Um olhar sobre a formação do aluno com doença falciforme

Autores

  • Welma Cirqueira Cavalcante Rodrigues Universidade Federal do Tocantins
  • Carla Simone Seibert Universidade Federal do Tocantins
  • kellen Lagares Ferreira da Silva Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2017v4n1p86

Resumo

A doença falciforme engloba um grupo de anemias hemolíticas hereditárias, de origem afrodescendente, que altera a forma dos glóbulos vermelhos do sangue, mudando sua forma elíptica para a de foice, quando em crise. As pessoas com doença falciforme podem apresentar crises frequentes o que prejudica as suas atividades sociais, incluindo às escolares. Com vistas a isso, a proposta do presente trabalho foi o de avaliar a importância da escola para o desenvolvimento intelectual e social do aluno com doença falciforme. Foi aplicado questionário semiestruturado para os alunos com doença falciforme e suas mães, professores, coordenadores e diretores de duas escolas estaduais do município de Monte do Carmo - TO. Os resultados evidenciaram as dificuldades dos alunos com a doença no ambiente escolar, a percepção das mães quanto à limitação do acompanhamento pedagógico das unidades de ensino com seus filhos e a falta de conhecimento dos profissionais da educação sobre o assunto. Portanto, o aluno com doença falciforme não consegue usufruir de um aprendizado satisfatório por não ter o acompanhamento adequado, o que evidencia a necessidade de uma formação continuada para os profissionais da educação, voltada para esta temática.

Biografia do Autor

Carla Simone Seibert, Universidade Federal do Tocantins

Curso de Ciências Biológicas, Campus Universitário de Porto Nacional - UFT

kellen Lagares Ferreira da Silva, Universidade Federal do Tocantins

Curso de Ciências Biológicas, Campus de Porto Nacional - UFT

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Publicado

2017-02-13

Como Citar

Rodrigues, W. C. C., Seibert, C. S., & Silva, kellen L. F. da. (2017). Um olhar sobre a formação do aluno com doença falciforme. DESAFIOS - Revista Interdisciplinar Da Universidade Federal Do Tocantins, 4(1), 86–94. https://doi.org/10.20873/uft.2359-3652.2017v4n1p86

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