A Inter-relação entre Práticas Sociais e Práticas Discursivas e a Natureza do Agenciamento Coletivo
Résumé
Resumo
O presente artigo tem como interesse a atual necessidade de pensar o mundo por um viés não-ocidentalista que rompa com a ciência positivista e moderna. Com a contribuição teórica de Moita Lopes e Signorini (2006), discutiremos essa questão do conhecimento hegemônico e globalizado, e a importância de compreender que muitas formas de produzir conhecimento contribuem a perpetuar essa lógica de conhecimento científico tradicional. Portanto, destaca- remos o entendimento do conhecimento como intrínseco à prática social e, que, por isso, não se separa do sujeito. Nesse sentido, a perspectiva da cognição inventiva enfatiza a coexistência entre sujeito e mundo (KASTRUP, 2005), discutiremos a contribuição desses aspectos no ensino de língua materna e a ideia de ensino como crítica à língua maior, um ensino de língua contrainformação. Além disso, trataremos da lógica da polarização da língua e sua subversão, com o auxílio teórico de Deleuze e Guattari (1995a; b).
Palavras-chave: prática social; língua; agenciamento; cognição; ensino.
Références
CABRAL, Maria do Carmo Carvalho. Encontros que nos movem: A leitura como experiência inventiva. Rio de Janeiro, 2006. Tese (Doutorado em Psicologia), Rio de Janeiro: UFRJ, 2006.
CAMERON, Deborah. Verbal hygiene, London: Routledge, 1995.
CORAZZA, Sandra Mara. O que faz gaguejar a linguagem da escola. In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. CADAU, Vera M.(org). Rio de Janeiro, DP&A, 2000.
DELEUZE, Gilles. & GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol.1. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995 a.
DELEUZE, G. e GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol.2. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995 b.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed. 34. 1992.
DELEUZE, G. A imagem do pensamento. In: Diferença e Repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DIAS, Rosimeri. Deslocamentos na formação de professores: aprendizagem de adultos, experiência e políticas cognitivas. Tese (Doutorado em Psicologia). Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
FOCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
KASTRUP, V. Políticas cognitivas na formação do professor e o problema do devir-mestre. In: Educação e Sociedade. Campinas, São Paulo: Cortez, v. 26, n. 93, p.1273-1288, set./dez, 2005.
LARROSA, J. I Seminário Internacional de Educação de Campinas, nº19, 2001. Campinas. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 2002.
MATURANA, H. e VARELA, F. A árvore do conhecimento. São Paulo: Editorial PSYII, 1995.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental – Língua Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, 1998.
MOITA LOPES, L.P. Linguística aplicada e vida contemporânea: problematização dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: MOITA LOPES, L.P. (Org.). Por uma INdisciplinar. São Paulo, 2006. P. 85-108.
RAUPP, Eliane Santos. Ensino de língua portuguesa: uma perspectiva linguística. Publ. UEPG Ci. Hum. Ci. Soc. Apl. , Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, 13 (2) 49-58, dez. 2009.
RONAT, Mitsou. Noam Chomsky: diálogos com Mitsou Ronat. São Paulo: Ed. Cultrix. 1977.
SAUSSURE, F. de. Curso de Lingüística Geral. Tradução Antônio Chelini, José Paulo Paes, Isidoro Blikstein. 25.ed. São Paulo: Cultrix, 1999.
SIGNORINI, I. A questão da língua legítima na sociedade democrática: um desafio para a Linguística Aplicada contemporânea. In. MOITA LOPES, L.P. (Org.). Por uma linguística INdisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. P. 169-190.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).
