Classificando os Compostos da Libras
Resumen
Resumo: Composição é um fenômeno muito produtivo e é um dos poucos fenômenos que caracterizam a morfologia sequencial em várias línguas de sinais (MEIR et al, 2010). Alguns autores defendem a existência de compostos simultâneos nas línguas de sinais (BRENNAN, 1990; SUTTON- SPENCE; WOLL, 1999; GÖKSEL, 2014), normalmente envolvendo a realização simultânea de dois sinais, que são dois classificadores (CL). Na libras (língua brasileira de sinais), há estudos que tratam de compostos realizados sequencialmente com dois ou três sinais (QUADROS; KARNOPP, 2004; FELIPE, 2006; FIGUEIREDO-SILVA; SELL, 2009) e a ocorrência de CLs em compostos, bem como a realização de compostos simultâneos passam a ser tratadas em Rodero-Takahira (2015). Se as línguas de sinais apresentam dois articuladores primários, as mãos, bem como a realização de sinais não-manuais lexicais (RODERO-TAKAHIRA, 2015; XAVIER, 2019) é natural pensarmos na possibilidade da ocorrência de sinais simultâneos. O objetivo deste trabalho é descrever os tipos de compostos que ocorrem na libras e investigar a ocorrência de CLs e sinais não manuais lexicais formando compostos simultâneos. Através do conjunto de dados levantado em narrativas eliciadas por figuras, categorizamos os compostos da libras em três grandes grupos de compostos: i) sequenciais; ii) simultâneos e iii) simultâneo-sequenciais. Observamos que todos os compostos simultâneos apresentam um predicado CL sinalizado simultaneamente com mais um sinal CL, ou apresentam um sinal não-manual lexical realizado pela boca, o que possibilita a simultaneidade com um sinal manual. A descrição detalhada desses dados compostos leva a um maior conhecimento de aspectos morfológicos da libras.
Resumo: Composição é um fenômeno muito produtivo e é um dos poucos fenômenos que caracterizam a morfologia sequencial em várias línguas de sinais (MEIR et al, 2010). Alguns autores defendem a existência de compostos simultâneos nas línguas de sinais (BRENNAN, 1990; SUTTON- SPENCE; WOLL, 1999; GÖKSEL, 2014), normalmente envolvendo a realização simultânea de dois sinais, que são dois classificadores (CL). Na libras (língua brasileira de sinais), há estudos que tratam de compostos realizados sequencialmente com dois ou três sinais (QUADROS; KARNOPP, 2004; FELIPE, 2006; FIGUEIREDO-SILVA; SELL, 2009) e a ocorrência de CLs em compostos, bem como a realização de compostos simultâneos passam a ser tratadas em Rodero-Takahira (2015). Se as línguas de sinais apresentam dois articuladores primários, as mãos, bem como a realização de sinais não-manuais lexicais (RODERO-TAKAHIRA, 2015; XAVIER, 2019) é natural pensarmos na possibilidade da ocorrência de sinais simultâneos. O objetivo deste trabalho é descrever os tipos de compostos que ocorrem na libras e investigar a ocorrência de CLs e sinais não manuais lexicais formando compostos simultâneos. Através do conjunto de dados levantado em narrativas eliciadas por figuras, categorizamos os compostos da libras em três grandes grupos de compostos: i) sequenciais; ii) simultâneos e iii) simultâneo-sequenciais. Observamos que todos os compostos simultâneos apresentam um predicado CL sinalizado simultaneamente com mais um sinal CL, ou apresentam um sinal não-manual lexical realizado pela boca, o que possibilita a simultaneidade com um sinal manual. A descrição detalhada desses dados compostos leva a um maior conhecimento de aspectos morfológicos da libras.
Citas
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