  • Marcio da Silva Oliveira Universidade Estadual de Maringá
  • Matilde Costa Fernandes de Souza Universidade Estadual do Oeste do `Paraná
  • Michele de Fátima Sant'Ana Universidade Estadual do Oeste do `Paraná

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2020v11n1p258

Palavras-chave:

estética memorialística, escrita feminina, crítica feminista, raça e identidade, literatura infantojuvenil

Resumo

Refletimos aqui sobre a importância da escrita feminina enquanto criadora de protagonistas femininas e negras na literatura infantojuvenil e sua representatividade. Acreditamos que na obra de Geni Guimarães (2018), por meio da estética memorialística –enquanto fonte de análise crítica, sociológica e de resistência identitária – encontramos um discurso de valorização da imagem do negro e de respeito à diversidade, à cultura, à história e às tradições desse sujeito e do povo a que representa. Isso leva à reflexão e à formação de um leitor literário consciente quando a ela se tem acesso, contribuindo para a ressignificação do passado e de sua própria vida.

Biografia do Autor

Marcio da Silva Oliveira, Universidade Estadual de Maringá

Doutor em Letras pela Universidade Estadual de Maringá-UEM- Maringá\PR, na área de concentração Estudos Literários: Literatura e Historicidade. Bolsista Capes\Fundação Araucária de Pós-doutorado em Literatura Comparada na Unioeste-Cascavel-PR, sob supervisão do Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck. Integrante do grupo de pesquisa “Ressignificações do passado na América Latina: leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, liderado pelo Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck.

Matilde Costa Fernandes de Souza, Universidade Estadual do Oeste do `Paraná

Mestre em Letras pelo Profletras/Unioeste, Cascavel-PR, docente da Escola Municipal José Henrique Teixeira, Cascavel-PR. Integrante do grupo de pesquisa “Ressignificações do passado na América Latina: leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, liderado pelo Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck.

Michele de Fátima Sant'Ana, Universidade Estadual do Oeste do `Paraná

Mestre em Letras pelo Profletras-Unioeste/Cascavel-PR, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Letras da Unioeste/Cascavel, PR. Docente da Escola Municipal Levino Jorge Weidmann-Santa Tereza do Oeste-PR. Integrante do grupo de pesquisa “Ressignificações do passado na América Latina: leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização”, liderado pelo Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck.

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Publicado

2020-04-27

Como Citar

Oliveira, M. da S., Souza, M. C. F. de, & Sant’Ana, M. de F. (2020). A ESTÉTICA MEMORIALÍSTICA ENQUANTO FONTE NA OBRA A COR DA TERNURA (2018), DE GENI GUIMARÃES: A LITERATURA COMO INSTRUMENTO DE RESSIGNIFICAÇÃO HISTÓRICA DAS PERSONAGENS NEGRAS. EntreLetras, 11(1), 258–275. https://doi.org/10.20873/uft.2179-3948.2020v11n1p258