O mapeamento espacial e o ensino baseado em tarefas no contexto de Libras como L2 para ouvintes

Auteurs-es

  • Lídia Silva UFPR

Résumé

Resumo: O presente trabalho tem o objetivo de refletir sobre o ensino do mapeamento espacial (ME) para ouvintes aprendizes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). Para tanto, apresenta os elementos do ME organizados em pequena e larga escala e demonstra sua importância para a construção de sentido e compreensão de mensagem, defendendo, assim, o lugar do ME no ensino de Libras como segunda língua (L2) para ouvintes. Ancorando-se em Ellis (2006), este estudo apresenta a metodologia do ensino baseado em tarefas (EBT) e a articula com o contexto de Libras como L2 com o objetivo de oferecer subsídios para a implantação de planejamentos temáticos, a realização de pré e pós tarefas e orientações acerca dos princípios para o ciclo de tarefas.

Palavras-Chave: Libras. Segunda Língua. Mapeamento espacial. Ensino Baseado em Tarefas.

Références

Referências
ACKERMAN, J. M.; WOLSEY, J.-L. A.; CLARK, M. D. Locations of L2/Ln Sign Language Pedagogy. Creative Education, v. 9, n. 13, p. 2037, 2018.

ALLBUTT, J; LING, J. Adult college learners of British Sign Language: educational provision and learner self-report variables associated with exam success. Sign Language Studies, v 16, n 3, p. 330-360, 2016.

BARBERÀ, G. A. The meaning of space in Catalan Sign Language (LSC): Reference, specificity and structure in signed discourse. 2012. 406 f. Tese (Doutorado) – Departamento de Tradução e Ciência da Linguagem, Universidade Pompeu Fabra, Barcelona, 2012

BARBIRATO, R. de C. Planejamentos temáticos baseados em tarefas: focalizando a comunicação na sala de aula. In: SILVA, K. A., & ALVAREZ, M. L. Perspectivas de investigação em lingüística aplicada: estudos em homenagem ao Professor Dr. José Carlos Paes de Almeida Filho. Pontes. 2008

BRASIL, Lei. 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais-Libras e dá outras providências, Brasília, DF, abril 2020.

BERGER, I. R. Uma análise do material instrucional ‘New English File Elementary’: foco nas formas do insumo à produção. Palimpsesto-Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, v. 10, n. 13, p. 1-22, 2011.

BOERS-VISKER, E.; VAN DEN BOGAERDE, B. Learning to use space in the L2 acquisition of a signed language: two case studies. Sign Language Studies, v.19, n 3, p 410-452, 2019.

CAMPELLO, A.R.; REZENDE, P. L. F. Em defesa da escola bilíngue para surdos: a história de lutas do movimento surdo brasileiro. Educar em Revista, n. SPE-2, p. 71-92, 2014.
ELLIS, R. Task-based Language Learning and Teaching. New York: Oxford University Press, 2003.
ELLIS, R. The methodology of task-based teaching. Asian EFL journal, v 8, 3, 2006.

FELIPE, T. A.; MONTEIRO, M. S. LIBRAS em Contexto, Livro do Professor/instrutor - Curso Básico - Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos. Brasília: MEC – SEE, 2001.

FINGER, I.; BRENTANO, L. S.; FONTES, A. B. A.L. Neurociências, Psicolinguística e aprendizagem de línguas adicionais: um diálogo necessário no contexto da educação do século XXI. In: MAIA, M. (Org.). Psicolinguística e Educação. 1ed.Campinas, SP: Mercado de Letras, 2018.

GESSER, A. Libras? que língua é essa: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Parábola Editora, 2009.

GESSER, Audrei. "Um olho no professor surdo e outro na caneta": ouvintes aprendendo a língua de sinais." (2006). 219 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP., 2006

GESSER, Audrei. Metodologia de ensino em Libras como L2." Florianópolis: Ed. UFSC (2010).

HOLMSTRÖM, I. Teaching a language in another modality: a case study from swedish sign language L2 instruction. Journal of Language Teaching and Research, v. 10, n. 4, p. 659-672, 2019.

LEANDRO, D. C.,; WEISSHEIMER, J. O Planejamento leva à Perfeição? Os Efeitos de Diferentes Condições de Planejamento Pré-Tarefa sobre o Desempenho Oral em L2. Revista da Anpoll, 1v.1, n 51, p. 170-183, Florianópolis. Jan/Maio 2020

LEITE, T. A. Leitura e produção de textos. Florianópolis: Ed. UFSC (2010).

LEITE, T. A.; MCCLEARY, L. Estudo em diário: fatores complicadores e facilitadores no processo de aprendizagem da Língua de Sinais Brasileira por um adulto ouvinte. In: QUADROS, R.M; STUMPF, M. R. (Org.). Estudos Surdos IV. Petrópolis: Arara Azul, 2009.

MOREIRA, R. L. Uma descrição da dêixis de pessoa na língua de sinais brasileira: pronomes pessoais e verbos indicadores. 2007. 150f. Dissertação (Mestrado em Semiótica e Linguística Geral) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

PADDEN, C. A. Interaction of morphology and syntax in American Sign Language. Routledge, 2016.

PICHLER, D.C.; KOULIDOBROVA, H. Acquisition of sign language as a second language (L2). The Oxford handbook of deaf studies in language, p. 218-230, 2015.

PINTO, J. O ensino de línguas baseado em tarefas e o foco na forma: contributos para uma didáctica do PL2 em cabo verde. Linguarum Arena: Revista de Estudos em Didática de Línguas da Universidade do Porto, v. 2, p. 27-42, 2018.

QUINTO-POZOS, D. Teaching american sign language to hearing adult learners. Annual Review of Applied Linguistics, v. 31, p. 137-158, 2011.

RÍOS, P. A. F.; PIRIS, E. L. Tarefas comunicativas no livro didático de português como língua estrangeira “Panorama Brasil”: análise de duas tarefas sobre turismo e propostas de adaptação. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 8, n. 3, p. 60-79, set./dez. 2019

ROSEN, R. American Sign Language Curricula: a review. Sign Language Studies, v 10, n 3, p. 348-381, 2010.

SANTOS, S. G. A competência oral: uma abordagem por tarefas. Domínios de Lingu@ gem, v. 12, n. 2, p. 1000-1020, 2018.

SILVA, L. Fluência de ouvintes sinalizantes de libras como segunda língua: foco nos elementos da espacialização. 2018. 271 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós Graduação em Linguística, Florianópolis, 2018.

SMITH, S.; CORMIER, K. In or out?: spatial scale and enactment in narratives of native and nonnative signing deaf children acquiring british sign language. Sign Language Studies, v. 14, n. 3, p. 275-301, 2014

THORYK, R. A call for improvement: the need for research-based materials in american sign language education. Sign Language Studies, v. 11, n. 1, p. 100-120, 2010.

XAVIER, Rosely Perez. A aprendizagem em um programa temático de língua estrangeira (inglês) baseado em tarefas em contextos de quinta série do ensino fundamental. 1999. 2 v. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, 1999.

WINSTON, E. Spatial mapping in ASL discourse. In: EMMOREY, K., & REILLY, J. S. (Org.). Language, gesture, and space. Psychology Press. 2013

WOLL, B. Second language acquisition of sign language. The Encyclopedia of Applied Linguistics, 2012.

Téléchargements

Publié-e

2021-01-21

Comment citer

Silva, L. (2021). O mapeamento espacial e o ensino baseado em tarefas no contexto de Libras como L2 para ouvintes. Porto Das Letras, 6(6), 249–274. Consulté à l’adresse https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9797