Práticas Linguísticas e Espacialidades: Um Retorno Ao “Lugar”
Abstract
Propomos, neste artigo, discutir acerca do que Rodman (1992) chamou de “o problema do lugar” ou o que Escobar (2005) chama de “marginalização do lugar”, problematizando a noção de ‘lugar’ e o tratamento dado às espacialidades pelos atuais discursos da colonialidade /modernidade. Por uma perspectiva decolonial (MIGNOLO, 2003), para, a partir de algumas das discussões recentes da sociolinguística, com foco no tratamento dado à espacialidade, em especial a formulação de “Língua como prática local”, de Pennycook (2010), e de contribuições de pensadores do “Lugar”, como Massey (2000), Rodman (1992), Casey (1996), discutir a relação entre as práticas linguísticas, o “lugar” e a produção de conhecimento. Defendemos que, sendo o “lugar” uma “categoria do pensar”, cujo apagamento é um “dispositivo epistemológico” da colonialidade (ESCOBAR, 2005), é necessário refletir, por um lado, sobre as implicações políticas do tratamento das espacialidades na linguística, e, por outro lado, sobre o papel do lugar em um fazer linguístico que vise à decolonização linguística e epistêmica.
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Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).