SUPORTE ORGANIZACIONAL E OPORTUNIDADE DE ALCANCE DOS VALORES PESSOAIS NO TRABALHO SOB A PERSPECTIVA DE BANCÁRIOS

Autores

  • Marcela Giuliani Denardin Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Luis Felipe Dias Lopes Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Nuvea Kuhn Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Beatriz Leite Gustmann de Castro Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
  • Denise Johann Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

DOI:

https://doi.org/10.20873/2526-1487e023014

Palavras-chave:

Gênero, Suporte Organizacional, Trabalho, Valores Pessoais

Resumo

Este estudo tem como objetivo realizar um comparativo de gênero no que diz respeito à Percepção do Suporte Organizacional e à Oportunidade de Alcance dos Valores Pessoais no Trabalho para bancários. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com uma abordagem quantitativa. Utilizou-se o protocolo de pesquisa composto pela Escala de Percepção de Suporte Organizacional (EPSO-R) de Queiroga, Brandão e Borges Andrade (2015), e pela Medida de Oportunidades no Trabalho (MOT) de Paschoal (2008). Os instrumentos foram aplicados para uma amostra de 144 trabalhadores do setor bancário. Os principais resultados encontrados apontam que o suporte organizacional dos respondentes foi mediano e adequado, enquanto que a percepção da oportunidade no trabalho dos respondentes foi de mediana para alta. Embora não houvesse diferenças estatisticamente significativas entre os gêneros, os homens perceberam maior suporte organizacional em relação às mulheres na maior parte dos fatores. Observou-se que o gênero não foi uma variável comparável na relação entre a oportunidade de alcance dos valores pessoais no trabalho e a percepção de suporte organizacional, para este estudo em específico.

Biografia do Autor

Marcela Giuliani Denardin, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal de Santa Maria. Mestra em Administração. Graduada em Direito.

Av. Roraima, 1000 - 4303 - Cidade Universitária, Santa Maria - RS, Brasil

Luis Felipe Dias Lopes, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal de Santa Maria. Professor na Universidade Federal de Santa Maria. Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas. Mestre em Engenharia de Produção.

Nuvea Kuhn, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Professora no Instituto Federal Farroupilha. Mestra em Desenvolvimento e Políticas Públicas. Graduanda em Administração.

Beatriz Leite Gustmann de Castro, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Doutora em Administração. Mestra em Desenvolvimento Regional.

Denise Johann, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Universidade Federal de Santa Maria. Mestra em Administração. Graduada em Ciências Econômicas.

Referências

Andrade, Á. L. S., Cappelle, M. C. A., Brito, M. J. D., Paula Neto, A. D., & Vilas Boas, L. H. D. B. (2002). Gênero nas organizações: um estudo no setor bancário. RAE eletrônica, 1, 1-15.

Antunes, R., & Alves, G. (2004). As mutações no mundo do trabalho na era da mundialização do capital. Educação & Sociedade, 25, 335-351.

Arya, N., & Kwatra, S. (2020). Workstation assessment and suggestions to optimize comfort level for banks employees in Udham Singh Nagar district. Pharma Innov. J., 9(8), 96-101.

Barbosa, A. L. N. D. H., Costa, J. S. D. M., & Hecksher, M. D. (2020). Mercado de trabalho e pandemia da covid-19: Ampliação de desigualdades já existentes? In: Mercado de trabalho: conjuntura e análise, n. 69, p. 55-63, Brasília, IPEA.

Batista, M. S., Araújo, F. S., Laricchia, C. R., & Nepomuceno, V. A. (2018). Aspectos das influências do gênero nas relações de trabalho de engenheiras de produção formadas numa instituição federal. Revista Tecnologia e Sociedade, 14(32).

Beltramini, L. D. M., Cepellos, V. M., & Pereira, J. J. (2022). Mulheres jovens, “teto de vidro” e estratégias para o enfrentamento de paredes de cristal. Revista de Administração de Empresas, 62.

Biswas, B., & Banu, N. (2023). Economic empowerment of rural and urban women in India: A comparative analysis. Spatial Information Research, 31(1), 73-89.

Braga, N. L., de Araújo, N. M., & Maciel, R. H. (2019). Condições do trabalho da mulher: Uma revisão integrativa da literatura brasileira. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 21(2).

Brandão, H. P. (2009). Aprendizagem, contexto, competências e desempenho: um estudo multinível. Tese (Doutorado em Psicologia) - Universidade de Brasília, Brasília.

Buitendijk, S., Curry, S., & Maes, K. (2019). Equality, diversity and inclusion at universities: the power of a systemic approach. LERU Position Paper.

Camilo, J., Fortim, I., & de Souza Cruz, M. T. (Eds.). (2021). Gestão de pessoas: práticas de recrutamento e seleção por competências. Editora Senac São Paulo.

Cappellozza, A., Crispim, I. A. S., Venelli-Costa, L., & dos Santos Claro, J. A. C. (2021). Relações entre percepção de justiça, suporte organizacional, defesa da imagem e intenção de rotatividade. Revista de Carreiras e Pessoas, 11(3).

Cardoso, H. F., Forlini, J. B., & Dias, J. P. (2019). Clima e suporte organizacional: avaliação e relação entre as temáticas. CES Psicología, 12(2), 65-82.

Carvalho Neto, A. M. D., Tanure, B., & Andrade, J. (2010). Executivas: carreira, maternidade, amores e preconceitos. RAE eletrônica, 9.

Castro, G. D. O. (1999). Um modelo integrado de avaliação do impacto do treinamento no trabalho-IMPACT. (Tese) Doutorado em Psicologia, Universidade de Brasília, p. 262.

Collins, P. H., & Bilge, S. (2021). Interseccionalidade. Boitempo Editorial.

Curtin, J., Kerby, M., & Dowding, K. (2023). Sex, gender, and promotion in executive office: Cabinet careers in the world of Westminster. Governance, 36(1), 233-254.

David, C. S. (2022). Desigualdades de Género no Mercado de Trabalho (Doctoral dissertation). Universidade de Beira Interior, Portugal.

Eisenberger, R., Huntington, R., Hutchison, S. e Sowa, D. (1986) Apoio Organizacional Percebido. Jornal de Psicologia Aplicada, 71, 500-507.

Eisenberger, R., & Stinglhamber, F. (2011). Perceived organizational support: Fostering enthusiastic and productive employees. American Psychological Association.

Emídio, T. S., & Castro, M. F. D. (2021). Entre Voltas e (Re) voltas: um Estudo sobre Mães que abandonam a Carreira Profissional. Psicologia: Ciência e Profissão, 41.

Estivalete, V. D. F. B., & Andrade, T. D. (2012). A influência dos valores organizacionais na percepção de suporte organizacional com base na concepção dos colaboradores do setor bancário. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 13, 214-244.

Federação Brasileira de Bancos. (2020). Relatório anual de 2020. https://cmsarquivos.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Febraban_RA_2020_final.pdf

Fernandes, C. M., Siqueira, M. M. M., & Vieira, A. M. (2014). Impacto da percepção de suporte organizacional sobre o comprometimento organizacional afetivo: o papel moderador da liderança. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 8(4), 140-162.

Fonseca, K. A. D. C. (2019). O Clima Organizacional e as doenças ocupacionais de servidores públicos. [Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação/Administração Educacional]. Instituto Politécnico de Santarém (Portugal).

Formiga, N. S., Paula, N. H. M. M., & Silva, A. K. L. (2022). Suporte organizacional e danos relacionados ao trabalho: um estudo correlacional com trabalhadores brasileiros. Revista de Carreiras e Pessoas, 12(2), 280-302.

Freitas, M. E. D. (2001). Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações. Revista de administração de Empresas, 41, 8-19.

Gama, E. da S., de Oliveira, H. A. L., Lopes, J. F., de Jesus, L. G., & Fernandez, K. V. (2020). Análise ergonômica do trabalho em serviços de manutenção de terminais de autoatendimento. Brazilian Journal of Development, 6(2), 7801-7813.

Garçon, M. M., Nassif, V. M. J., & Lima, T. J. S. D. (2022). Individual social entrepreneurial orientation in Brazil: measurement and the predictive role of personal values and attitude toward social change. Journal of Entrepreneurship in Emerging Economies, 14(2), 340-360.

Gomes, S. C. (2019). Inter-Relações entre Valores Pessoais e Valores Laborais de Jovens Universitários na Cidade de São Paulo. Revista Administração em Diálogo-RAD, 21(1), 99-121.

Hair, J., Babin, B., Money, A., & Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Bookman Companhia Ed.

Hirata, H. (2015). Mudanças e permanências nas desigualdades de gênero: divisão sexual do trabalho numa perspectiva comparada. Friedrich Ebert Stiftung Brasil, 7.

Hirata, H., & Kergoat, D. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de pesquisa, 37, 595-609.

Hirata, H., & Kergoat, D. (2021). Atualidade da divisão sexual e centralidade do trabalho das mulheres. Revista de Ciências Sociais-Política & Trabalho, [SL], (53), 22-34.

Hryniewicz, L. G. C., & Vianna, M. A. (2018). Mulheres em posição de liderança: obstáculos e expectativas de gênero em cargos gerenciais. Cadernos Ebape. BR, 16, 331-344.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Estatística de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/genero/20163-estatisticas-de-genero-indicadores-sociais-das-mulheres-no-brasil.html

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2021). Conjuntura e análise. Boletim Mercado de Trabalho, 27(71).

James, R., Fisher, J. R., Carlos-Grotjahn, C., Boylan, M. S., Dembereldash, B., Demissie, M. Z., ... & Butt, N. (2023). Gender bias and inequity holds women back in their conservation careers. Frontiers in Environmental Science, 10, 2644.

Lazzaretti, K., Piekas, A. A. S., & Julkovski, D. J. (2019). Características dos conselhos de Administração e desempenho das firmas brasileiras de capital aberto. Revista Gestão Organizacional, 12(3).

Lundberg, S., & Stearns, J. (2019). Women in economics: Stalled progress. Journal of Economic Perspectives, 33(1), 3-22.

Merma-Molina, G., Ávalos-Ramos, M. A., & Martínez Ruiz, M. Á. (2022). Gender stereotypes: persistence and challenges. Equality, Diversity and Inclusion: An International Journal, 41(7), 1112-1135.

Mishra, P. (2023). Evaluating the Degree of Awareness of Social Security Measures and the Challenges Faced by Women Workers in the Informal Sector of Jharkhand. Indian Journal of Human Development.

Moreira, G. E., Oliveira, M. A. M., Lopes, A. V., & Pantoja, M. J. (2018). Concepção de suporte organizacional e intenção de rotatividade com base na literatura. Sociedade e Cultura, 21(1), 219-231.

Nery, F. C. S. (2022). Desafios da equidade de gênero na área tributária: a representatividade de mulheres nas mais altas posições em organizações brasileiras. [Dissertação de Mestrado em Gestão e Negócios]. Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Brasil).

Noland, M., Moran, T., & Kotschwar, B. R. (2016). Is gender diversity profitable? Evidence from a global survey.

Peterson Institute for International Economics Working Paper.

Oliveira, H. C. C., Paula, N. H. M. M., da Silva Barreto, L. K., Formiga, N. S., & da Silva, A. K. L. (2021). Estudo correlacional entre suporte organizacional, danos relacionados ao trabalho e qualidade de vida em trabalhadores brasileiros. Research, Society and Development, 10(8).

Oliveira, V. M. C., & Wichmann, R. M. (2022). Desigualdade de gênero no Brasil: uma análise das diferenças salariais e estrutura hierárquicas nas instituições financeiras em 2020. Revista Debates em Economia Aplicada–REDEA, 2(4).

Paschoal, T. (2008). Bem-estar no trabalho: relações com suporte organizacional, prioridades axiológicas e oportunidades de alcance de valores pessoais no trabalho. Tese de Doutorado.

Paschoal, T., Torres, C. V., & Porto, J. B. (2010). Felicidade no trabalho: relações com suporte organizacional e suporte social. Revista de Administração Contemporânea, 14, 1054-1072.

Perrone, C. M., dos Santos, A. S., & Dias, A. C. G. (2018). “As cobranças são pesadas, a gente sofre muita pressão”: as metas na vida de bancários. Trabalho (En) Cena, 3(2), 44-64.

Perrot, M. (2017). Os excluídos da história: operários, mulheres e prisioneiros. Editora Paz e Terra.

Pinno, B., Massocatto, M., Grave, F., & Battisti, J. (2019). Mulheres nas Instituições Financeiras: Pesquisa sobre Equidade de Gênero na Hierarquia Empresarial. Revista Mundi: Sociedades e Humanidades. Curitiba, PR, 4.

Queiroga, F. (2009). Seleção de pessoas e desempenho no trabalho: um estudo sobre a validade preditiva dos testes de conhecimentos. [Tese de Doutorado em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações]. Universidade de Brasília (Brasil).

Queiroga, F., Brandão, H. P., & Borges-Andrade, J. E. (2015). Escala de percepção de suporte organizacional–versão reduzida. In: Puente-Palacios, K. & Peixoto, A.L.A. (Org.), Ferramentas de diagnóstico para organizações e trabalho: um olhar a partir da psicologia. Porto Alegre: Artmed, 272-283.

Rocha-Coutinho, M. L. (2007). Família e emprego: conflitos e expectativas de mulheres executivas e de mulheres com um trabalho. In T. Féres-Carneiro (Org.), Família e Casal: Saúde, trabalho e modos de vinculação (pp. 203-228). Casa do Psicólogo.

Romariz, S. B., Votre, S. J., & Mourão, L. (2012). Representações de gênero no voleibol brasileiro: a imagem do teto de vidro. Movimento, 18(4), 219-237.

Rynes, S. L., Gerhart, B., & Parks, L. (2005). Personnel psychology: Performance evaluation and pay for performance. Annu. Rev. Psychol., 56, 571-600.

Santos, B. R. P., Ottonicar, S. L. C., de Souza, L. P. P., & Damian, I. P. M. (2018). A questão de gênero como diversidade cultural nas empresas: impactos das mulheres e LGBT’s na gestão do conhecimento. REVES-Revista Relações Sociais, 1(3), 0429-0445.

Schmiliver, A. L., Teixeira, M. S., Brandão, M. D., Andrade, V. D., & Jucá, M. N. (2019). A presença de mulheres cria valor às empresas? Revista Pretexto, 83-97.

Schönthaler, E. M., Hofer, G., Grinschgl, S., & Neubauer, A. C. (2022). Super-men and wonder-women: the relationship between the acceptance of self-enhancement, personality, and values. Journal of Cognitive Enhancement, 6(3), 358-372.

Schwartz, S. H. (1992). Universals in the content and structure of values: Theoretical advances and empirical tests in 20 countries. In Advances in experimental social psychology (Vol. 25, pp. 1-65). Academic Press.

Silva, P., Rodrigues, F., Andrade Neto, A., & Queiroz, S. D. (2018). Mulheres bancárias no mercado de trabalho brasileiro. Revista da ABET (ONLINE), 17, 135-153.

Sinha, C. (2020). Women in the Bahrain Financial Sector: Opportunities, Challenges and Strategic Choices. Social Change, 50(1), 44-60.

Siqueira, M. M. M. (2005). Esquema mental de reciprocidade e influências sobre afetividade no trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), 10, 83-93.

Soraggi, F., & Paschoal, T. (2011). Relations between work well-being, personal values and opportunities of achieving personal values at work. Estudos e Pesquisas e Psicologia, 11(2), 614-632.

United Nations. (2020). Gender equality: Why it matters. https://www.un.org/sustainabledevelopment/wp-content/uploads/2016/08/5_Why-It-Matters-2020.pdf

Williamson, S., Carson, L., & Foley, M. (2020). Representations of new public management in Australian public service gender equality policies. Equality, Diversity and Inclusion: An International Journal, 39(2), 235-250.

Women’s Empowerment Principles. (2020). Companies. https://www.weps.org/companies

Downloads

Publicado

2023-10-06

Como Citar

Denardin, M. G., Lopes, L. F. D., Kuhn, N., Castro, B. L. G. de, & Johann, D. (2023). SUPORTE ORGANIZACIONAL E OPORTUNIDADE DE ALCANCE DOS VALORES PESSOAIS NO TRABALHO SOB A PERSPECTIVA DE BANCÁRIOS. Trabalho (En)Cena, 8(Contínuo), e023014. https://doi.org/10.20873/2526-1487e023014

Edição

Seção

Artigo de Pesquisa