Edições anteriores

  • DOSSIÊ ROSA PARA ALÉM DAS BORDAS
    v. 14 n. 3 (2023)

    Em 1957, logo após a publicação de Grande sertão: veredas, Antonio Candido, em “Homem dos avessos”, assinalou a respeito do romance: “há de tudo para quem souber ler, e nela tudo é forte, belo, impecavelmente realizado. Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu ofício; mas em cada aspecto aparecerá o traço fundamental do autor: a absoluta confiança na liberdade de inventar”. Conforme assinala o mestre, Guimarães Rosa fez isso de maneira tal que a abrangência temática de suas obras se tornou objeto de estudo em diversos ramos do saber. Partindo dessa perspectiva, o propósito desta edição da Revista EntreLetras foi o de agremiar trabalhos de pesquisadores que se dedicam à investigação da narrativa rosiana e suas relações com outras esferas do conhecimento, de modo a evidenciar que a literatura produzida pelo escritor mineiro interage de forma crítica e criativa com outros saberes, rompendo supostas fronteiras.

    Organizadores:

    Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (UFU)

    Dr. Márcio Araújo de Melo (UFNT)

  • TESTEMUNHOS DO PRESENTE: VÍNCULOS ENTRE ÉTICA E ESTÉTICA
    v. 14 n. 2 (2023)

    Este dossiê buscou atentar para uma escuta ativa aos testemunhos dos dias de hoje, atualizado e repensado para as nossas questões e a partir de nossos espaços. A partir de 2023, em tempos sombrios, ou seja, um contexto de extrema violência, discurso de ódio e fake news, propusemos como perguntas norteadoras:  como se reconfiguram os testemunhos do presente? Quais são os temas e pressupostos? Que testemunhos são contados e, especialmente, ouvidos? Como o conceito se desloca e se configura no tempo presente? A investigação permeada pelo diálogo com essas perguntas, entre outras relacionadas ao tema mais amplo, permitiu abarcar artigos diversos que demonstram a relação entre testemunho, história e/ou memória e obras artísticas, levando em consideração os desdobramentos desse conceito no presente. Os textos que compõem esta publicação partem de testemunhos múltiplos, que envolvem a memória das ditaduras civis-militares do Cone Sul, a crise migratória, a violência de gênero e a luta no campo. Em comum, há uma preocupação em rever o conceito de testemunho, expandir suas possibilidades para outros contextos e sobretudo questionar os seus limites, trazendo-o para o nosso tempo.

     

    Amanda Lacerda de Lacerda (UNICAMP)

    Lua Gill da Cruz (PUC-Rio)

  • DOSSIÊ - GÊNEROS ORAIS NO/DO TRABALHO DOCENTE E NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS
    v. 14 n. 1 (2023)

    A edição, com dossiê organizado pelas professoras Dra. Débora Costa-Maciel (UPE), Dra. Letícia Storto (UENP), Dra. Luzia Bueno (USF) e Dra. Tânia Magalhães (UFJF), apresenta 14 artigos que discutem os GÊNEROS ORAIS NO/DO TRABALHO DOCENTE E NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS. 

    Finalizando o número, na seção Temas Livres, encontram-se dois artigos: o primeiro em semiótica discursiva; o segundo tematizando o neorealismo português na literatura. 

    Agradecemos imensamente às organizadoras dessa edição e a todos e todas que colaboraram com seus trabalhos ou como pareceristas. 

                                                                                                           Cícero da Silva - editor gerente. 

  • Temas Livres
    v. 13 n. 3 (2022)

    Edição de temática livre, sob organização das professoras Dra. Eliane Aparecida Miqueletti (UFGD) e Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFNT). 

  • DOSSIÊ - POÉTICAS E IMAGENS DO CAOS: ÉTICA, ESTÉTICA E POLÍTICA
    v. 13 n. 2 (2022)

     

    Como atuam e são elaboradas as poéticas e imagens do caos? Este é propósito dos textos apresentados neste número da revista EntreLetras. Em um recorte temporal, desde a Segunda Guerra Mundial, passando pelas ditaduras latino-americanas, até chegarem ao momento político atual, os artigos se propõem a pensar como a literatura e as outras artes lidam com o caos, a partir da problematização de questões éticas, estéticas e políticas.

     

    Organizadoras:

    Dra. Rita Lenira de Freitas Bittencourt - UFRGS

    Dra. Nilcéia Valdati - UNICENTRO

     

  • DOSSIÊ LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL: DIÁLOGO ENTRE TEORIA E PRÁTICA
    v. 13 n. 1 (2022)

    A Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), tal como proposta por Michael Halliday (1925-2018), compreende um constructo teórico para a descrição das línguas e, ao mesmo tempo, um instrumental aplicável para auxiliar na resolução de problemas do cotidiano em que a língua é elemento central, promovendo um diálogo entre teoria e prática. Neste dossiê, interessou-nos reunir pesquisas realizadas a partir da abordagem teórico-metodológica da LSF, como também o resultado de investigações que circunscrevem o emprego do arcabouço teórico instaurado na perspectiva sociossemiótica delineada pela visão sistêmico-funcional. 

    A edição traz 24 artigos relativos a essa abordagem teórica, além de 02 artigos de temática livre e 02 produções literárias.

    Agradecemos aos pesquisadores e pareceristas que contribuíram para o sucesso desta edição.

    Organizadoras: 

    Dra. Magda Bahia Schlee (UERJ); Dra. Vilma Nunes da Silva Fonseca (UFNT); Dra. Vania Lúcia Rodrigues Dutra (UERJ)

  • A ARTE LITERÁRIA NA AMÉRICA LATINA COMO VIA DE DESCOLONIZAÇÃO
    v. 12 n. 3 (2021)

    A presente edição, com dossiê pensado desde o espaço de pesquisa do Grupo “Ressignificações do passado na América: processos de leitura, escrita e tradução de gêneros híbridos de história e ficção – vias para a descolonização” da Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE/Cascavel-PR/Brasil procurou reunir estudos que evidenciassem as distintas formas que a arte literária tem encontrado no espaço pós-colonial da América Latina para evidenciar a ainda manutenção de certas ações, empreendimentos e pensamentos colonialistas e as vias necessárias à descolonização.

    ORGANIZADORES: Profa. Dra. María Rosa Lojo (USAL- Buenos Aires/Argentina), Profa. Dra. Marcela Crespo Buiturón (USAL- Buenos Aires/Argentina) e Prof. Dr. Gilmei Francisco Fleck (UNIOESTE/Cascavel-PR/Brasil).

  • FACES DAS DITADURAS EM ROMANCES LATINO-AMERICANOS CONTEMPORÂNEOS
    v. 12 n. 2 (2021)

    Um número expressivo de romances publicados no século XXI tem por foco as ditaduras latino-americanas. No caso brasileiro, essas narrativas propiciam a ruptura do silenciamento instaurado pela Lei de Anistia de 1979, que não puniu os responsáveis por crimes hediondos. Como bem pontua Jeanne-Marie Gagnebin (2006, p. 47), “lutar contra o esquecimento e a denegação é também lutar contra a repetição do horror (que, infelizmente, se reproduz constantemente)”. Sendo assim, é fundamental que não ignoremos nosso passado, em especial o autoritarismo e a violência que ainda persistem. Considerando-se, sobretudo, que “só a literatura é capaz de recriar o ambiente de terror vivido por personagens afetados diretamente pela arbitrariedade, pela tortura, pela humilhação” (FIGUEIREDO, 2017, p. 43), convidamos pesquisadoras e pesquisadores a apresentarem artigos que analisassem narrativas recentes que lançam luz sobre a memória das ditaduras latino-americanas, tentando resguardá-la do apagamento ou da manipulação que o autoritarismo e a repressão se esforçaram para impor, bem como aquelas que evidenciam a história traumática que se estende até os dias atuais. São esses artigos que compõem o presente dossiê, que conta ainda com uma entrevista com a escritora e jornalista Maria Pilla.

    Organizadoras: Dra. Gínia Maria Gomes (UFRGS) e Dra. Cristiane da Silva Alves (UFRGS)

  • ARQUIVO, SUJEITO E MEMÓRIA EM DISCURSOS SOBRE A VIOLÊNCIA NO BRASIL
    v. 12 n. 1 (2021)

    Neste dossiê, voltamos o nosso olhar teórico e analítico para a temática da violência no Brasil, tendo por base diferentes recortes espaciais e temporais. Reunimos artigos científicos, ensaios, entrevistas com análises e problematizações de práticas sociais, cujos efeitos marcam e definem discursos de violência no cenário brasileiro. Como discurso, a violência é alçada à condição de processo discursivo em que a relação entre linguagem, sujeito e história é fundamento. Sendo assim, a violência, em sua espessura discursiva, tem variadas formas sócio-históricas e ideológicas de constituição, de formulação e de circulação na sociedade. Sob diferentes aportes teóricos, o trinômio “arquivo”, “sujeito” e “memória” propõe ao leitor refletir sobre funcionamento dos discursos de e sobre a violência no Brasil.

    Capa: Montagem a partir de colagens de Eliane Testa. 

  • Capa: Luiza Klinke de Melo Araújo

    A DIDÁTICA LITERÁRIA NO S´ÉCULO XXI
    v. 11 n. 3 (2020)

    Organizadores:

    Dra. Neide Luzia de Rezende (USP)

    Dr. Francisco Neto Pereira Pinto (UFNT)

  • NOVAS PESQUISAS SOBRE O PENSAMENTO DE FRANTZ FANON
    v. 11 n. 2 (2020)

    É com imensa satisfação que apresentamos à Revista EntreLetras uma edição especial das Novas Pesquisas sobre o Pensamento de Frantz Fanon organizada pelos professores doutores Lewis Ricardo Gordon, docente do Departamento de Filosofia da University of Connecticut (UCONN) e Rosemere Ferreira da Silva, docente do Departamento de Ciências Humanas- Campus V, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O dossiê trata da relevância do pensamento do intelectual martinicano para o pensamento contemporâneo. Os artigos publicados problematizaram as diferentes dimensões da atuação de Frantz Fanon enquanto escritor, médico, ativista e, sobretudo, intelectual revolucionário. Para além disso, os ensaios descrevam, uma pedagogia de investigação científica fundamentada no conhecimento dos significados que os textos de Fanon apresentam na linha temporal entre o “ontem” e o “hoje”. Os colaboradores, dessa edição especial, articularam em seus textos estudos críticos direcionados à singularidade do projeto intelectual de Frantz Fanon, com ênfase à trajetória do autor por justiça e liberdade humana.

    Além dos 10 trabalhos do dossiê, compõem a edição 7 artigos organizados na seção Temas Livres, 1 entrevista e poemas. 

    Agradecemos a todo(a)s que contribuíram para o sucesso desta edição. 

    Arte da capa: Giuliana Almeida

  • LITERATURA E HISTÓRIA
    v. 11 n. 1 (2020)

    Apresentamos mais uma edição da EntreLetras, finalizada nesse triste momento da história do país, quando se expande abruptamente a contaminação pelo COVID-19 e a democracia se acha explicitamente ameaçada. Enfermeiros que protestavam neste Dia Trabalho, em Brasília, foram agredidos por negacionistas enfurecidos: a ciência não é bem-vinda por terraplanistas e similares. Diante de um verdadeiro caos institucional, o Brasil se acha dilacerado, com um destino bastante incerto. Nesta semana, tivemos a notícia do corte de bolsas de iniciação científica para as ciências humanas e a não regulamentação da profissão de historiador. Apesar de tudo, confinados, ameaçados, agredidos, desqualificados, prosseguimos com lives de cunho acadêmico, aulas e bancas por videoconferência, pesquisas e publicações. Há uma intensa produção que dribla a quarentena e nos põem em diálogo, encontrando caminhos para resistência política, teórica e, também, poética.

    Por isso mesmo, comemoramos esta nova edição, produto de um bom trabalho que contou com grandes parceiros: os autores que assinam os 31 artigos e as 06 produções literárias de prosa e poesia, pareceristas, revisores, editores. Em especial, agradecemos aos pesquisadores que organizaram o dossiê de Literatura e História, César Alessandro Sagrillo Figueiredo (UFT) e Gilmei Francisco Fleck (UNIOESTE). Mais do que nunca, a arte da palavra se alia ao trabalho da memória. É preciso narrar para não esquecer; é necessário narrar para resistir.

  • Capa da edição v. 10, n. 2, 2019, com 3 digigravuras de Alixa, 2011

    LITERATURA E ENSINO: CAMINHOS RECENTES ENTRE CRÍTICA, TEORIA, LITERATURA E LEITORES
    v. 10 n. 2 (2019)

    Sabemos que as discussões acerca do espaço da literatura na escola não são recentes. Basta uma breve pesquisa para encontrar textos, datados desde a década de 70, de autoria de pesquisadoras como Regina Zilberman, Marisa Lajolo, Glória Bordini, Lígia Chiappini, dentre outras, que já sinalizavam a difícil relação entre literatura e escola. Nos últimos anos, entretanto, essa discussão esteve mais acalorada, especialmente depois da publicação de textos de teóricos conhecidos nos estudos literários, como Tveztan Todorov e Antoine Compagnon que, ao tratarem da realidade francesa, parecem ter diminuído a obnubilação que atingia os meios acadêmicos nesta área. Difindiram-se artigos, dossiês em revistas acadêmicas, eventos com discussões. Vale destacar nesse processo a importância do Mestrado Profissional em Letras - PROFLETRAS - cujas produções muito alavancaram a formação continuada dos docentes e dos estudantes do programa. 

    O dossiê que ora apresentamos pretende abarcar essas discussões a partir de um eixo básico: as relações entre literatura, teoria e crítica no ensino, no universo da formação inicial e da escola básica. 

    Organizadores: Dra. Ana Crélia Penha Dias (UFRJ); Dr. Márcio Araújo de Melo (UFT)

  • Dossiê Estudos Linguísticos na Amazônia Brasileira. Ilustração de Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira

    Estudos Linguísticos na Amazônia Brasileira
    v. 10 n. 1 (2019)

    A presente edição da EntreLetras, Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), câmpus de Araguaína, traz como dossiê a temática dos “Estudos Linguísticos na Amazônia Brasileira”. A elaboração dessa edição especial resultou de uma proposta do Grupo de Trabalho da ANPOLL “Estudos Linguísticos na Amazônia Brasileira”, cujo objetivo é aproximar, divulgar e fortalecer a pluralidade de abordagens teóricas, práticas e metodológicas empreendidas pelos Programas de Pós-Graduação localizados no que se compreende como Amazônia Legal. Nesta região onde o fazer científico encontra grandes desafios – avolumados com as ameaças de cortes para universidades e redução de bolsas para pesquisadores, como resultado de políticas traduzidas até então pelo eufêmico termo “contingenciamento” – são realizados estudos que tocam de perto a questões relevantes para a compreensão de diferentes perspectivas dessa vasta faixa territorial. Aqui se abrigam heterogêneas paisagens, mas sobretudo culturas, povos e línguas. 

    Além dos textos 13 organizados no dossiê pelas professoras Dra. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFT) e Dra. Leandra Inês Seganfredo Santos (UNEMAT), esta edição traz 9 artigos nas áreas dos estudos linguísticos e literários, que foram incluídos na seção Temas Livres.  Três contos com diferentes poéticas contribuíram para a qualidade da seção Produções Literárias.

    Agradecemos a todos os pesquisadores e pesquisadoras que se somaram para o sucesso deste novo volume da EntreLetras, com atenção especial às organizadoras do dossiê temático e aos pareceristas. 

    A gravura da capa (sem título, 2019) é de autoria do pesquisador e artista plástico Dr. Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira (UFT).

     

     

  • Foto Luiza Silva, 2016

    Dossiê `ProfLetras II
    v. 9 n. 3 (2018)

    Conforme anunciamos na última edição da EntreLetras, excepcionalmente organizamos em 2018 três edições, em função do volume de trabalhos submetidos para o dossiê dedicado ao Programa de Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (ProfLetras). Além dos 12 artigos do Dossiê, contamos com 07 produções que destinamos para a seção Temas Livres, 01 para a seção de Entrevistas e 05 poemas para Produção Literária.

                Se finalizamos o v. 9, n. 2, a poucos minutos do final das eleições presidenciais de 2018, agora o fazemos nos primeiros dias de uma contraditória gestão que inquieta pesquisadores e educadores brasileiros. Assistimos estarrecidos a críticas a intelectuais como Paulo Freire e Magda Soares, obscuras promessas de alteração nos rumos Exame Nacional do Ensino Médio, preocupantes indicações para o MEC, anúncios de revisionismo nos livros didáticos que tratam dos anos da ditadura militar, enquanto professores são insistentemente demonizados pelos grupos que assumiram o poder, responsabilizados ora por uma pretensa “doutrinação marxista”, ora pela “ideologia de gênero”, ora pelos mal resultados atribuídos exclusivamente à sua performance. Em termos semióticos, podemos pensar que os professores são apresentados como verdadeiros anti-sujeitos, numa vigorosa narrativa que se agrava com fakenews, enquanto se defende com veemência que a ciência deveria se apresentar subserviente à religião. Diante desse quadro, resistimos como docentes e pesquisadores que se voltam para refletir sobre a prática docente e encontrar saídas para o ensino de língua e literatura na educação básica. É esse o principal compromisso do ProfLetras e é para ele que se orientam os trabalhos que abrem esta nova edição. Agradecemos a todos os pesquisadores que nos enviaram seus trabalhos, aos membros do conselho editorial e pareceristas ad hoc e, em especial aos nossos leitores.

  • PROFLETRAS E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E LITERATURA
    v. 9 n. 2 (2018)

               

    DOSSIÊ: O PROFLETRAS E A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA E LITERATURA

     

                O PROFLETRAS completa seus primeiros anos e vai colhendo os frutos do muito que vem sendo produzido no âmbito do Programa. Criado mediante uma demanda da CAPES junto à Área Letras/Linguística – hoje, Linguística/Literatura –, conta com a mobilização de dezenas de universidades públicas e centenas de professores e pesquisadores para o compromisso com um projeto nacional que visa à qualificação de docentes que atuam no Ensino Fundamental, privilegiando como resultados saberes sobre a prática relativa ao ensino de língua e literatura.

    Como programa em rede nacional, demanda a construção de afinidades, diálogo sobre perspectivas, teorias, metodologias, incidindo por deliberações que abarcam todo o conjunto a abrigar universidades nas 5 regiões do país.  Há um enorme esforço que atesta a unidade e a identidade do programa, mas sem ferir a autonomia e a heterogeneidade das pesquisas e trabalhos desenvolvidos. E há, sobretudo, a urgência de produção de saberes novos, na medida em que muitos dos docentes que atuam no programa tiveram que reinventar suas pesquisas e interesses de estudo para atenderem pela primeira vez às especificidades do ensino de língua e literatura. Nesse esforço, não é possível trilhar o caminho fácil da mera aplicação de uma teoria para uma situação da prática: a prática exige movimentos da teoria, traz problemas e perspectivas não pensadas e encaminha o sujeito para uma dimensão mais inter, trans ou ainda indisciplinar.

                Diante disso, a EntreLetras, para sua edição de 2018.2, convidou pesquisadores que atuam no âmbito do ProfLetras para colaborarem com artigos, resenhas e ensaios que tematizam a prática de ensinar e aprender língua e literatura, compartilhando suas experiências acadêmicas para evidenciar as especificidades do que esse programa propõe para as demandas da educação básica em nível nacional.

                A presente edição resulta dessa grande partilha. Recebemos em torno de 120 trabalhos, submetidos ao processo de avaliação pelos pares. Os textos aprovados estão sendo organizados em dois números: o primeiro deles publicado neste volume de outubro de 2018; o segundo com previsão de publicação em dezembro do corrente ano.

    Como se poderá constatar, há uma diversidade de objetos de investigação, de percursos teóricos, de projetos desenvolvidos, de perspectivas assinaladas. A unidade do ProfLetras se constitui pela heterogeneidade, que adensa e complexifica a compreensão de um projeto construído coletivamente.

                Agradecemos aos autores que compartilharam conosco suas produções, contribuindo para a qualidade da edição que traz 21 artigos no Dossiê ProfLetras, 6 artigos na seção Temas Livres e 4 produções literárias. Agradecemos ainda a todos os membros do Conselho Editorial, Conselho Gestor do ProfLetras e muitos pareceristas ad-hoc que trabalharam conosco num grade esforço conjunto, assim como ao secretário do ProfLetras Nacional, John Lennon, pela arte da capa.

                Desejamos, enfim, a todos e a todas excelentes leituras e reflexões.

     

    Araguaína e Natal, 28 de outubro de 2018, num momento de grande luta pela democracia.

    Porque acreditamos nas flores vencendo o canhão.

     

    Dra. Maria da Penha Casado Alves (UFRN), Dra. Sulemi Fabiano Campos (UFRN), Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT) - Organizadoras

  • EDIÇÃO ESPECIAL: A PRODUÇÃO INTELECTUAL DE LEWIS RICARDO GORDON
    v. 9 n. 1 (2018)

    A Revista EntreLetras apresenta uma edição especial dedicada à produção intelectual do filósofo contemporâneo Lewis Ricardo Gordon. Lewis Gordon atua nas áreas da filosofia africana, filosofia das ciências humanas e da vida, filosofia da existência, filosofia da libertação, filosofia da educação, filosofia da religião, teoria social e política, teorias de raça e racismo e pensamento pós-colonial. Possui uma significativa produção acadêmica sobre raça, racismo, fenomenologia pós-colonial, estudos africanos e existencialismo negro e é especialista na discussão do pensamento de intelectuais como W. E. B. Du Bois e Frantz Fanon. 

    Coordenação do dossiê: Profa. Dra. Rosemere Ferreira da Silva - Universidade do Estado da Bahia (UNEB) - Brasil

    Edição dos artigos em Língua Inglesa e da entrevista concedida: Profa. Dra. LaRose T. Parris - LaGuardia Community Colege/CUNY - EUA

     

     

     

  • Imagens do mercado de Araguaína.

    A formação do Professor de Línguas na Contemporaneidade: Cenários, Desafios e Perspectivas
    v. 8 n. 2 (2017)

                                                                                                         Compositor de destinos

                                                                                                         Tambor de todos os ritmos

                                                                                                         Tempo, tempo, tempo, tempo

                                                                                                         Entro num acordo contigo

                                                                                                                   Caetano Veloso, Oração ao tempo

     

    Em sua bela composição Oração ao Tempo, Caetano Veloso retoma a perspectiva do tempo como um deus a ser louvado para garantir as benesses da continuidade, a duração do sujeito, oferecendo em troca os elogios, a repetição do estribilho. Enquanto inscrever-se sob a dimensão do contínuo da vida, o sujeito pode e dispõe-se a cantar, inclusive, manifestações de apreço a essa divindade. Encontra-se aí implicada a negociação sob forma de oração, comprometendo as partes, ainda que o poeta remeta à ideia de um acordo sob sigilo, a um indeterminado “aquilo”. Dizer, não dizer, seduzir, encantar, negociar, demandar... O que pode a linguagem enquanto estamos inseridos na ordem do tempo, esse compositor de destinos e tambor de todos os ritmos?

    Quando pensamos no texto de apresentação desta edição da EntreLetras, principiamos por refletir sobre a dimensão do tempo. São já oito anos de uma publicação que se inicia concomitantemente à criação do Programa de Pós-graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura da Universidade Federal do Tocantins (PPGL/UFT), a que a EntreLetras se vincula. Reconhecemos que chegar a esta edição só nos foi possível pela dedicação dos editores que nos antecederam e pela intensa colaboração de muitos parceiros, pesquisadores e escritores que nos confiaram seus textos, membros do conselho e do comitê editorial, pareceristas ad hoc, colegas que nos auxiliam da divulgação dos trabalhos e os preciosos leitores. São muitas mãos que se unem para a consolidação da revista, que ora se apresenta com seu maior volume de trabalhos aprovados dentre um expressivo número de textos submetidos à avaliação. Para esse resultado, foi necessária a manutenção de um ritmo forte, concatenado com muitos gestos. Louvamos então o tempo conquistado e os muitos compositores dessa jornada.  

    Inicialmente, a edição conta com um dossiê coordenado pelas professoras Dra. Patrícia Fabiana Bedran (UNESP/IBILCE) e Dra. Selma Maria Abdalla Dias Barbosa (UFNT): A formação do Professor de Línguas na Contemporaneidade: Cenários, Desafios e Perspectivas. Estão aqui reunidos trabalhos científicos realizados por pesquisadores na área de educação de professores que atuam em diferentes universidades públicas do país (UEM/UFG/UESC/UFNT/UNEMASUL/UNESP/UFMS), de forma a contemplar, nessa diversidade de contextos e pesquisas, diferentes cenários, desafios e perspectivas sobre a difícil e necessária tarefa que é formar o professor de língua na contemporaneidade.

    Compõem o dossiê 13 artigos que revelam a pertinência do tema em questão ao trazerem para discussão questões atuais e urgentes sobre a formação do professor e o processo de ensinar e aprender língua, tais como: (i) sentido, afetividade, emoções e crenças no processo de ensino e aprendizagem de línguas; (ii) ensino de língua e formação mediados por novas tecnologias da informação e comunicação, (iii) (re)construção de identidade do professor; internacionalização e formação do professor; (iv) metodologia de  ensino e aprendizagem de línguas e formação do professor e, por fim, (v) materiais didáticos e o ensino de línguas.

    Além do dossiê, a edição contempla 10 artigos sob problemáticas diversas da Área de Línguística e Literatura, incluídos na seção Temas Livres, a que se somam 1 ensaio, 2 resenhas e 6 produções literárias. 

     

     

  • Reconciliação, escultura de Josefina de Vasconcellos (1977), em fotografia de Vanda Maria Sousa (2017)

    Dossiê: Estudos literários
    v. 8 n. 1 (2017)

    A edição 2017.1 da EntreLetras privilegia em sua seção dossiê a temática da literatura. As contribuições orientam-se para discussões atuais sobre os estudos literários: a. a criação poética; b. teorias que envolvem o texto literário; c. trânsito e migração sobre o literário; d. ensino de literatura e práticas oficiais ou não do formação do leitor de literatura.

    Coordenação do dossiê: Dra. Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha (UFU); Dr. Silvio Augusto Oliveira Holanda (UFPA); Dr. Márcio Araújo de Melo (UFT).

  • Dossiê Semiótica e Ensino
    v. 7 n. 2 (2016)

    Esta edição da EntreLetras traz em seu dossiê cinco textos de semioticistas que se voltam para discussões em torno da questão didática. Resulta de um esforço do Grupo de Estudos do Sentido - Tocantins (GESTO) para divulgação junto a pesquisadores brasileiros de trabalhos publicados em francês, a partir do final dos anos 70. 

    Sob temáticas diversas, encontram-se 12 textos distribuídos nas seções Artigos, Ensaios e Temas Livres.  

    Tivemos ainda uma grande submissão de produções literárias, com destaque para a poesia. Entre os poetas que participam deste n´úmero encontra-se Pedro Tierra. 

  • Temática Livre
    v. 7 n. 1 (2016)

    É com grande satisfação que apresentamos a nova edição da Revista EntreLetras, de temática livre, com doze artigos e uma resenha, além de um significativo número de produções literárias, que incluem prosa e poesia.

    Estamos atuando para uma reformulação da EntreLetras, a partir desse momento contando com maior número de membros externos no Comitê Editorial, composto por pesquisadores nacionais de universidades das cinco regiões do país, e ainda quatro pesquisadores estrangeiros de distintas filiações teóricas. A partir deste momento, a revista passa a receber artigos em fluxo contínuo e se abre para a publicação de trabalhos originais em inglês, francês e espanhol. Em breve teremos também um novo layout para a capa e um logo, que acreditamos serem importantes para caracterizar a identidade desta revista que entra já no seu sétimo ano de existência, zelando por manter a regularidade das publicações e o rigor na avaliação dos trabalhos.

  • O que pode a literatura?
    v. 6 n. 2 (2015)

    O Dossiê “O que pode a literatura e suas diferentes interfaces: mediações e olhares”, publicado nesta edição da EntreLetras, é fruto da “I Jornada de literatura, artes e ensino”, realizada nos dias 25 de 26 de abril de 2016, na Universidade Federal do Tocantins. O dossiê, organizado pelas docentes Eliane Testa, Janete Santos e Luiza Silva já em seu título anuncia um questionamento reflexivo relativo à literatura e suas diferentes interfaces. Desse modo, reúne discussões que perspectivam distintas mediações e olhares acerca das problemáticas que envolvem a literatura e outras lingaugens. Onúmero abre vias para a construção de variados diálogos e inter-relações, considerando que os sentidos se dão dentro de uma pluralidade de pontos de vista e saberes.

    Além dos textos do dossiê, o leitor encontrará artigos de temática livre e uma bela seção dedicada à produção literária. 

  • Dossiê Ensino de Literatura nas Orientações Curriculares do Ensino Médio
    v. 6 n. 1 (2015)

    DOSSIÊ ENSINO DE LITERATURA NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO

     

    O dossiê traz trabalhos com diferentes perspectivas sobre a temática, considerando convergências, dissensões e afastamentos, com artigos que se pautam pelo letramento literário e contribuições diversas da literatura, mas também os que se estruturam por sua natureza interdisciplinar advindos do diálogo com estudos culturais, linguísticos e sociologia. Em comum, ressaltam-se a identificação de aspectos conflitantes entre o que preconizam os documentos que subsidiariam a prática didática e o que efetivamente se materializa no ensino de literatura e nos livros didáticos.

    Organização:

    Dr. Márcio Araújo de Melo (UFT)

    Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT)

    Dr. Francisco Neto Pereira Pinto (UFT)

  • DOSSIÊ CONTRIBUIÇÕES SOBRE A GRAMÁTICA NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA
    v. 5 n. 2 (2014)

    Organizadores:

    Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira

    Janete Silva dos Santos

  • DOSSIÊ LEITURA E FORMAÇÃO DE LEITORES
    v. 5 n. 1 (2014)

    Dossiê organizado pela profa. Dra. Valéria da Silva Medeiros (UFNT). 

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